O dia 18 de maio é mais um aniversário da deportação massificada dos tártaros
da Crimeia fora da sua terra natal, para a Sibéria, região dos Urais e Ásia Central, decisão da responsabilidade do Estaline e do poder comunista soviético.
A ação conduzida na noite de 17 à 18 de maio de 1944 pelo Ministério da Defesa Soviético e pelo NKVD resultou em deportação dos cerca de 200 mil tártaros da Crimeia, durante a deportação e nos primeiros anos do exílio, entre 20 à 46% deles acabaram por morrer em resultado da deportação...
Neste momento na Crimeia vivem mais de 260 mil
tártaros da Crimeia, outros 150 gostariam de voltar à sua terra natal. O Serviço Federal de Segurança (FSB) russo continua à não aceitar tornar
públicos os documentos relevantes sobre a deportação forçada dos tártaros da Crimeia, enquanto Cazaquistão já enviou à Ucrânia mais de 10.000 dossiers pessoais dos
deportados. SBU publica estes dossiers na sua página, entregando os
originais às famílias das vítimas do genocídio estalinista.
Além dos tártaros da Crimeia, da península, pela
decisão da cúpula soviética foram deportados arménios, búlgaros e
alemães.
Ler mais (em ucraniano):
http://www.radiosvoboda.org/
Apenas em setembro de 1967 foi publicado o Decreto do Presídio do
Conselho Supremo da URSS «Sobre os cidadãos da nacionalidade tártara que
residiam na Crimeia». Este Decreto abolia a acusação anterior de
colaboração coletiva dos tártaros da Crimeia com a Alemanha nazi, mas afirmava que
estes “se enraizaram no território do Uzbequistão e outras repúblicas da União (Soviética)”.
Ler mais sobre Musa Mamut |
Tudo isso originava novas tragédias, como a do
tártaro da Crimeia Mussa Mamut, que imolou-se vivo protestando contra a terceira
(!) deportação ilegal da sua família da aldeia Donske, nos arredores de Simferopol em 28 de junho de 1978.
No
dia 17 de maio na praça de Independência de Kyiv decorrerá a
ação memorial “Acende a vela no seu coração”, organizada pelo Centro Juvenil
dos Tártaros da Crimeia e os ativistas ucranianos anónimos.
Na embaixada da Ucrânia em Berlim será demonstrado o filme Mustafa |
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