O
filme documental “Os últimos dias da URSS”, do realizador francês Jean-Charles Deniau,
segue de perto uma série de eventos que marcaram o fim da União Soviética e de
sua ideologia comunista.
Quem
poderia imaginar que apenas dois anos após a queda do Muro de Berlim, os cidadãos
soviéticos estariam derrubando as estátuas de Lenine no berço do comunismo?
A estátua do Lenine derrubada em Moscovo em 1991 |
De
1989 a 1991 uma série de eventos imprevisíveis e inevitáveis aconteceram,
através de uma aceleração aos solavancos da história, trazendo à luz a
rivalidade entre dois homens e a sua luta pelo poder traçar o futuro da URSS:
Gorbachev, prejudicado pelos resultados económicos da sua Perestroika, e
Yeltsin, incorporando as esperanças dos povos no fim da URSS.
Ilustrados
com entrevistas dos protagonistas, tais como Mikhail Gorbachev, Eduard Shevardnadze,
Alexander Yakovlev e outros, o documentário narra, dia a dia, os últimos dois
anos da URSS e lança luz sobre as lutas de poder que levou ao colapso repentino
de um dos impérios mais totalitários do século XX.
"URSS - a cadeia dos povos": cartaz da resistência ucraniana da década de 1950 |
Blogueiro:
a narração do documentário acaba com a frase retórica: “sabemos o que seguiu depois...” Mas a mesma frase pode ser aplicada aos diversos outros
acontecimentos históricos: por exemplo: “sabemos o que aconteceu com a França após
a queda da Bastilha...” A verdade histórica é uma: ideia de reformar a URSS,
transformando a União Soviética numa democracia é tal ridícula como a ideia de transformação
do 3º Reich e da sua Gestapo nos organismos democráticos. Simplesmente não poderia,
nem deveria acontecer nunca. A URSS, conhecida como a “cadeia dos povos” se foi
e ainda bem...
Bónus
A
ex-URSS chegou ao seu final em 1991 e tinha necessidade de adaptar-se ao mundo
real do capitalismo após uma longa ditadura do partido comunista. Seguem as notícias
do JN-Rede Globo sobre essa queda e a nova reorganização ascendente, editadas
em 13 minutos.
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