terça-feira, maio 01, 2012

Alemães e os clichés da propaganda soviética


O canal da TV alemão, RBB, exibiu recentemente uma peça sobre Lviv, na qualidade da cidade – recetor de jogos do Euro-2012, chamada “Futebol sobre suástica”. Na peça, os jornalistas alemães descreveram Lviv como cidade onde domina a ideologia nazi e mostraram algumas imagens com as suásticas desenhadas nos murros.

O presidente do município de Lviv, Andriy Sadoviy, escreveu a carta aberta aos jornalistas europeus, onde os exortou a não usarem os “clichés propagandísticos soviéticos e diversos rótulos do passado”.

Lviv e Ucrânia Ocidental em todo o século XX foram palcos dos crimes terríveis de dois sistemas totalitários, nazi e comunista. Em consequência do terror “vermelho” e “castanho”, na cidade e na região morreram milhões de ucranianos, judeus, polacos e representantes de outras nacionalidades. A memória destas vítimas está viva, na cidade onde moram as testemunhas destes crimes.

Ao mesmo tempo, a propaganda comunista soviética, de um modo consciente e sistémico, trabalhava para descrever o movimento nacional ucraniano como “colaboradores nazis”. Embora o maior “crime” dos ucranianos da Galiza, de ponto de vista dos comunistas, foi a resistência aguerrida contra o regime soviético. Após a primeira experiência da vida sob o regime comunista em 1939-1941, os ucranianos, realmente começaram se insurgir contra a ocupação soviética, defendendo as suas cidades e aldeias contra o novo terror dos serviços secretos soviéticos. A luta do Exército Insurgente Ucraniano (UPA), primeiramente contra os nazis e depois contra o poder soviético durou entre 1943 e até o início dos anos 1950”, – conclui a sua carta o mayor Andriy Sadoviy.

Os veteranos soviéticos e do UPA juntos

O 65° aniversário da libertação da Ucrânia dos nazis foi celebrada na província de Lviv com um ato de reconciliação entre os veteranos do exército soviético e do Exército Insurgente Ucraniano (UPA). No comício junto ao monumento dos libertadores da aldeia de Syanky, os veteranos apertaram as mãos e concordaram que lutaram contra o mesmo inimigo, embora nas formações diferentes. A localidade de Syanky não foi escolhida ao acaso, foi o último pedaço do território da Ucrânia Soviética libertada dos ocupantes nazis.

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1 comentário:

Europeísta disse...

Os comunistas foram e são piores que os nacional-socialistas!