Um
dos comparsas do terrorista brasileiro Rafael
Lusvarghi, detido na Ucrânia desde 6 de outubro de 2016, pelo seu
envolvimento nas actividades terroristas no leste do país e condenado aos 13
anos de prisão, acaba de anunciar a recepção de uma carta, alegadamente escrita
pelo próprio Rafa Lusvarghi.
De esquerda para direita: 2º é Ortege (de preto) e último é Lusvarghi pousando com um gesto considerado anti-semita, uma espécie de "zieg" pós-moderno, um quenelle, oficialmente |
O
propagandista pró-terrorista, André
Drumond Ortega, promete no seu Facebook que o conteúdo da carta será publicado em breve, adiantando que no texto Lusvarghi
esclarece os seus posicionamentos, as suas motivações, denuncia as autoridades
brasileiras e ucranianas.
O mesmo Ortega algures na Ucrânia ocupada, armado e em fardamento militar,provavelmente tentará argumentar que assim lá andam todos os "jornalistas" ;-) |
Como
quase todo o terrorista apanhado, Lusvarghi passa da posição de “sou viking cossaco
berserk destemido” à do “mamãe, sou jovem cidadão humilhado e ofendido”, queixa-se muito dos
“difamadores [que] o condenam à uma desumanização que complementa a ação dos
tribunais” (“pessoas má intencionadas deturparam minhas galhofas, sátiras e
ironias e até inventaram coisas para me atacar”), se refere à obra de Kafka (embora
deveria à do Dostoevski) para falar da seu mágoa com a “corte anônima e
invisível”, que “acusam e julgam” (...), lamentando que alegadamente seja “condenado
sem ser ouvido”.
Rafael Lusvarghi: "EU SOU NAZISTA e desde pivete".... |
Para
já, tudo evidencia que Lusavrghi tem grandes dúvidas sobre o seu futuro, acusando
o Consulado brasileiro em Kyiv de mentir para a família sobre a sua integridade
física, e mais do que isso, segundo o terrorista, o Vice-Cônsul do Brasil lhe disse
que as autoridades brasileiras não vão fazer nada “nem no evento da sua morte”.
Mas
será que Lusvarghi realmente é um terrorista?
Neste
aspeto a posição, alegadamente assumida pelo Vice-Cônsul do Brasil na Ucrânia, é juridicamente
blindada pela própria legislação brasileira, nomeadamente, pelo Decreto da Presidência
da República do Brasil № 5.938,
de 19 de outubro de 2006 que promulgou o Tratado de Extradição entre a
República Federativa do Brasil e Ucrânia, celebrado em Brasília, em 21 de
outubro de 2003, e que estabelece a seguinte definição do terrorismo: “o
atentado contra pessoas ou bens cometidos mediante o emprego de bombas,
granadas, foguetes, minas, armas de fogo, explosivos ou dispositivos similares”
(artigo № 3, alínea 5, ponto c) III).
Ler
mais:
Blogueiro:
dado que o novo advogado do Lusvarghi, Valentim Rybin, esteja ocupado com
outros casos, por exemplo, com a defesa dos ex-polícias “Berkut” que
recentemente fugiram para federação russa, é compreensível a sua jogada de
tentar envolver alguma voz dos “idiotas úteis” brasileiros, que podem (em teoria)
se movimentar em defesa do terrorista detido, sob a argumentação “ad nauseam” de
gorpi-gorpi, embora não nos parece que seja uma tática ganhadora.
Rafael Lusvarghi na companhia do terrorista e nazi russo Alexey "Fritz" Milchakov (no meio),conhecido por desfigurar os corpos dos militares ucranianos mortos e se gabar disso na Internet |
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