A portuguesa Maria José de 34 anos, conhecida nas redes sociais como "Senhora Liberdade" |
Os
protestos na Venezuela sobem de tom — em confrontos nas ruas de Caracas já
morreram pelo menos 12 pessoas, outras 8 morreram no decorrer do assalto à uma
padaria — a versão oficial fala em choque elétrico de um cabo de alta tensão, a
verdade é desconhecida.
"Senhora Liberdade", Maria José foi detida pela polícia, mas libertada mais tarde, ela se encontra bem |
No
momento, nas ruas aos manifestantes políticos se juntaram os saqueadores – na
maioria das vezes, os cidadãos comuns que simplesmente não têm nada para comer.
Eles não assaltam as lojas com aparelhos electrónicos, roupas ou jóias, o seu
alvo são os supermercados, padarias e cafés, os locais, onde se vende a comida.
As autoridades chefiadas por Maduro acusam a oposição, argumentando que essa é “a
verdadeira face da oposição, tentando semear o caos no país”, a oposição afirma
que sob o disfarce de saqueadores, muitas vezes, agem esquadrões de polícia à
civil, a fim de justificar “a mão dura” contra os manifestantes.
02.
A foto de um talho / açougue saqueado em Caracas. A Venezuela realmente passa
um momento muito difícil com dinheiro e com a comida, muitos só conseguem
sobreviver graças aos parentes que vivem e trabalham no exterior e ajudam os seus
familiares que vivem sob o “socialismo bolivariano”.
A
crise começou desde a época
do Chávez, quando toda a economia de Venezuela tinha sido focada em exportações
de petróleo, as outras áreas de negócio eram apertadas e controlada pelas
autoridades. Após a queda dos preços dos hidrocarbonetos a economia
venezuelana, focada na redistribuição dos “petrodólares” entrou em colapso momentâneo.
03.
As prateleiras vazias de um supermercado saqueado, tudo foi varrido. Ficaram as
caixas e pacotes rasgados de comida.
04.
Uma mercearia após o saque noturno, nenhuma caixa ou pacote ficaram inteiros.
05.
Nas imediações as pessoas procuram alguma comida nos restos de embalagens:
06.
Um jovem achou alguma apa, reparem nas faces de outras pessoas:
07.
Mercearia familiar totalmente saqueada.
08.
A padaria, onde morreram 8 saqueadores.
09.
Possivelmente poderiam ser abatidos pela polícia, que depois colocou a culpa
num acidente.
10.
A polícia usa as lançadoras de gás lacrimogéneo que permitem cobrir as longas
distâncias:
11.
Os manifestantes respondem com bombas incendiárias improvisadas, lançadas com
auxílio de uma catapulta:
12.
Uma fisga improvisada que lança os engenhos incendiários, operada por três
pessoas:
13.
As fisgas tradicionais também são usadas:
14. Combates urbanos:
15. Uma mulher ferida:
16.
A detenção de um ativista no decorrer do avanço policial. No total já foram
detidos mais de 1000 manifestantes.
17.
Os manifestantes contam que polícia à civil também usa os engenhos incendiários
contra os manifestantes, possivelmente se passando de “povo bolivariano”. Na
foto o engenho atinge os manifestantes:
18.
Um rapaz ferido:
19.
Os manifestantes tentam construir as barricadas nas ruas de Caracas:
20.
A polícia ataca as barricadas, usa os canhões de água:
21.
Combates urbanos:
22.
Polícia feminina:
23.
Uma mulher de joelhos pede a polícia para não atacarem:
24.
Operador de lançamentos de granadas de gás lacrimogéneo:
25.
Paralelamente, nas cidades venezuelanas decorrem as pacíficas “marchas
silenciosas” — em memória dos que morreram no decorrer das manif. Lilian Tintori (38), a esposa
do líder de oposição Leopoldo Lopes, preso, se dirigiu publicamente
ao presidente venezuelano:
“Nicolas
Maduro, somos uma marcha pacífica. Não temos as armas. Nós não acreditamos que
os problemas podem ser resolvidos por meios violentos. Nós resistimos porque
queremos paz e tranquilidade. Queremos estar com as nossas famílias. Nós não
queremos que os venezuelanos sejam obrigados a roubas por causa de fome.
Queremos que tenhamos comida e remédios”.
26.
Na Venezuela tudo está apenas começando.
Fotos@: Marcos del Mazo/LightRocket
| Carlos Becerra/Anadolu Agency | Federico Parra/AFP | Ronaldo Schemidt/AFP | Juan
Barreto/AFP | Reuters | Texto@ Maxim-nm
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