A
artista tajique Marifat Davlatova, de 25 anos, pinta quadros ao estilo nu
artístico. Ela é reconhecida nas ruas, é ameaçada nas redes sociais e recusada de
financiamento por causa do conteúdo do seu trabalho.
O
pai da artista é um músico que colocava para filha as gravações dos Beatles, a sua
mãe é programadora e, no passado, foi uma campeã no tiro com arco. “Sou grata aos
meus pais por me libertarem”, diz Marifat, que tem duas irmãs: uma está
envolvida na música e outra é uma financista.
Os
pais apoiam Marifat, mas, apesar de sua relativa democracia, aderem aos cânones
da sociedade tajique: “desde os 14 anos eu sempre oiço: “Você é uma menina,
então mantenha a sua opinião para você mesma” – conta Marifat. – Os pais me
desencorajaram de exibir trabalhos no estilo nu, dizendo que eu sou uma tajique
e muçulmana. Mas a arte não tem religião”.
Nas
redes sociais Marifat recebe as mensagens com ameaças e insultos, acusando-a de
autopromoção e “ódio ao povo tajique”. No entanto, artista diz que, por enquando, não pretende deixar o seu Tajiquistão natal.
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