Nesta
terça-feira o Tribunal Superior Regional de Viena decidiu a extradição do
oligarca ucraniano Dmytro
Firtash aos EUA. Na saída do tribunal Firtash foi surpreendido com a
sua detenção, uma medida, aparentemente, sem a conexão com a decisão de extradição,
escreve a página ucraniana Novynarnia.
O
Tribunal satisfez o apelo da Procuradoria austríaca (MP), contra a decisão
anterior do Tribunal Criminal Regional de Viena em recusar a extradição, na
base de sua crença de haver as razões políticas na base do pedido de extradição,
formulado pelos Estados Unidos.
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Firtash, momentos antes da sua detenção, mas já sabendo da decisão de extradição |
A
porta-voz da procuradora de Viena explicou aos jornalistas que, tecnicamente, a
detenção do Firtash não está ligada à decisão de o extraditar aos EUA e é feita
na base de uma ordem judicial espanhola, em que oligarca é acusado de lavagem
de dinheiro, escreve a Deutsche Welle. A
decisão final sobre a extradição caberá ao Ministro federal da Justiça da
Áustria.
Os
EUA acusam o oligarca ucraniano, dono do grupo industrial DF Group, anteriormente
o chefe do monopolista energético “RosUkrEnergo”, conhecido pelos seus laços
próximos com Moscovo em acto de suborno no valor de 18,5 milhões de dólares,
para a obtenção, fora do concurso, da licença de exploração depósitos de
titânio na Índia. Em 2014 os EUA solicitaram a sua extradição da Áustria,
Firtash saiu em liberdade, sob a fiança de 125 milhões de Euros. Em 30 de abril
de 2015 o Tribunal Criminal Regional de Viena recusou a sua extradição.
Dmytro
Firtash, dono de uma fortuna avaliada em 3,3 biliões de dólares, ainda tentou impugnar o acordo de extradição entre Áustria e os EUA
(Sic!), mas o tribunal simplesmente se recusou a apreciar o caso. Nos EUA
Firtash se arrisca à uma pena prisional de até 50 anos e confisco de todos os
seus bens.
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