segunda-feira, março 06, 2017

As perdas militares russas na Síria: março de 2017

No dia 6 de março a imprensa russa escreveu sobre mais dois militares que morreram na Síria. No dia 2 de março morreu o batedor da 96ª Brigada especial de reconhecimento, um outro militar russo, foi sepultado na região de Chelyabinsk, liquidado pelo franco-atirador.
A morte do soldado profissional, Artem Gorbunov, foi avançada pelo grupo OSINT russo Conflict Intelligence Team na sua página do Facebook e mais tarde oficialmente confirmada pelo Ministério da Defesa da Rússia. Segundo a informação oficial, na Síria o soldado se dedicava à segurança dos “assessores militares russos” e morreu nos arredores da Palmira em combate com as forças da Daesh/EI. Numa postagem na rede social VK, a sua esposa especifica que o militar foi vítima de emboscada e que ele foi o primeiro à morrer.


A publicação russa Znak.com informou que no dia 2 de março na cidade de Ozyorsk na região de Chelyabinsk foi sepultado o militar russo Ivan Slyshkin (23) que tinha ido para Síria no intuito de «ganhar o dinheiro considerável, entre outras coisas, para o casamento». A morte e o enterro do Ivan foram confirmados pela publicação local, Ozersk74.
Sabe-se que Slyshkin, fez o SMO no início da década de 2010 na Chechénia, foi condecorado com algumas medalhas militares. A publicação russa avança que Slyshkin foi liquidado pelo franco-atirador em 12 de fevereiro passado e informa que o seu corpo foi trazido à terra natal “pelos amigos”.

Oficialmente, a Rússia reconhece a morte na Síria de apenas 27 militares seus. Desde o dia 28 de maio de 2015 os dados sobre a morte dos militares russos “no tempo da paz” são secretos, segundo um decreto assinado pelo presidente russo. Desde aquela data a morte dos soldados e oficiais russos é reconhecida dias, semanas e até meses após a sua morte, geralmente à partir das fontes não oficiais.

O ministério da Defesa russo não informou e nem confirmou a morte do Slyshkin, oficialmente este militar russo não participava na campanha militar síria. O secretário de imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov, também disse não receber a informação sobre o assunto, sugerindo o contacto com o Ministério da Defesa.

A publicação russa RBC.ru avança a informação de que Ivan Slyshkin estava na Síria inserido no grupo de mercenários russos, pertencentes à EMP Vagner. Ele treinava os militares sírios e também participava em operações militares, no decorrer de uma das quais, nos arredores do campo de gás de Al-Shaer foi abatido pelo franco-atirador inimigo, com um único tiro na cabeça.
A padra lapidar do militar russo morto com a imagem de uma medelha "não oficial", anteriormente já atribuída aos mercenários russos do grupo Vagner pela seu envolvimento na guerra da Ucrânia e na Síria
A namorada do Slyshkin, Cristina Gaynutdinova, conta que durante a permanência do Ivan na Síria falava com ele “apenas sobre as coisas pessoais: «ele nada contava sobre o seu serviço, todos os seus telefones estavam sob escuta».

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