segunda-feira, março 26, 2018

EUA, EU e Ucrânia expulsam cidadãos e diplomatas russos, Trump ordena o fecho de consulado

Donald Trump na Pensilvânia, 10/03/2018 foto @Joshua Roberts/Reuters
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta segunda-feira (26 de março) a expulsão de 60 russos do país, incluindo diplomatas e funcionários do governo, e fechou o consulado russo na cidade de Seattle no estado de Washington. A ação é a resposta ao ataque com agente nervoso contra um ex-espião Sergey Skripal que aconteceu no Reino Unido e que teria sido conduzido pela Rússia.
Os EUA expulsam 48 funcionários com estatuto diplomático do consulado russo em Seattle (na foto em cima), e também mandam sair dos EUA 12 alegados espiões da missão russa na ONU, incluindo Fyodor Strzhizhovskiy, Alexander Volgarev e Vladimir Safronkov (conhecido pelo seu discurso público em 12 de abril de 2017, em que usou a linguagem chula de pequena criminalidade russa, absolutamente inaceitável no meio diplomático e mesmo entre as pessoas minimamente educadas).

O movimento dos EUA acontece após a expulsão de diplomatas russos do Reino Unido e que foi anunciada há alguns dias pela primeira-ministra britânica, Theresa May, e a cobrança por explicações do governo da Rússia pela União Europeia, escreve Exame.abril.com.br

Quatorze países da União Europeia expulsam diplomatas russos

Diplomatas da Rússia serão expulsos de 14 países da União Europeia (UE) em resposta ao episódio do envenenamento de um ex-espião russo e de sua filha em Salisbury, no Reino Unido, anunciou nesta segunda-feira (26 de março) o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

“Hoje, 14 Estados-membros decidiram expulsar diplomatas russos como consequência direta das discussões do Conselho na semana passada sobre o ataque em Salisbury. Não estão excluídas medidas adicionais, entre elas mais expulsões, nos próximos dias e semanas”, escreveu Tusk no Twitter.

O presidente do Conselho Europeu lembrou que, na última quinta-feira, os líderes da UE, reunidos em uma cúpula, expressaram apoio ao Reino Unido, ao assinalarem que é “altamente provável” que a Rússia seja responsável pelo ataque e que “não há outra explicação plausível” para o mesmo, e decidiram chamar para consultas o embaixador do bloco em Moscou.

“Seguimos sendo críticos com as ações do governo russo”, disse hoje Tusk em entrevista à imprensa, antes do início de uma reunião em Varna, na Bulgária, entre a cúpula da UE e o presidente turco Recep Tayyip Erdogan.

O presidente da UE não revelou os países concretos que decidiram expulsar diplomatas russos, mas, nas últimas horas, alguns Estados-membros anunciaram essas medidas.

O ministério das Relações Exteriores da França afirmou que expulsará quatro diplomatas russos, enquanto a Itália anunciou a expulsão de dois, segundo anunciou o ministério italiano em comunicado.

Além disso, o primeiro-ministro dinamarquês, o liberal Lars Loekke Rasmussen, indicou que seu país deve expulsar dois diplomatas russos em resposta ao ataque em Salisbury (exame.abril.com.br)

Ucrânia, Estónia, Letónia, Lituânia, Croácia e Albânia expulsam diplomatas russos
No total: 21 país; 135 diplomatas (mais 2 expilsou Albânia fora dessa imagem)
Ucrânia anunciou a expulsão de 13 diplomatas russos, praticamente a metade de todos os diplomatas expulsos por diversos países da União Europeia. 

Petró Poroshenko: em resposta à um ataque químico cínico em Salisbury (Reino Unido), Ucrânia, num espírito de solidariedade com nossos parceiros britânicos e aliados transatlânticos, e em coordenação com os países da UE, decidiu expulsar 13 diplomatas russos dos poucos remanescentes. Como é sabido, as nossas relações diplomáticas com a Federação Russa estão de facto congeladas.

Albânia, não sendo membro da UE, decidiu expilsar dois diplomatas russos. Estónia, Letónia e Lituânia anunciaram nesta segunda-feira a expulsão de vários diplomatas russos em resposta ao envenenamento no Reino Unido do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha, que foram hospitalizados no dia 4 de março após serem expostos a um agente químico.

Em uma coletiva de imprensa, o ministro das Relações Exteriores da Estónia, Sven Mikser, anunciou que o embaixador da Rússia em seu país foi informado que o adido militar russo alocado nessa embaixada tem uma semana para deixar o país.

“As suas ações não estão em consonância com o estipulado na Convenção de Viena sobre relações diplomáticas”, argumentou o ministro, citado pela emissora de radiotelevisão estoniana, em alusão a atividades de espionagem.


O ministro das Relações Exteriores da Letónia, Edgars Rinkevics, informou através do Twitter que, “em solidariedade com o Reino União após o ataque de Salisbury e a violação da Convenção de Viena, a Letónia se une a muitos países da União Europeia” com a expulsão de um diplomata russo e a inclusão de um cidadão russo em uma lista negra. O Ministério de Relações Exteriores da Lituânia, por sua vez, informou sobre a expulsão de três diplomatas russos, segundo o site de notícias “Delfi”, citado pela agência exame.abril.com.br.

1 comentário:

francisco júnior disse...

Russos sempre polémicos .