domingo, fevereiro 26, 2017

Marcha em memória do Boris Nemtsov: “Putin é a guerra”

Nas diversas cidades russas e em redor do mundo neste domingo decorreram as marchas em memória do Boris Nemtsov, político liberal russo, assassinado em Moscovo em 2015. Na marcha em Moscovo, legal e autorizada, a polícia local impediu fisicamente a exibição do banner “Putin é a guerra”. 
"Putin é a guerra". Moscovo, 1/03/2015
O início da marcha se atrasou em meia hora devido a apreensão do banner “Putin é a guerra” e a detenção temporal dos cidadãos que o seguravam. Além disso polícia aprendia os cartazes em que estava mencionado o nome do Putin e as bandeiras da Ucrânia, por isso neste ano a marcha praticamente não exibia as cores ucranianas. Em Moscovo foi detido o vice-chefe do movimento “Solidariedade” (fundado pelo Nemtsov) da cidade de São Petersburgo, Konstantin Yershov. O político estava distribuindo os panfletos, quando foi insultado pelos “nacionalistas” pró-poder russos, em resultado a polícia deteve apenas o ativista liberal, não incomodando os “nacionalistas” patrioteiros, informa a TV russa TV rainPelas contas dos organizadores até 15h00 (hora de Moscovo), na marcha participaram 15,2 mil pessoas; a polícia moscovita contou apenas na manif os 5.000 cidadãos.
Moscovo, 26/02/2017; 14h36
Boris Nemtsov foi assassinado em Moscovo, nas proximidades do Kremlin na tarde de 27 de fevereiro de 2015. A justiça russa deteve cinco polícias e ex-polícias chechenos, a família do Nemtsov considera que o organizador do assassinato também é um checheno, ex-vice-chefe do batalhão “Sever” do Ministério do Interior da Chechénia, Ruslan Geremeev. Ele não possui um estatuto claro neste processo, foi chamado à depor mas não apareceu e acredita-se que atualmente pode estar à residir nos Emirados Árabes Unidos.
"Boris Nemtsov. Não esquecemos! Não perdoamos!" 26/02/2017, São Petersburgo
As marchas em memória do Nemtsov decorreram e decorrerão em mais de 30 cidades em redor do mundo, nomeadamente em Nova Iorque, Praga, Londres, Varsóvia, entre outras, escreve TV rain.
A entrada para a marcha em Moscovo, 26/02/2017; 15h03
A foto com o cartaz “Putin é a guerra” é da marcha em memória do Nemtsov que decorreu em Moscovo em 1 de março de 2015, logo após o assassinato do político, um dos últimos opositores ao regime do presidente Putin e à sua guerra na Ucrânia.

2 comentários:

Anónimo disse...

https://dbelyaev.ru/p/21931/
Olha como os russos gostam de puxar saco de tiranos: agora eles apoiam Solano López, um sociopata que ordenou matar e torturar dois irmãos, as próprias irmãs e a mãe. Ainda por cima acusa, na maior cara de pau, do Brasil ter cometido genocídio contra os paraguaios. É até interessante ver esses idiotas brasileiros puxando saco de russos, enquanto depreciam a luta da Ucrânia pela independência. Os russos não podem falar nada de genocídio, pois em 1932 executaram o holodomor: um verdadeiro genocídio que superou até mesmo as barbaridades de Hitler e Talat Paza; também a Rússia aplicou genocídio contra chechenos, poloneses, tártaros e outras etnias do antigo Império Russo.
Por isso que eu digo que os brasileiros devem parar de adular a Rússia e os russos e começarem a apoiar a Ucrânia e seu povo heróico.

Anónimo disse...

Solano López era uma espécie de Hitler e Stalin na América Latina do século XIX!!!! Por isso que os russos gostam tanto dele!