quarta-feira, abril 03, 2019

A morte dolorosa do Omelián Kovch, o “pároco de Majdanek”

No dia 25 de março se completou o 79º aniversário da morte do Omelián Kovch, o sacerdote greco-católico ucraniano, que salvava os judeus e foi conhecido como “pároco de Majdanek”, assassinado pelos nazis no campo de concentração de Majdanek.

O beato Omelián Kovch (20 de agosto de 1884 — 25 de março de 1944) tinha nascido no seio de uma família ucraniana camponesa na localidade de Tlumach, da região de Kosiv, situada no Oeste de Ucrânia. Se ordenou sacerdote em 1911, após terminar os seus estudos em Colégio de São Sérgio e São Baco, em Roma. Durante 4 anos foi sacerdote na comunidade graco-católica ucraniana na Bósnia. Em 1919 se tornou o capelão do Exército Ucraniano de Galiza (UGA), forças armadas da República Popular da Ucrânia Ocidental (ZUNR). De 1921 à 1943 foi pároco da igreja de São Nicolau, em Peremyshliany. Estava casado e era pai de seis filhos (os padres católicos ucranianos do rito bizantino podem se casar).
Beato Omelían Kovch | foto do arquivo
Na primavera de 1943 padre Kovch foi detido pela Gestapo por salvar os judeus ucranianos. A sua família, assim como o metropolita Andrey Sheptytsky, tentaram salvá-lo da morte no campo de concentração nazi. Mas padre Kovch se recusou. Ele escreveu uma carta para sua família, que contém as seguintes palavras: “Ontem milhares de pessoas foram mortas aqui. Eu sou o único padre aqui. O único que pode ajudar as pessoas a morrer e entrar na porta aberta para a casa do Pai Celestial”.

Em fevereiro de 1944 ele baixou no hospital prisional e no dia 25 de março de 1944 – morreu e foi cremado no crematório de Majdanek, situado nos arredores da cidade de Lublin, na Polónia.
Ivan Kovch (1932), filho de Omelían Kovch junto à placa memorial em Majdanek em memória do pai.
foto: Nashastudiya, 25/03/2009
Em 9 de setembro de 1999, o Conselho Judaico da Ucrânia, o considerou oficialmente como “justo da Ucrânia”. A sua beatificação ocorreu em 27 de julho de 2001 em Lviv, durante a cerimónia litúrgica do rito bizantino, presidida pelo Papa João Paulo II.

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