No
dia 16 de abril, por volta das 13h00, no pátio do seu prédio em Kyiv foi
abatido à tiro o famoso anti-ucraniano, o ex-jornalista e ex-escritor escandaloso
Oles Buzina. O malogrado foi alvo de pelo menos dois tiros da pistola TT de
calibre 7.62 que o atingiram na cabeça e no peito.
A
polícia ucraniana informa que possui 5 testemunhas do sucedido, a viatura da
fuga foi apanhada nos objetivos da câmara CCTV do prédio. Sabe-se que os
atacantes eram pelo menos duas pessoas mascaradas, que se puseram em fuga imediatamente
após a sua ação, escreve Kyiv Press.
Sabe-se
também que o local foi varrido pela equipa de polícia de investigação criminal
e que o Presidente ucraniano, Petró Proroshenko, pediu o mais rápido
esclarecimento do caso.
No
início dos anos 1990, Buzina era um jornalista cultural de um diário de Kyiv que
se notabilizou em prosa erótica. Nos meados da mesma década foi falado por
causa das suas biografias dos famosos escritores ucranianos dos séculos XIX-XX.
Nos textos procurava explorar os elementos picantes ou perversos, reais ou imaginários, das suas vidas. Atacou a Revolução Laranja e Revolução de Dignidade
(Maydan) já à partir das posições completamente pró-russas. Tentou concorrer ao
parlamento ucraniano em 2012, não chegando ao 1% dos votos.
Abate
do chefe dos titushky
Um
dia antes, em 15 de abril, também em Kyiv, foi abatido com quatro tiros à
queima-roupa um outro ativista anti-Maydan, o ex-deputado do Partido das Regiões,
Oleg Kalashnikov. O ex-deputado foi morto no prédio onde morava, quando se preparava
para abrir o seu apartamento.
Entre
as versões do sucedido, verificadas pela polícia ucraniana estão as suas
atividades políticas, incluindo organização do anti-Maydan e titushky (jovens
marginais pagos que atacavam os manifestantes pró-democracia), questões financeiras
ou até mesmo um assalto.
Kalashnikov
ficou famoso em 2012, quando organizou o ataque dos titushky contra os
jornalistas e ativistas no decorrer do processo contra Yulia Tymoshenko. Durante
Euromaydan o malogrado organizava os comícios pró-Yanukovych e foi um dos
organizadores dos titushky e anti-Maydan no Parque Mariinsky. Em 2015, a
Procuradoria-geral da Ucrânia e SBU receberam o pedido oficial de uma deputada
do parlamento, para verificar as ações do Kalashnikov na organização dos
titushky e das ações em apoio do separatismo, escreve Glavred.info.
Como
informa o assessor do Ministro do Interior, Anton
Gerashchenko, a polícia ucraniana abriu o processo-crime sob artigo 115º do
CP da Ucrânia, “assassinato premeditado”. Polícia investigará cinco versões do
sucedido: atividade política (incluindo organização, financiamento e moderação
do anti-Maydan e dos titushky); as questões financeiras (suas dívidas, os seus empréstimos); relações pessoais; assassinato em resultado do assalto; entre outros.
“Sem
dúvida, o malogrado sabia muita coisa sobre quem e como financiava anti-Maydan
que custava ao Yanukovych e Cº alguns milhões de UAH por dia. Este segredo ele
levará consigo para a cova. Mas Kalashnikov não era único que sabia quem e como
financiava anti-Maydan. Como se diz, os manuscritos não ardem!”, escreveu Anton Gerashenko na sua página de Facebook.
O
ex-número dois do “Setor da Direita”, Borislav
Bereza, escreveu no seu FB que pela informação das fontes ligadas aos
serviços especiais da Ucrânia, Kalashnikov mostrou a vontade de colaborar com
os órgãos ucranianos competentes, denunciando os organizadores dos titushky. [...]
Provavelmente, isso assustou os ex-patrões do Kalashnikov. Como se diz “não há
corpo, não há caso”, e Kalashnikov foi eliminado fisicamente. Uma parte da
informação ele levou consigo para a cova. Uma parte ficou nos meios eletrónicos.
Anteriormente,
no dia 28 de fevereiro se suicidou o ex-deputado regional Mykhaylo Chechetov e
no dia 12 de março se suicidou o ex-governador da província de Zaporizhnia,
Oleksandr Peklushko.
Quem
é responsável?
Os
assassinatos e suicídios dos ex-regionais favorecem, em primeiro lugar, os seus
ex-camaradas do movimento anti-Maydan. Diversas pessoas que financiavam
titushky e “Berkut”, hoje querem voltar ao poder, se livrando dos comparsas e
das testemunhas dos seus crimes cometidos em 2013-14.
Na
linha direta de perguntas e respostas entre Putin e os cidadãos russos, Putin falou
sobre o assassinato do Oles Buzina cerca de 9 (Sic!) minutos após as agências
informativas informarem sobre o caso, afirmando que se tratava de um “o assassinato político”
e que “a investigação ucraniana não fazia nada”...
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