Um
dos elementos de propaganda, usados pela organização terrorista “dnr” na
promoção do seu grupo é a distribuição
da “cidadania” e dos “passaportes” da “república popular” aos representantes da
Jet7 russa. Um dos últimos contemplados foi o ator Nikita Dzhigurda que
permaneceu como “cidadão” do grupo terrorista por apenas cinco dias.
Nascido
em Kyiv e cidadão da Ucrânia, Dzhigurda (1961) notabilizou-se no cinema russo,
embora hoje é conhecido na Rússia como cantor e socialite polémico, a
personagem em perseguição constante de “fama de 15 minutos”, na expressão do
Andy Warhol. No dia 9 de março ele recebeu, com a pompa e circunstância o “passaporte”
da dita “dnr”, que perdeu publicamente apenas cinco dias depois, em 14 de
março.
Com o passaporte fake da dita "dnr" |
Entre
as duas datas Dzhigurda tinha afirmado que pretendia representar a “dnr” no
concurso da Eurovisão e que tem apoio neste projeto de um dos chefes
separatistas, Denis Pushilin. Esta e outras trapalhadas obrigaram o líder da dita
“dnr”, Oleksandr Zakharchenko ir à TV e assumir publicamente o “erro pessoal”, declarado
a retirada do “passaporte” e da “cidadania” ao ator.
“O
decreto da retirada da cidadania já está assinado. Houve um erro, peço desculpa
por emitir o passaporte ao Nikita Dzhigurda, peço desculpas ao povo de Donbas”,
– tinha dito Zakharchenko.
O
blogueiro ucraniano de Donbas, Oleksandr
Chernov, escreveu que para Dzigurda, que neste momento está ao nível de receber
500 dólares por cada atuação artística, a recepção do “passaporte” foi um negócio.
Alegadamente ele tinha pedido aos terroristas 200.000 rublos (3.400 dólares), mas em resultado das
negociações aceitou o valor de 30.000 rublos (510 dólares).
Com o seu passaporte ucraniano |
O
mais interessante poderá vir à seguir. Nikita Dzhigurda é cidadão da Ucrânia,
como ele conta em várias entrevistas, Rússia recusa lhe a atribuição da
cidadania, argumentando que ele é cidadão ucraniano. Em resultado das danças
frenéticas “com os ursos”, a personagem se arrisca à perda da cidadania ucraniana
e em transformação em um apátrida. O novo papel que até pode entreter o nosso
socialite, pelo menos inicialmente.
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