segunda-feira, abril 24, 2017

França: Emmanuel Macron, Le Pen e fake news

O Ministério do Interior Francês declarou oficialmente que após a contagem dos 33,2 milhões de votos, Emmanuel Macron ganhou a primeira volta das eleições presidenciais franceses com os 23,49%; o segundo lugar ocupou a Marine Le Pen com 22,1%, a participação do eleitorado ficou em 69,42%.

A maioria dos candidatos derrotados já exortou os seus apoiantes à votarem no Emmanuel Macron na segunda volta presidencial. Um banqueiro jovem, pertencente à ala direita do partido socialista, que já trabalhou para os marvados dos Rothschild, muito provavelmente é a melhor escolha da França, e é a melhor opção para Europa e para Ucrânia.
Marine Le Pen, definitivamente pode esquecer se eleger em 2017, não possuindo os recursos eleitorais à direita que podem a elevar ao cargo da presidenta dos franceses. O cenário descrito pelo francês Michel Houellebecq não se concretizou nem ao lado da extrema-direita, nem para o islamismo radical. No entanto este perigo não está afastado em definitivo, Europa e os europeus devem ficar mais vigilantes.
Assim, nas vésperas das eleições francesas a empresa britânica Bakamo, analisou 800.000 páginas na Internet e quase 8 milhões de ligações compartilhadas pelos franceses entre 1 de novembro de 2016 e 4 de abril de 2017.

Quase 1 em cada 4 ligações compartilhadas pelos franceses nas redes sociais nas vésperas das eleições pode ser classificada de fake news, que na sua maioria favorecia os candidatos antieuropeus e tinha os sinais de influência russa.

De todas as ligações 19,2% provinham das fontes que “não seguem os padrões jornalísticos” e expressam as “opiniões radicais [...] para a criação de narrativas destrutivas”, o que o estudo chama de “categoria de reformulação” (reframe category).

Outros 5% de ligações estavam relacionados com as “narrativas muitas vezes míticas, quase teológicas na sua génese” ou discutiam as teorias de conspiração que o estudo chamou de “seção alternativa”.

As fontes destas categorias apoiavam os candidatos anti-UE, quer de extrema-direita, quer da extrema-esquerda, tais como: Marine Le Pen, Jean-Luc Melenchon, Francois Asselineau e Philippe Poutou. Também eram favoráveis ao François Fillon, o candidato do centro-direita que se mostrava amigável à federação russa.

Ler mais (em inglês): https://euobserver.com/foreign/137624
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