O
departamento da contra-inteligência
do SBU prendeu, na Ucrânia, pelo menos 7 operativos da secreta militar russa
GRU. Dois deles são militares russos de carreira, todos detidos, faziam parte
das diversas células independentes, que receberam como tarefa o assassinato dos
oficiais da secreta militar ucraniana – GUR.
Um
dos agentes russos capturados pelo SBU é cidadão russo Timur Dzortov (1988), o ex-guarda-costas
do presidente da região russa de Inguchétia, formado na academia russa da
Gestão Estatal, especializado em “segurança nacional”.
Dzortov
conta que a tentativa do assassinato do major do GUR Kirill
Budanov foi planeada para parecer “crime comum”. Por isso, deveria ser
usada a faca, depois se optou pela pistola, mas não foi possível. No fim, foram
usados os explosivos. Em resultado foi gravemente ferido o próprio assassino e
líder da célula terrorista, cidadão russo e oficial do GRU, Alexey Komarichev
(1978).
Em 2016 ele foi expulso, por corrupção, do Serviço Federal de Controlo
de Droga (FSKN), depois disso, e por indicação do FSB, participou nas operações
clandestinas da secreta militar russa contra Ucrânia e contra os países da UE. Dzortov
e Komarichev, usavam, para dіsfarce,
os passaportes dos cidadãos do Quirguistão.
Dzortov
também conta que recebeu toda a orientação de um operativo do GRU russo, em
Moscovo. Entrou na Ucrânia livre ilegalmente, via Donetsk ocupada, com a tarefa
de seguir, recolher a informação, finalmente matar...
O
chefe da secreta ucraniana SBU, general Vasyl Hrytsak conta como foi desmantelada
a célula terrorista russa em Kyiv. SBU já sabe quem exatamente matou o major-general
do GUR, Maksym Shapoval, o comandante do spetsnaz
da Inteligência Militar do Ministério da Defesa, que perdeu a vida, num
atentado à bomba em 2017 em Kyiv.
RIP major-general Maksym Shapoval |
Para
conseguir interceptar Kirill Budanov, os agentes russos usaram a base de dados de
impostos. A base de dados foi lhes vendida por um funcionário corrupto daquele
serviço.
“Ambos
[os atos terroristas] eram as operações conjuntas do Serviço de Segurança
Federal (FSB) e da Direção Geral do Estado Maior das Forças Armadas da
Federação Russa (GRU). A organização e implementação de ambos [atentados] eram executadas
pelos mesmos funcionários dos serviços secretos [russos]”, – explicou
general Hrytsak.
Recentemente,
The
New York Times, publicou um artigo extenso sobre o assassinato do oficial ucraniano
Ivan Mamchur, ex-comandante do 3º Regimento do Grupo de Forças Especiais da GUR
do Ministério da Defesa da Ucrânia. O seu assassino recebeu a ordem da GRU
russo, foi pago em minivan e o
assassinato foi a vingança russa pelo fornecimento ucraniano dos mísseis “BUK”
à Geórgia, entre 2005 à 2008. O assassinato teve lugar no dia 16.09.2016 e o
seu assassino, cidadão ucraniano e russo étnico, Oleg Smorodinov (51) foi
apanhado pelo SBU e está sendo julgado na cidade ucraniana de Rivne.
A campa do Ivan Mamchur em Rivne |
Ucrânia
está em guerra, que passa, por vezes bem longe da linha da frente, nas cidades
ucranianas pacíficas, cujos moradores, ultimamente, deixaram de de dar valor ao
paz em que estão à viver...
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