A
primeira-ministra britânica, Theresa May, disse, discursando
no parlamento britânico que a Rússia provavelmente estará por trás do
envenenamento do ex-coronel do GRU Sergey
Skripal. Com possível uso de substâncias químicas soviéticas/russas da classe “Novichok”.
De
acordo com May, no envenenamento de Skripal foi usado o agente nervoso do tipo militar
que foi produzido na Rússia. Ela observou que estamos falando de substâncias da
classe “Novichok” (literalmente Novato), que foram desenvolvidas na URSS
desde a década de 1970.
May
também disse que a investigação ainda não está completa e que a hipótese de que
o agente nervoso ser roubado no laboratório russos não pode ser excluída. No
entanto, de acordo com May, a Rússia atuou repetidamente no território de
outros países e usou substâncias venenosas, inclusive em caso de envenenamento
do cidadão russo-britânico Alexander Litvinenko.
As autoridades britânicas
chamaram o embaixador russo para que este explicar como o
agente nervoso poderia ter chegado
a Salisbury. Se a Rússia não der uma explicação sobre incidente, o Reino Unido
considerará isso como o uso da força no seu território e preparará medidas de retaliação. Theresa
May disse que nesta quarta-feira, dia 14 de março, anunciará possíveis medidas
de retaliação contra a Rússia.
The
Times escreveu, citando fontes de alto escalão do governo britânico, que May poderá
oficialmente acusar a Rússia do comando da tentativa de assassinato dos
Skripal. De acordo com o jornal, a polícia e os serviços secretos britânicos reuniram
provas suficientes para vincular Moscovo e a substância que envenenou o ex-coronel
do FSB.
A
publicação observa que, entre as medidas de retaliação, o governo está
considerando a expulsão de diplomatas russos, o cancelamento de vistos para
russos que residem permanentemente no Reino Unido e que estão associados ao
Kremlin.
Sergei Skripal foi
envenenado em 4 de março de 2018 na cidade inglesa de Salisbury, onde viveu/morou
nos últimos 8 anos. Skripal foi condenado na Rússia por traição do Estado, mas
em 2010 ele foi trocado por agentes russos, pertencentes às células adormecidas
e descobertas nos Estados Unidos. Até este momento as autoridades britânicas não
diziam o nome da substância que foi usada no envenenamento do Skripal (66) e da
sua filha Yulia (33).
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