No filme Transporter o herói é um macho charmoso que conduz um BMW luxuoso nas estradas europeias
bem cuidadas, ganhando uma pipa de massa pelos seus serviços. A ucraniana Tetiana Rychkova,
engajada na Operação anti-terrorista (OAT), conduz uma carrinha “Fiat” nas
estradas secundárias do leste da Ucrânia, faz isso voluntariamente, gastando os
fundos próprios e dos seus e espera contribuir pelo esforço da guerra popular pela
real independência ucraniana.
Só no primeiro mês da OAT, a pequena empresária Tetiana Rychkova da cidade
de Dnipropetrovsk forneceu ao exército ucraniano diversa ajuda no valor de 1
milhão de UAH (88.000 USD). Não sendo nem muito rica, nem menos ainda,
milionária.
O seu marido, fã do diving, se alistou no exército ainda em março de 2013, e
rapidamente descobriu que as forças armadas só fornecem aos militares o
armamento, tudo o resto está em falta. Tânia: “vendi a casa de campo e queria
comprar o novo forno moderno, tenho uma padaria, no fim comprei as tendas,
sacos-camas, rádios e um gerador”.
Ela também compra os medicamentos, pensos rápidos especiais, óculos taticos
(chineses, pagou apenas os seus direitos aduaneiros, custando 20 UAH/1,75 USD à
unidade, o preço normal é 1500-2000 UAH/ 132-175 USD), sabonetes, capacetes,
rádios, coletes prova-de-bala, diversas peças sobressalentes do armamento e dos equipamentos militares.
Compra o fardamento e calçado (as botas no mato não aguentam mais que uma
semana), e o exército oferece aos militares 1 fardamento por meio ano. Gastou
todo o seu dinheiro, dinheiro oferecido pelos parentes, começou pedir aos
amigos (alguns recusaram – cortou os relacionamentos com eles), mas encontrou os
novos amigos e voluntários na Internet. Muitos deles, naturais e moradores das
regiões de Donetsk e Luhansk.
Deixou o seu próprio negócio, só esta envolvida no voluntarismo, faz
2.000-3.000 km por semana à conduzir, os seus país e os sogros apoiam Tânia, os
voluntários pagam a gasolina.
Tânia leva a carga no seu carro, andando sempre pelas estradas secundárias,
por serem mais seguras, sem mapas, nem GPS, o exército não pode acompanha-la, os
batedores da inteligência militar apenas conseguem avisar onde pode andar mais
à vontade e as estradas que deve evitar. O seu “Fiat” desliza balançando nos
caminhos molhados, Tânia planeia o reparar quando puder, com ajuda dos
voluntários em Kyiv.
Outro item muito procurado pela Tânia são os coletes prova-de-bala (neste
momento, a sua quase totalidade é comprada pelo Ministério da Defesa, mas não
chegam à frente da batalha), não se percebe porque o mesmo Ministério não fornece
a quantidade necessária de óculos da visão noturna. Perguntas para serem
respondidas após a chegada da paz. Agora todos os esforços são para a defesa do
país.
Tânia também tem outros planos: deixar de fumar 1,5-2 maços por dia, deixar
de se expressar em calão militar, passar à viajar com filho e marido. Mas para já
continua o seu trabalho voluntário. Também quer fundar, com outros voluntários,
uma ONG que ajudaria o exército e não permitiria os roubos.
Ela irá conseguir, vocês verão!
https://www.youtube.com/watch?v=9BEtoRnt7a4
UPD:
O coordenador dos voluntários que apoiam o exército ucraniano, Wings
Phoenix, informa que a resistência ucraniana comprou para Tânia um novo caro à
gasóleo, “17.000 dólares, em muito bom estado, legal, com direitos aduaneiros
pagos”.
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