quinta-feira, abril 30, 2015

Descomunização da Ucrânia em curso

A Ucrânia continua o processo de descomunização do seu tecido social, as mudanças nos últimos 23 anos são apresentadas aqui em forma de uma infografia (FONTE).

Também queremos chamar a sua atenção para um texto de Tim Judah na The New York Review of Books, chamado “Ukraine: Inside the Deadlock”. Escrito à partir de Kyiv, é um trabalho que mistura impressões recolhidas no terreno com referências a alguns livros recentes sobre a Ucrânia. Eis um dos seus pontos centrais:
Ucrânia está na corrida contra o tempo. Se o objetivo de Putin é simplesmente desestabilizar o país, ao invés de realmente tomar mais território seu, então o povo irritado ajusta-se aos seus objetivos. O seu problema é que quanto mais a guerra se arrasta, o pior será para a economia e para o futuro da Rússia também. Será que ele vai reagir, optando, por de forma discreta, ajudar os rebeldes ainda mais ou escolhendo à retirar delicadamente Rússia do conflito? Só fanáticos que vêem Putin como uma espécie de messias ainda acreditam que ele não está alimentando (a guerra). Para os próprios rebeldes e seus partidários, a realidade é que militarmente a campanha estagnou, pelo menos por enquanto.

Ler original: “Ukraine: Inside the Deadlock”:
http://www.nybooks.com/articles/archives/2015/may/07/ukraine-inside-deadlock

Outros livros sobre Ucrânia que recomendamos (em inglês):
http://mitpress.mit.edu/books/conflict-ukraine
“Conflict in Ukraine: The Unwinding of the Post–Cold War Order” escrito por dois académicos americanos, Rajan Menon e Eugene B. Rumer (MIT Press, 2015, ISBN: 9780262029049) é um trabalho de primeira, curto e perspicaz que concentra-se na crise atual para dar aos leitores uma breve, mas útil introdução à história do país.
http://yalepress.yale.edu/book.asp?isbn=9780300211597             http://yalepress.yale.edu/book.asp?isbn=9780300154764

Olhando à situação na Ucrânia de uma forma diferente: “Ukraine Crisis: What It Means for the West” pelo academic britânico Andrew Wilson (Yale University Press, 2014, ISBN: 9780300211597), que em 2000 escreveu “The Ukrainians: Unexpected Nation”, agora na sua Terceira edição (Yale University Press, 2009, ISBN: 9780300154764), dedicado à moderna história do país até o ano 2009. No seu novo livro els também fala sobre o movimento Maydan.
http://www.amazon.com/The-Iron-Tsar-Times-Hughes/dp/1907499172            http://www.amazon.co.uk/Dreaming-City-Ukraine-Hughesovka-Stalino/dp/1847711243

Dois livros profundos sobre a história do leste da Ucrânia. No livro “The Iron Tsar: The Life and Times of John Hughes” (Author Essentials, 2010, ISBN: 9781907499173), Roderick Heather conta a estraordinária vida do empresário escocês que fundou a cidade de Donetsk em 1870, trabalhando e prosperando em carvão, ferro e aço. Outro livro sobre a cidade de Donetsk é “Dreaming a City: From Wales to Ukraine – The Story of Hughesovka / Stalino / Donetsk” é da autoria do Colin Thomas (Y Lolfa, 2009, ISBN: 9781847711243), que vem acompanhado de um DVD, da autoria do mesmo autor e dos historiadores escoceses.

3 comentários:

Jest nas Wielu disse...

Estimado, Anónimo,
a sua dica foi enviada para as autoridades competentes; será que consegue confirmar se advogado Raphael Machado, do grupo Frente de Solidariedade ... é este bom rapaz?https://www.facebook.com/R9348354

Anónimo disse...

O tal policial (há outros além destes 2) e do meu estado. Posso te assegurar que reportagem esta errada quando ele diz que tirou licença não remunerada para ir lutar na Ucrania, mas sim foi afastado da policia por crimes violentos e trafico de drogas. Isso e bem compreensivel considerando a reputação dos policias daqui. São bandidos! Pessoas com passado criminal na policia. Vou esquisar a respeito do bandido em questão.

Jest nas Wielu disse...

Anónimo,
obrigado, já vimos que o tal Machado é o nosso Machado, adorador do Dugin.
Sobre outros: o jornalista só conta aquilo que o terrorista lhe disse, sem verificar até que ponto é verdade. Se tiver mais dados sobre as criaturas, seremos muito gratos, como dizem "a país deve conhecer os seus heróis", neste caso "heróis" entre aspas.