sábado, abril 06, 2019

A nova tentativa de atentado em Kyiv: o terrorista é gravemente ferido

No dia 4 de abril de 2019 a cidade de Kyiv viveu uma nova tentativa de atentado contra oficial da secreta militar ucraniana (GUR), major ucraniano, afeto ao spetsnaz, não sofreu nenhum dano físico, o terrorista estrangeiro foi ferido com gravidade e mais tarde morreu no hospital.


A tentativa ocorreu na rua Académico Williams № 6A, junto à um dos supermercados noturnos. O agente dos serviços secretos russos Alexey Komarychev (o cidadão do Quirguistão), às 2h00 do dia 4 de abril se aproximou à viatura do oficial do GUR, situada no parque de estacionamento.
As câmaras de vídeo mostram o terrorista se aproximar à viatura, se aproveitando da ausência do condutor, colocar na viatura um AEI, que imediatamente explode, o ferindo, com bastante gravidade.
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No dia 3 de abril, a viatura “Chevrolet Aveo”, foi usada por dois oficiais ucranianos da secreta militar GUR, ambos bastante conhecidos no meio de spetsnaz. Em resultado da explosão nenhum deles sofreu qualquer ferimento, o terrorista gravemente ferido foi levado ao hospital, o cão/cachorro que aparece nas filmagens também conseguiu se salvar, ao menos este não foi achado no local do atentado.
Através do estudo da documentação pessoal do terrorista e graças às câmaras CCTV foi possível saber que o grupo terrorista era composto por duas pessoas, um deles é cidadão da Quirguistão Alexey Komarychev. Os dois vieram à Ucrânia de forma legal, ao bordo de comboio/trem “Moscovo-Odessa”. Já estiveram na Ucrânia em 2018, graças ao convite de uma cidadã ucraniana, residente em Kyiv. Não existem as dúvidas, são operativos guiados e instruídos pelos serviços secretos russos.
O grupo seguia o major de spetsnaz da GUR do Ministério da Defesa da Ucrânia Kirill Budanov, visado no atentado, assim como os locais da residência oficial de alguns outros oficiais seniores da GUR. Oficial visado servia na mesma unidade que Maksym Shapovalov, comandante do spetsnaz da GUR do Ministério da Defesa, que perdeu a vida, num atentado à bomba em 2017 em Kyiv.

A relativamente baixa qualificação profissional do terrorista se enquadra na tática das ações dos serviços secretos russos em usar um grande número de agentes. São escolhidos os “descartáveis”, mesmo no caso de sua falha ou morte, por isso, passam por treino/treinamento muito curto. Como regra geral, estes agentes russos possuem o passado criminoso ou semi-criminoso, a disposição consciente para violar a lei, o aventureirismo e os problemas financeiros. O assassino de ex-deputado da Duma russa Igor Voronenkov foi recrutado por se envolver no contrabando da federação russa para Ucrânia, o assassino que atirou contra voluntário checheno Adam Osmayev era um aventureiro, agente autónomo dos serviços secretos russos, que aceitava qualquer trabalho, até participou na publicidade televisiva. Os serviços secretos russos não arriscam o seu pessoal profissional, para evitar escândalo no caso de detenção, mas não poupam os agentes externos – a sua morte são perdas permissíveis. A explosão ao instalar AEI não deve surpreender o público.
As tentativas de a(c)tos terroristas contra o comando do Serviço de Inteligência do Ministério da Defesa do Ministério da Defesa por parte dos serviços secretos da federação russa mostram que o inimigo está tentando atrapalhar o trabalho efetivo, de combate, efetuado pela inteligência ucraniana, nos territórios temporariamente ocupados do leste da Ucrânia. Putin continuam a ver toda Ucrânia como um campo de batalha. A guerra russo-ucraniana continua.

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