A cruz não oficial dos mercenários russos numa caixinha em forma de caixão... |
A
agência noticiosa Reuters
revela
os dados da morte de três mercenários russos na Síria, possivelmente sob
comando da EMP
Vagner, dois deles com passagem pela Ucrânia e um descoberto, em
primeira mão pelo grupo OSINT russo Conflict Intelligence Team (CIT).
Aleksey
Safonov (41) morreu nos meados de março nos arredores da Palmira, conta um dos
seus familiares sob o anonimato. A família de Safonov praticamente nada sabe
sobre as circunstâncias da sua morte: “só posso dizer uma coisa: foi na Síria”,
diz o parente. Safonov serviu como mercenário na guerra no leste da Ucrânia, inserido
nas unidades russo-terroristas, antes de passar para a Síria, de acordo com o seu
parente. Ele foi enterrado em sua aldeia no sul da Rússia, duas semanas após a
morte.
Vladimir
Plutinski (46), morador de um assentamento no sul da Rússia, morreu em Tiyas,
perto de Palmira, em 12 de fevereiro de 2017, segundo um documento oficial que continha
os dados de seu atestado de óbito e que foi visto pela Reuters. Um parente de
Plutinsky confirmou que ele tinha morrido na Síria e que no momento da sua
morte não estava servindo no exército russo.
O terrorista russo Mikhail Nefedov |
Agência
também confirma a morte do mercenário russo Mikhail
Nef(y)edov (1989), revelada, em primeira mão, pelo grupo OSINT Conflict Intelligence Team (CIT), o terrorista tive a participação ativa na guerra no leste da Ucrânia. A morte do Nefedov é
confirmada pela certidão de óbito do hospital militar sírio “Martyr Abdulkader
Shakfeh”, situado em Homs. As datas da sua morte diferem entre os dias 10; 12 e 22 de
março de 2017.
Nef(y)edov em Donetsk na Ucrânia |
Os
amigos de Mikhail confirmam que ele estava na Síria como mercenário de uma
empresa militar privada e que foi morto em um ataque bombista suicida, juntamente com 9 outros
mercenários do grupo Vagner. O seu corpo chegou à cidade russa de Rostov-no-Don num caixão de zinco selado. Junto com o corpo, veio o seu medalhão metálico do
exército russo e o telefone celular com um cartão SIM inutilizado.
Um
dos seus amigos publicou a troca de correspondência com Nefedov (apagada mais tarde), que sugere
que o mercenário foi para a Síria para ganhar o dinheiro:
Pelos
dados da Reuters, no decorrer dos combates ativos pelo controlo da Palmira (fim
de janeiro – início de março de 2017), a Rússia perdeu 21 militares e
mercenários. Quatro vezes mais do que as baixas admitidas pelo ministério da defesa
russo. No mês de março Reuters já tinha calculado que entre o fim de janeiro e
fim do março na Síria morreram pelo menos 18 cidadãos russos.
O
Ministério da Defesa, o Ministério das Relações Exteriores e o consulado russo
em Damasco não responderam aos pedidos da Reuters para comentar as informações
sobre os três mercenários mortos.
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