No dia 7 de abril de 1935, o Comité Central Executivo da URSS e o Conselho
dos Comissários Populares da URSS adotaram uma lei sem precedentes, permitindo
que as crianças à partir de 12 anos poderiam ser fuziladas.
A lei foi oficialmente publicada no dia seguinte e assinada pelo Kalinin,
Molotov e Ivan Akulov,
este último, preso e fuzilado 1937, sob a acusação de participação na
conspiração militar contra-revolucionária. O decreto foi revisto, emendado e
recebeu o aval positivo do Estaline.
Oficialmente, o decreto-lei № 3/598
«Sobre os meios da luta contra criminalidade entre os menores» foi pensado para
punir os jovens criminosos que cometiam os roubos, assassinatos ou tentativas
de assassinatos ou mesmo infringiam os ferimentos aos terceiros.
Dado que URSS se retratava como “paraíso socialista”, a palavra “fuzilamento”
não foi usada no texto da lei, substituída pelas fórmula “todas as medidas”.
Provavelmente, dentro do próprio NKVD surgiram os questionamentos sobre o que
significavam tais “todas as mediadas”. Para dissipar as duvidas, na sua reunião
magna em 26 de abril do mesmo ano, o Bureau Político do PCUS debateu a lei e
confirmou aplicação da pena capital às crianças maiores de 12 anos.
URSS nem sequer considerava os menores de 12 anos como crianças. Nesta
idade eram julgados aptos para trabalhar, entravam nas “reservas laborais” das
fábricas e manufacturas soviéticas. Após a publicação da nova lei, todas as
instituições corretivas de jovens infratores e crianças sem-abrigo passaram da
responsabilidade dos comissariados populares à tutela do NKVD.
Ao abrigo da mesma lei, as pessoas que incitavam ou mesmo forçavam os menores
para participar na especulação, prostituição e vadiagem, eram sentenciados ao
máximo de 5 anos de prisão. Com estes medidas violentas e desumanas, Estaline tentou
controlar a estatística vergonhosa de crianças desabrigadas e, portanto, o
crime juvenil – dois indicadores que foram o resultado direto das políticas
internas soviéticas daquela época: a coletivização forçada, Holodomor ucraniano
de 1932-33, as repressões e deportações massificadas para os campos de
concentração soviéticos, o famigerado GULAG.
Mesmo quando os órgãos soviéticos não tinham absolutamente nenhuma prova de
qualquer crime real ou imaginário, mas havendo a vontade política de fuzilar um determinado jovem ou adolescente, estas simplesmente inventavam-se. Vejamos o caso do Yuri Kamenev (1921—1938),
filho do Lev Kamenev, foi fuzilado em 1938 sob acusação de:
«Kamenev, que estava sob a influência ideológica de seu pai – o inimigo do
povo, L. B. Kamenev, aprendeu as teorias terroristas da organização anti-soviética
trotskista; sendo amargurado pela repressão aplicada ao seu pai, como o inimigo do povo; Kamenev Y. L. em 1937 em Gorky expressou, entre os estudantes,
as intenções terroristas em relação aos dirigentes do PC (b) e do poder soviético»
(FONTE).
Fonte:
Pontes que desunem…
O fotógrafo ucraniano Sergiy Polezhaka, criou uma série fotográfica de pontes dinamitados e destruídos
pelos terroristas russos na região de Donbas.
“Destruir os pontes significa separar deliberadamente. Obrigar as pessoas
vivem separadamente, não ver e não ouvir uns aos outros. Como resultado – não
compreender e talvez odiar. No momento em que no país nascem umas novas ligações
sociais (desde o movimento voluntário unificativo até a fraternidade combatente), a
possibilidade de entendimento com Donbas não aparece todos os dias – tal como
estes pontes”, – explica o fotógrafo.
Ver fotos:
http://www.polezhaka.com/burnt-bridges-of-donbass
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