Os agentes estrangeiros
queriam aceder à informação civil e empresarial guardada no Instituto de
Registos e Notariado. Foram apanhados pelos SIS.
por: António José
Vilela e Nuno Tiago Pinto
No final de 2013, o
Serviço de Informações de Segurança (SIS),
detetou uma tentativa de intrusão por parte de espiões russos no Instituto de
Registos e Notariado (IRN). Os agentes estrangeiros quereriam aceder à
informação civil e empresarial guardada no IRN através de um funcionário da
instituição. A secreta portuguesa montou então uma operação de
contra-espionagem que culminou com o desmantelamento da missão russa e na
expulsão de dois funcionários da embaixada de Portugal.
Esta operação do SIS
correu em paralelo com a investigação da Polícia Judiciária (PJ) à alegada rede
de corrupção montada em torno da atribuição dos chamados vistos gold. A certa
altura, as duas cruzaram-se: os inspectores da PJ apanharam uma equipa da
secreta (entre eles o próprio diretor, Horácio Pinto) a fazer um varrimento
electrónico no gabinete do presidente do IRN, António Figueiredo, o principal
suspeito do caso dos vistos gold, actualmente em prisão preventiva.
Conheça todos os
detalhes desta teia que envolve magistrados, espiões e fugas de informação na
edição desta semana da revista Sábado.
De acordo com esta
perspetiva, os dados da informação civil foram alvo de cobiça por parte
dos espiões russos com o objetivo de permitir aos seus agentes uma circulação
discreta e fácil, sobretudo no espaço da União Europeia (FONTE).
E caso possuir qualquer
outra informação relevante sobre a atividade de espionagem russa em Portugal,
não deixe de partilhar essa informação com SIS:
Espiões russos expulsos
da República Checa
A secreta checa, o Serviço
de Segurança de Informação (BIS),
detectou recentemente no país uma rede de espionagem russa. Em resultado, a
República Checa deportou três espiões russos, um dos quais era diplomata
acreditado no país, um outro era diplomata recém-chegado e um terceiro, (presumivelmente o cabecilha do grupo), o
diplomata, acreditado num país terceiro e sem ligações formais à embaixada
russa em Praga, escreve Respekt.
Sem comentários:
Enviar um comentário