segunda-feira, janeiro 30, 2017

Os combates pesados em Avdiivka: domingo tenso na Donbas

Neste domingo a zona industrial de Avdiivka vive uma das piores situações de combates do mês de janeiro. As forças russo-terroristas usam morteiros e blindados, alvejando, além de Avdiivka as localidades ucranianas de Opytne, Kamyanka, Pisky, Popasna, as diversas vilas na zona de Mariupol. Há registos de perdas entre as forças ucranianas.

A situação mais complicada é registada na zona industrial de Avdiivka. Aqui foi registada a tentativa do avanço terrorista, em resultado o exército ucraniano teve até 4 baixas mortais e até 5 feridos (uma parte dos heróis caídos pertence à 72ª Brigada Mecanizada das FAU). Como informa o serviço de imprensa do Estado-geral da Operação Antiterrorista (OAT), o ataque russo-terrorista começou às 13h45 (hora de Kyiv), após o bombardeamento das posições ucranianas pelo fogo de morteiros de diversos calibres. No entanto, o avanço se mostrou infrutífero, o inimigo foi obrigado à recuar, informa a agência ucraniana UNIAN.

Como informa o jornalista ucraniano Yuriy Butusov a batalha de Avdiivka não pára. As forças russo-terroristas estão furiosas e fazem de tudo para empurrar as unidades ucranianas fora da junção de Yasinovatska e da área industrial de Avdiivka. As importantes forças de artilharia do 1º corpo do exército de ocupação russo estão bombardeando as posições ucranianas. É de ressaltar que, de acordo com o acordo de paz Minsk-2, os combates ocorrem no território sob controlo das forças ucranianas. No entanto, o comando russo tem a intenção de manter, à todo o custo, a ameaça sobre Avdiivka. Nenhuma inspeção da OSCE consegue reduzir a intensidade da batalha (em 24 horas a missão da OSCE constatou as 2260 ações de violações do cessar-fogo na Donbas). De acordo com os dados da frente de combate, os mercenários russos lançaram ao combate os blindados. Os militares da 72ª Brigada Mecanizada das FAU estão travar uma dura batalha, sem recuar um único passo. O comando ucraniano mantém o firme controlo da situação, a artilharia ucraniana efetua a resposta activa e eficaz. No entanto, a situação de Avdiivka requer uma permanente atenção mais séria.
As posições russas, assinaladas pelo drone russo
(a imagem divulgada pelos russo-terroristas)
O Ministro da Defesa da Ucrânia, general Stepan Poltorak, considera a situação na zona de OAT como “complicada, mas controlada”. O Ministro também contou que em Avdiivka as posições ucranianas foram atacadas por dois grupos de infantaria inimiga, compostos por 25-30 homens. Numa das posições, as forças ucranianas defenderam as suas posições com sucesso, numa outra localidade avançaram e ocuparam um posto estrategicamente importante (UNIAN).

Os voluntários afetos à comunidade ucraniana PhoenixMPW avaliam as perdas dos russo-terroristas em 9 mortos (entre eles o comandante separatista Ivan Grek Balakay, o chefe do bando armado, denominado 3º batalhão do 11º regimento de infantaria móvel da dita dnr; sobre ele se sabe que é um ex-militar e ex-cidadão da Ucrânia que desde início da guerra russo-ucraniana servia os ocupantes russos), cerca de 30 feridos e 1 capturado em combate, confirmando o avanço das unidades ucranianas.
O liquidado Ivan “Grek” Balakay nas costas do outro traidor, o ex-chefe do Alfa SBU
de Donetsk, Aleksandr Khodakovskiy que já confirmou a morte do comparsa
Escreve o voluntário ucraniano Semen Kabakaev (o coordenador do grupo Stop Terror):

Tomamos as novas posições na direção de Avdiivka. Quando acontecem este tipo de ataques, o inimigo pensa nas consequências, mas sempre de uma forma positiva à si mesmo, e o resultado é sempre negativo. Avançando passo à passo, recuperamos os territórios, nossos por direito.
Derrotado, o inimigo teve perdas enormes, as nossas fontes dizem-nos que durante o dia [30/01/2017] nos hospitais e necrotérios de Donetsk entrou uma quantidade enorme dos feridos e mortos, os números já se situam em dezenas”.

Num evento separado, na cidade-satélite de Donetsk, Makiivka, foi alvejada, em resultado dos bombardeamentos, a equipa de filmagens do canal propagandista russo NTV. Para já, o estado dos “jornalistas” que entraram na Ucrânia ilegalmente, é desconhecido.

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