Os nossos leitores anglófonos certamente sabem quando e porque se diz que Karma
is a bitch! Os não anglófonos podem imaginar a punição, resultante de um
comportamento putanesco, sendo punido por algo que o punido fez. Do tipo,
alguém rindo-se de uma pessoa que teve um acidente ao ponto de se chocar com um
poste e quebrar o nariz. Ai podemos dizer “Ele colheu o que plantou, ou então “O
Karma é uma ganda filha da put@!”
Enfim, é mais ou menos isso que no dia 17 de junho de 2014 aconteceu com dois
jornalistas russos: Igor Korneliouk e Anton Volochin do canal televisivo estatal
russo “Rossija”. Ambos à entrarem na Ucrânia ilegalmente, ambos à não se registarem
junto às forças armadas ucranianas, ambos fornecerem o acompanhamento
informativo à um dos grupos terroristas, ambos à não usarem nem capacete, nem o
colete prova-de-bala e ambos morrerem no decorrer da Operação anti-terrorista (OAT),
colhidos por uma mina...
Sem duvida é uma morte triste e lamentável, mas não deixa de fazer o
sentido, basta ler o texto da última reportagem publicada pelo jornalista ora
falecido (outra ironia, um ucraniano étnico).
Ucrânia: na aldeia de Shchastie os carrascos chacinaram quase toda a
população local
16.06.2014 / 22:57
Autor: Igor Korneliouk
“Na aldeia de Shchastie decorre a limpeza, em massa. Abatem a população
civil, chacinam as mulheres e crianças, todos os adolescentes dos 16 à 50 anos
são chacinados completamente. Esta informação é de uma mulher que está diretamente
lá, vizinha de um dos meus companheiros”, — informa o combatente do exército do
Sudeste, de alcunha Varano...
A contagem das vítimas já está na casa das centenas. Na aldeia de Luganske,
para parar o avanço dos carrascos, os moradores explodiram a ponte pedestre. Este
tornou-se uma barreira natural na auto-estrada. Durante o último ataque morreram
três pessoas. No posto de controlo, ainda está o “Lada”, metralhado pelos
carrascos. O motorista foi morto no local”.
E o que podemos dizer sobre tudo isso? O Karma é realmente uma ganda filha
da put@!
1 comentário:
Pois é Richard, com a diferença óbvia do que não lembramos de ouvir a vossa indignação quando as mesmas pessoas inocentes eram (são) massacrados na Bósnia, Chechénia, Dagestão, etc.
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