No
dia 25 de março se completou o 79º aniversário da morte do Omelián Kovch, o
sacerdote greco-católico ucraniano, que salvava os judeus e foi conhecido como “pároco
de Majdanek”, assassinado pelos nazis no campo de concentração de Majdanek.
O
beato Omelián Kovch (20 de agosto de 1884 — 25 de março de 1944) tinha nascido no
seio de uma família ucraniana camponesa na localidade de Tlumach, da região de
Kosiv, situada no Oeste de Ucrânia. Se ordenou sacerdote em 1911, após terminar
os seus estudos em Colégio de São Sérgio e São Baco, em Roma. Durante 4 anos
foi sacerdote na comunidade graco-católica ucraniana na Bósnia. Em 1919 se
tornou o capelão do Exército Ucraniano de Galiza (UGA), forças armadas da
República Popular da Ucrânia Ocidental (ZUNR). De 1921 à 1943 foi pároco da igreja
de São Nicolau, em Peremyshliany. Estava casado e era pai de seis filhos (os
padres católicos ucranianos do rito bizantino podem se casar).
Beato Omelían Kovch | foto do arquivo |
Na
primavera de 1943 padre Kovch foi detido pela Gestapo por salvar os judeus
ucranianos. A sua família, assim como o metropolita Andrey Sheptytsky, tentaram
salvá-lo da morte no campo de concentração nazi. Mas padre Kovch se recusou. Ele
escreveu uma carta para sua família, que contém as seguintes palavras: “Ontem
milhares de pessoas foram mortas aqui. Eu sou o único padre aqui. O único que
pode ajudar as pessoas a morrer e entrar na porta aberta para a casa do Pai
Celestial”.
Em
fevereiro de 1944 ele baixou no hospital prisional e no dia 25 de março de 1944
– morreu e foi cremado no crematório de Majdanek, situado nos arredores da
cidade de Lublin, na Polónia.
Ivan Kovch (1932), filho de Omelían Kovch junto à placa memorial em Majdanek em memória do pai. foto: Nashastudiya, 25/03/2009 |
Em
9 de setembro de 1999, o Conselho Judaico da Ucrânia, o considerou oficialmente
como “justo da Ucrânia”. A sua beatificação ocorreu em 27 de julho de 2001 em
Lviv, durante a cerimónia litúrgica do rito bizantino, presidida pelo Papa João
Paulo II.
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