Nesta
manha, na cidade ucraniana de Makiivka, foi liquidado o sádico Mikhail “Givi”
Tolstykh, o chefe do bando armado “Somali”, ex-guarda do supermercado à quem “os
elevadores sociais” separatistas colocaram entre a “elite militar” da sua “república
popular”. Desta vez foi usado o lança-chamas Shmel.
A
morte do terrorista foi confirmada por uma série de fontes, civis e militares,
ligadas à organização terrorista “dnr”. Sabe-se que “Givi” foi liquidado cerca
de 5h12 de manha (hora de Kyiv), quando ele se encontrava à dormir no seu gabinete,
na base, ilegalmente ocupada, pelo bando
armado
por si comandado.
A base do bando "Somali" vista geral |
O
gabinete ocupado pelo terrorista ficou totalmente queimado, até o telhado do edifício
foi danificado pelas chamas. Na versão russa, confirmada pelos terroristas, os
desconhecidos usaram o lança-chamas militar “Shmel” (raio de ação cerca de 800
metros), cuja carga termo bárica, causou um incêndio de proporções
consideráveis. Não se sabe se em
resultado desta ação o bando “Somali” teve outras baixas.
Faça click para ver o vídeo |
Nas
fotos, divulgadas por um dos canais propagandistas russos, é possível ver o
corpo, ou o que resta dele, tapado com um cobertor sujo, escreve a página ucraniana
Censor.net
A
liquidação foi bem planificada e otimamente executada, os profissionais não
receberam nenhum tipo de resistência, deixando o local sem qualquer perseguição
por parte dos terroristas. O fato de disparo for efetuado no momento exato do
terrorista estar no seu gabinete, pode significar a existência dos informadores
entre o seu circuito mais próximo ou entre as pessoas com acesso à base. Também
pode significar que os executantes conheciam perfeitamente as rotinas do Givi,
usando a hora mais provável em que o terrorista estará no gabinete.
A
liquidação foi facilitada pelo facto de as janelas e o interior do quarto não estarem
protegidos pelas grades, redes e/ou sacos de arreia. As próprias janelas tinham
acesso visual ao pátio interior, mas estavam ao alcance ao atirador fora do perímetro
da base, cercado pelo muro. Tudo indica que Givi não esperava que será
liquidado dentro do seu próprio esconderijo.
O
terrorista russo Igor “Strelkov” Girkin, avança, na sua página na rede social
VK, com as versões do sucedido. A liquidação pela mão da Ucrânia ou as lutas
internas nas “forças armadas” e/ou estruturas criminais do poder local. Como
escreve o próprio Girkin: “em Donetsk é difícil determinar – onde está o poder
e onde está a criminalidade, eles já muito tempo têm sido fundidos em êxtase”.
A
versão ucraniana foi avançada pelo analista militar Dmytro Tymchuk:
O morteiro / lança-chamas "Shmel" |
Mas não havia o momento propício para o liquidar. Avdiivka deu ao Zakharchenko esta
chance: no seu bando “Somali”
Givi era
odiado por causa do agravamento da sua estupidez e pela
ordens militares suicidas, além do seu
ferimento estranho. Zakharchenko, no entanto, não acha
que cada liquidação, por si organizada, aproxima o seu
próprio fim, E ainda bem, graças à Deus.
Maus tratos dos POW ucranianos: em ambas as fotos no primeiro plano é tenente-coronel Oleh Kuzminykh |
O terrorista Givi era responsável pelos bombardeamentos
das cidades e vilas ucranianas, dos maus tratos de civis, de tratamento cruel, público
e sádico e de fuzilamento dos POW ucranianos, de saques e outros crimes de
guerra.
Givi, ainda cidadão comum, no seu local de trabalho, como guarda de supermercado |
Mikhail Tolstykh nasceu
em 1980 na cidade de Ilovaisk
(região de Donetsk), numa família disfuncional e de origem alegadamente e remotamente georgiana. Em 1998-2000 serviu no exército
ucraniano no centro de treino “Desna”, na especialidade de “comandante do
blindado”. Deixou o exército com a patente de sargento, não possuia o emprego estável, trabalhou como guarda num dos supermercados. Desde 2014 colaborou
ativamente com as forças agressoras russas, era amigo íntimo do terrorista
russo Arsen “Motorola” Pavlov. Nunca foi casado e não tinha família. Após a liquidação
deste, em 16 de outubro de 2016, chegou a ameaçar toda a Ucrânia, com as represálias
indiscriminadas e em massa: “Pelo assassinato do Motorola eles [ucranianos] vão
pagar muito caro [...] Cada cidade, após a república popular de Donetsk, que nos
vamos capturar até Kiev, eu vou demolir até o chão por causa deste [meu] amigo”,
– ameaçava o terrorista.
Com amigo "Motorola", também já liquidado |
Recentemente,
surgiu a informação de que o terrorista foi ferido em combate, onde possivelmente
perdeu a palma da mão, foi vítima de contusão. O facto de dormir no seu
gabinete, na retaguarda separatista relativamente segura, pode significar que, como é
habitual entre os criminosos, o terrorista sentia que o seu fim está próximo. Finalmente,
“Givi” foi abatido de vez, tornando-se anedótica a sua promessa não cumprida: a
vingança pelo Motorola, a captura de Kyiv e a destruição das cidades ucranianas
ficarão para uma outra oportunidade.
1 comentário:
Viva ukrania
Enviar um comentário