Desde
início de 2017 os 40 militares e mercenários russos morreram, combatendo na Síria, segundo a estimativa da
Reuters,
baseada nos relatos de familiares e amigos dos mortos e de
autoridades locais. O
Ministério da Defesa da Rússia
confirma
a morte de apenas 10 militares.
Este
número em apenas sete meses ultrapassa os 36 efetivos militares
e mercenários afetos às empresas militares privadas (EMP) que a Reuters estima terem sido mortos na
Síria durante os 15 meses anteriores, indicando um aumento considerável no
índice de baixas nos campos de batalha à medida que aumenta
o envolvimento russo no conflito sírio.
A maioria das mortes relatadas
pela Reuters foi confirmada por mais de uma fonte, incluindo pessoas que
conheciam o morto ou autoridades locais. Em nove casos, a Reuters corroborou a
morte noticiada na imprensa local ou em redes sociais com outra fonte.
Helicóptero Mi-8 russo abatido em Idlib em 2016 |
Os dados ainda assim podem ser
conservadores, já que os comandantes incentivam as famílias dos mortos a
manterem silêncio, disseram parentes e amigos de vários combatentes mortos,
tanto militares quanto mercenários contratados, sob condição de anonimato.
O nível real das baixas no
conflito sírio é um assunto delicado em um país no qual a cobertura positiva da
guerra tem destaque na imprensa, e tendo em vista a eleição presidencial em
2018.
A escala das baixas militares
russas em tempos de paz é um segredo de Estado desde que presidente
Putin emitiu um decreto três meses antes de a Rússia
iniciar sua operação na Síria. Embora Moscovo não informe o total de baixas, de fato admite algumas
mortes.
As discrepâncias nos dados
podem ser explicadas em parte pelo facto de que a Rússia não reconhece abertamente que
combatentes pertencentes às EMP lutam ao lado do exército – a sua presença em solo sírio pareceria desconsiderar uma
proibição legal à participação de civis em combates no exterior como
mercenários.
Indagado sobre as descobertas
mais recentes da Reuters, o Ministério da Defesa russo não respondeu.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry
Peskov, disse aos repórteres nesta quarta-feira (2/08/2017) que os cidadãos russos lutando ao lado de exército [sírio?/russo?] são voluntários e que o Ministério da Defesa russo
não os enviou à Síria.
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“Se houver cidadãos russos na Síria como voluntários e
tudo o mais, eles não têm nada a ver com o Estado
[russo], afirmou Peskov em resposta a uma pergunta sobre a
reportagem da Reuters durante uma teleconferência diária com a imprensa.
O governo russo
já havia negado diminuir o número de baixas na Síria. Meses depois de soldados
morrerem, a Rússia admite discretamente algumas baixas, inclusive de mercenários
das EMP, prestadores de
serviços aos militares.
Dos 40 mortos, a Reuters tem
indícios de que 21 eram mercenários; 17 militares e a condição dos dois restantes não foi apurada.
Os
russos feridos na Abecásia
Na
Abcásia, região da Geórgia, sob ocupação russa, em resultado de explosões em um
depósito de munições foram feridos cerca de 35 cidadãos russos.
A
notícia foi confirmada pela Embaixada da Rússia, com referência ao “ministério
da saúde” de Abecásia. No total foram feridas 60 e internadas 27 pessoas, informa agência
russa Interfax. As fontes
separatistas afirmam que os russos eram turistas que estavam se banhar nas
nascentes de água sulfúrica perto do depósito de explosivos, pertencente ao “ministério
da defesa” da região separatista. Interfax também relata que estes turistas foram
feridos por estilhaços.
Depósito
de munição se situa na aldeia de Primorskoe no distrito de Gudauta. Em 2 de
agosto, cerca às 16h30 locais houve uma explosão, seguida pelo incêndio. Devido
às explosões de munições, os bombeiros não conseguem à fonte de fogo; a origem
da explosão é desconhecida.
Por
sua vez, os usuários da Internet contam, nos seus
comentários, que toda a zona ribeirinha foi atingida, os residentes perderam os
vidros nas suas residências. A primeira explosão foi tão forte que muitos viram
os seus telhados perfurados!!! Todos os banhistas foram levados das praias na
direção de Gudauta. As explosões podem ser ouvidos até agora!!!
Todos
estão com muito medo!!!! Os idosos ficaram em suas casas porque eles têm medo dos saqueadores!!!! Os militares estão
colocar as tendas na praia. Gostaria de saber quem pagará os prejuízos às
vítimas!!!!??? [...] Afinal, lá está aquartelada a base russa de mísseis!
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