terça-feira, abril 18, 2017

Reuters revela a morte dos três mercenários russos na Síria

A cruz não oficial dos mercenários russos numa caixinha em forma de caixão...
A agência noticiosa Reuters revela os dados da morte de três mercenários russos na Síria, possivelmente sob comando da EMP Vagner, dois deles com passagem pela Ucrânia e um descoberto, em primeira mão pelo grupo OSINT russo Conflict Intelligence Team (CIT).

Aleksey Safonov (41) morreu nos meados de março nos arredores da Palmira, conta um dos seus familiares sob o anonimato. A família de Safonov praticamente nada sabe sobre as circunstâncias da sua morte: “só posso dizer uma coisa: foi na Síria”, diz o parente. Safonov serviu como mercenário na guerra no leste da Ucrânia, inserido nas unidades russo-terroristas, antes de passar para a Síria, de acordo com o seu parente. Ele foi enterrado em sua aldeia no sul da Rússia, duas semanas após a morte.

Vladimir Plutinski (46), morador de um assentamento no sul da Rússia, morreu em Tiyas, perto de Palmira, em 12 de fevereiro de 2017, segundo um documento oficial que continha os dados de seu atestado de óbito e que foi visto pela Reuters. Um parente de Plutinsky confirmou que ele tinha morrido na Síria e que no momento da sua morte não estava servindo no exército russo.
O terrorista russo Mikhail Nefedov
Agência também confirma a morte do mercenário russo Mikhail Nef(y)edov (1989), revelada, em primeira mão, pelo grupo OSINT Conflict Intelligence Team (CIT), o terrorista tive a participação ativa na guerra no leste da Ucrânia. A morte do Nefedov é confirmada pela certidão de óbito do hospital militar sírio “Martyr Abdulkader Shakfeh”, situado em Homs. As datas da sua morte diferem entre os dias 10; 12 e 22 de março de 2017.
Nef(y)edov em Donetsk na Ucrânia
Os amigos de Mikhail confirmam que ele estava na Síria como mercenário de uma empresa militar privada e que foi morto em um ataque bombista suicida, juntamente com 9 outros mercenários do grupo Vagner. O seu corpo chegou à cidade russa de Rostov-no-Don num caixão de zinco selado. Junto com o corpo, veio o seu medalhão metálico do exército russo e o telefone celular com um cartão SIM inutilizado.

Um dos seus amigos publicou a troca de correspondência com Nefedov (apagada mais tarde), que sugere que o mercenário foi para a Síria para ganhar o dinheiro: 
Pelos dados da Reuters, no decorrer dos combates ativos pelo controlo da Palmira (fim de janeiro – início de março de 2017), a Rússia perdeu 21 militares e mercenários. Quatro vezes mais do que as baixas admitidas pelo ministério da defesa russo. No mês de março Reuters já tinha calculado que entre o fim de janeiro e fim do março na Síria morreram pelo menos 18 cidadãos russos.

O Ministério da Defesa, o Ministério das Relações Exteriores e o consulado russo em Damasco não responderam aos pedidos da Reuters para comentar as informações sobre os três mercenários mortos.

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