sexta-feira, abril 19, 2019

O comediante contra o Herói da Ucrânia

A edição online do The Wall Street Journal publicou a opinião do filósofo francês Bernard-Henri Lévy sobre as eleições presidenciais na Ucrânia: “Petró Poroshenko, o homem que enfrentou Putin, merece mais do que ser demitido por capricho da história”.

A campanha do primeiro turno da eleição presidencial na Ucrânia acabou de terminar. Estamos em 30 de março e eu estou numa marisqueira perto da Catedral de Santa Sofia [em Kyiv] com um homenzinho de camiseta preta, com a voz um pouco rouca, transbordando de energia de alta octanagem. Volodymyr Zelensky ainda é um comediante pouco conhecido. Ele chocará o mundo amanhã, chegando muito longe na primeira volta / no primeiro turno de votação.

Dado que o artigo do The WSJ é só para os assinantes, eis a síntese da opinião do Bernard-Henri Lévy sobre os dois candidatos, certamente algo simplista, mas que vale o que vale, vinda de uma das últimas mentes mais brilhantes da velha Europa.

Volodymyr Zelensky vale mais do que a sua caricatura, e talvez [ele] não é um populista, que eu [Bernard-Henri Lévy] o descrevi ontem [4/04/2019] em meu discurso, proclamado na Universidade Taras Shevchenko [de Kyiv].

[...]
Mas eu estou triste por Petró Poroshenko, a derrota do qual é muito difícil de aceitar para mim: o homem que se aguentou perante Putin, comandante-em-chefe, à quem eu acompanhei até a linha da frente, em Kramatorsk, junto às cabeceiras das vítimas de bombardeamentos horríveis realizados por separatistas pró-russos, o gigante ucraniano, imprevisível, mas firme, que eu vi no meio do inverno ucraniano, na sua oposição às desgraças e à solidão, merece mais do que ser demitido por causa dos caprichos da história...

3 comentários:

Rafael Noneoff disse...

Hahahaha, o porco perdeu a eleição.... E agora? Buaaaaa, vou chorar.......

Deus está com quem, mesmo? O verdadeiro Rus está na Rússia!

Putin liberou hoje nacionalidade russa para os habitantes do dombass, teremos mais jovens daquela região lutando por nós e em breve anexaremos o dombass... E se a FALSA e ARTIFICIAL Ucrânia achar ruim iremos anexar tudo!!

Slava Rossiya!

Anónimo disse...

O que se passou com o estalinista Cristiano Alves. O Cristiano trabalhava como tradutor em Moscou e, talvez, gui turisico. Ele estava sendo processado pela deputada Raquel Halssmann por ameacas feitas a Bolsonaro. A Russia concedeu passaporte ao habitantes de Donbass ocupada e a Ucrania em contrapartida aprovou uma lei sobre o uso da lingua.

Daniel Agl disse...

Não concordo como o autor trata a questão. Poroshenko enfrentar Putin e os terroristas não fez isso por um favor, e sim é a obrigação dele como presidente e cidadão ucraniano.

Em democracia boas e fortes, o povo tem noção de que o seus líderes escolhidos estão para servir ao povo, seguir as leis. Se caso falhar, independente de coisas boas que tenha feito, os erros deverão ser pagos.