Na
manha deste sábado na cidade de Luhansk foi liquidado o chefe da “milícia
popular” de Luhansk, o “coronel” Oleg Anashenko, de facto, o líder dos bandos armados
ilegais da organização terrorista “lnr”.
Anashenko
e o seu condutor morreram na hora e no momento da explosão, decorrida às 7h50
de manha no bairro Mirniy, um dos subúrbios do sul da cidade de Luhansk. A
viatura, uma das “expropriadas” pelas “repúblicas populares” aos seus donos
legítimos ardeu completamente.
Os
terroristas da dita “lnr” acusam, como é habitual nestas ocasiões, os serviços
secretos da Ucrânia.
Perfil do Anashenko
Oleg
Anashenko (29.08.1968) era um separatista local, ex-militar (o tenete-coronel na reserva do exército ucraniano), antes da guerra russo-ucraniana estava
ligado às minas de carvão, desde 2010 era o deputado, pelo Partido das Regiões, de conselho municípal de um dos bairros de Luhansk.
Desde início, apoiou a invasão russa, em 2015 foi designado como “chefe da
defesa anti-aérea” dos terroristas, em fevereiro de 2017 foi finalmente liquidado. Anashenko não era
uma figura muito mediática e não estava demasiadamente ativo na política da sua “república popular”
A
liquidação do Anashenko não é o primeiro caso da “morte súbita” da liderança
militar dos terroristas: no dia 1 de janeiro de 2015 foi liquidado, pelos
desconhecidos, o conhecido terrorista Aleksandr “Batman” Bednov; em 23 de maio
de 2015 foi a vez do Alexey Mozgovoy (o chefe do bando “Prizrak”), em janeiro
de 2017 em Moscovo se finou Valeriy Bolotov, o primeiro líder autoproclamado da
dita “lnr”.
As
versões do sucedido
Entre
as várias versões do sucedido se fala da luta interna entre as diversas facções
dos “comandantes do campo” das ditas “dnr” e “lnr”. Possivelmente, se pode
pensar em tentativa dos terroristas de ocupar e colocar sobre o seu controlo a
Fábrica de Coqueria de Avdiivka, que continua sob controlo firme da Ucrânia. A cidade
realmente passa por sérias privações. Devido à corte de energia, a fábrica sente
dificuldades de fornecer a energia à cidade, as forças russo-terroristas cortaram
o fornecimento de energia elétrica à Estação de Tratamento de Água de Donetsk, o
que privou de água não apenas Avdiivka e Yasynuvata, mas também a parte norte de
Donetsk, sob controlo dos separatistas. Apesar da situação nada facil, dos
cerca de 15.000 moradores da cidade, foram evacuados menos de 500 pessoas. Os
restantes sentem o receio de deixarem as suas casas, parcialmente devido aos
rumores que estas poderão ser objeto de pilhagens por parte dos saqueadores.
Os blindados russo-terroristas nas ruas de Donetsk, 3 de fevereiro de 2017 (twitter do terrorista russo Igor "Strelkov" Girkin) |
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