A
fábrica de coqueria de Avdiivka
suspende as suas atividades e entra em regime de espera. Uma das maiores
coquerias da Europa tomou essa decisão após os bombardeamentos massificados russo-terroristas
da cidade danificarem a última linha de energia elétrica. Sem a energia
eléctrica a fábrica não consegue funcionar.
Os
moradores da cidade pelo terceiro dia consecutivo estão sem a eletricidade e parcialmente
sem abastecimento de água. Os funcionários da fábrica fazem todos os esforços
para manter à funcionar o aquecimento centralizado da cidade. Espera-se pelo fornecimento
de gás natural, na expetativa de restaurar o fornecimento de energia. Mas até
agora todas as tentativas revelaram-se fúteis, os ataques russo-terroristas
não cessam. Com uma temperatura ambiente de -22ºC a catástrofe humanitária e
ecológica é inevitável.
Além
disso, se pelo menos um projéctil atingirá o departamento químico da fábrica,
toda a parte venenosa da tabela periódica de elementos químicos poderá
contaminar os solos e o território em raio de até 70 quilómetros pode se
transformar no “Chernobyl. 2.0”. Os ambientalistas e os médicos têm medo até de
prever os resultados. Para já, quando o pior cenário não aconteceu, existem
outros perigos.
Caso
a fábrica fechar, a metade da população da cidade (até 15.000 pessoas) ficará sem o
trabalho, bem como os seus colegas da indústria de Mariupol e Zaporizhzhia,
onde os gigantes metalúrgicos da Ucrânia, como “Azovstal”, “Zaporizhstal” e “Fábrica
metalúrgica Illich” terão que parar, pois só funcionam na base de coque de Avdiivka.
O que em nada irá melhorar a situação económica ucraniana.
Enquanto
isso, nos arredores da cidade, prestes à congelar está acontecendo um
verdadeiro inferno. Os militares ucranianos durante três últimos dias, quase
sem descansar estão conter o avanço do exército russo. As téticas russas não mudam
– centenas de obuses caem sobre as posições ucranianas, seguidas pelos ataques
de infantaria. No momento, nem um único centímetro do território ucraniano foi
entregue aos ocupantes, e os contra-ataques de sucesso permitem a ocupar as posições
estratégicas.
De
acordo com todas as previsões, a situação promete ficar ainda mais tensa. Os relatos de inteligência ucraniana e de acordo com a informação dos
moradores dos territórios ocupados, em Makiivka e Donetsk regularmente aparece o
transporte militar de tropas russas, dos equipamentos e munição. Os moradores de
Donetsk contam que nas ruas passam freneticamente os veículos militares de
lagartas. O exército regular russo alveja a cidade de Avdiivka, à partir do
bairro Kyivskiy, sentindo a plena impunidade, se posicionando nas áreas residenciais da cidade.
A cidade de Donetsk, na noite de 30.01.2017, no bairro Kyivskiy, na rua Romain Rolland (faça click para ver o vídeo) |
A sangue frio dos defensores de Avdiivka consegue, para já, aguentar tudo isso e
até mostrar aos russo-terroristas os músculos ucranianos. Firmemente segurando
as armas, eles escrevem a história desta guerra impiedosa. A sua principal
tarefa é se entrincheiras em novas posições e impedir o exército inimigo,
concentrado em Donetsk de avançar sobre Avdiivka. Para assegurar o sucesso nas
novas posições as forças ucranianas precisam de equipamentos de observação, o
que permitirá controlar o inimigo em Yasinovata, Gorlivka e na auto-estrada de Donetsk
(veja como ajudar: https://goo.gl/82nHlU). O resto é a questão de técnica (Volte Vivo).
A
possível evacuação da cidade
Ucrânia
pondera a evacuação maciça dos moradores de Avdiivka, preparando para o tal 150
autocarros que de uma única vez possuem a capacidade de levar até 4.000 pessoas
e em apenas 4 levas, toda a população da cidade.
Para
já, na cidade foram montados 11 pontos públicos de aquecimento. No estádio local
funcionam as tendas do Ministério das Situações de Emergência da Ucrânia, dos “Médicos
sem Fronteiras”, de “Cáritas” e da igreja evangélica “Boa Nova”. O chefe da
administração estatal de Donetsk, Pavló Zhebrivskiy, passou a noite na cidade,
onde à cada 2 horas decorrem as reuniões operativas de salvamento da cidade.
Os
sistemas de mísseis russos BM-21 “Grad” alvejam a cidade ucraniana e a zona industrial
envolvente. As autoridades ucranianas de saúde evacuaram todos os pacientes permanentes
do hospital local, inluindo uma grávida, informou a agência ucraniana UkrInform.
As
forças armadas ucranianas irão proteger a população e responder aos ataques dos
terroristas todo o tempo necessário, escreve a jornalista ucraniana Olga Len.
As
perdas dos terroristas
O fuhrer dos terroristas da dita "dnr", Zakharchenko, apareceu na linha da frente para negar as perdas de suas forças (Sic!) |
O
bando armado ilegal, “Somali”, perdeu nos combates de Avdiivka até 40% do seu
pessoal, a informação provêm da comunicação via rádio do próprios terroristas,
e foi tornada pública pelo veterano de OAT, o ex-militar da 72ª Brigada Especial Mecanizada,
Martin Brest.
A imprensa ucraniana divulgou a informação, ainda não confirmada, sobre o
ferimento do líder do bando, Mikhail “Givi” Tolstykh (anteriormente as FAU
liquidaram o vice do “Givi”, o líder separatista local e terrorista Igor “Konsul” Davleev). O mesmo militar informa que “Givi”
deu a ordem de lançar em combate a última reserva da sua unidade – o regimento
de blindados, escreve Newsru.ua
O separatista e terrorista liquidado Igor “Konsul” Davleev |
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