No
dia 6 de março a imprensa russa escreveu sobre mais dois militares que morreram
na Síria. No dia 2 de março morreu o batedor da 96ª Brigada especial de
reconhecimento, um outro militar russo, foi sepultado na região de Chelyabinsk,
liquidado pelo franco-atirador.
A
morte do soldado profissional, Artem Gorbunov, foi avançada pelo grupo OSINT
russo Conflict
Intelligence Team na sua página do Facebook e mais tarde oficialmente confirmada
pelo Ministério da Defesa da Rússia. Segundo a informação oficial, na Síria o soldado
se dedicava à segurança dos “assessores militares russos” e morreu nos arredores
da Palmira em combate com as forças da Daesh/EI.
Numa postagem na rede social VK, a sua esposa especifica que o militar foi
vítima de emboscada e que ele foi o primeiro à morrer.
A
publicação russa Znak.com
informou que no dia 2 de março na cidade de Ozyorsk na
região de Chelyabinsk foi sepultado o militar russo Ivan Slyshkin (23) que
tinha ido para Síria no intuito de «ganhar o dinheiro considerável, entre
outras coisas, para o casamento». A morte e o enterro do Ivan foram confirmados
pela publicação local, Ozersk74.
Sabe-se
que Slyshkin, fez o SMO no início da década de 2010 na Chechénia, foi
condecorado com algumas medalhas militares. A publicação russa avança que
Slyshkin foi liquidado pelo franco-atirador em 12 de fevereiro passado e informa
que o seu corpo foi trazido à terra natal “pelos amigos”.
Oficialmente,
a Rússia reconhece a morte na Síria de apenas 27 militares seus. Desde o dia 28
de maio de 2015 os dados sobre a morte dos militares russos “no tempo da paz” são
secretos, segundo um decreto assinado pelo presidente russo. Desde aquela data a
morte dos soldados e oficiais russos é reconhecida dias, semanas e até meses após
a sua morte, geralmente à partir das fontes não oficiais.
O
ministério da Defesa russo não informou e nem confirmou a morte do Slyshkin, oficialmente
este militar russo não participava na campanha militar síria. O secretário de
imprensa do presidente russo, Dmitry Peskov, também disse não receber a informação
sobre o assunto, sugerindo o contacto com o Ministério da Defesa.
A
publicação russa RBC.ru
avança a informação de que Ivan Slyshkin estava na Síria inserido no grupo de
mercenários russos, pertencentes à EMP
Vagner. Ele treinava os militares sírios e também participava em operações
militares, no decorrer de uma das quais, nos arredores do campo de gás de Al-Shaer
foi abatido pelo franco-atirador inimigo, com um único tiro na cabeça.
A
namorada do Slyshkin, Cristina Gaynutdinova, conta que durante a permanência do
Ivan na Síria falava com ele “apenas sobre as coisas pessoais”: «ele nada
contava sobre o seu serviço, todos os seus telefones estavam sob escuta».
Sem comentários:
Enviar um comentário