quarta-feira, maio 24, 2017

As perdas militares russas na Síria em maio de 2017

Aos poucos surge a informação dispersa de novas perdas militares russas na Síria, infligidos em maio de 2017. Para já, estas mortes não foram oficialmente confirmadas pelo Ministério da Defesa russo.

No início de maio de 2017 o grupo de oposição síria Jaysh al-Nasr avançou a informação da morte do oficial russo na cidade de Khalfaia, em resultado dos bombardeamentos dos mísseis “Grad”. Agora a morte foi confirmada, oficial russo é capitão Ievgeni Konstantinov (32), comandante do batalhão de assalto das FA russas.

Sabe-se que capitão nasceu numa família dos militares e cresceu na cidade de Birobidjão, a capital da Região Autónoma Judaica da federação russa. Desde março de 2017 Konstantinov desempenhava na Síria as funções do assessor ao comando do exército sírio, também treinando os militares locais. Se reconhece que oficial participava pessoalmente na “planificação e condução das operações de liquidação das formações terroristas”.

A versão oficial informa que num dos combates capitão foi atingido por 6 tiros de armas ligeiras. Sabe-se que ele foi sepultado com as honras militares e de forma oficial no dia 7 de maio na região russa de Novosibirsk, onde moram os seus pais, escreve a publicação regional russa Gorod na Bire.

Juntamente com Konstantinov e aparentemente no mesmo combate morreu o major Alexander Skladan (37), assessor militar e chefe do batalhão dos batedores do exército russo. A imprensa russa noticia que os dois foram deixados para trás pelo exército sírio em fuga. A morte de ambos foi confirmada, aos familiares, pelo Ministério russo da Defesa, os jornalistas russos tiveram o acesso aos certificados simplificados da sua morte.

O chefe da seção regional da organização dos veteranos “Irmandade de combate” da região judaica Sergey Minko contou à página russa RBC os pormenores da morte dos militares: “Os militares sírios deixaram de protege-los com o fogo e recuaram. Konstantinov e o chefe de batedores ferido, ficaram tête-à-tête com os terroristas. Quando o exército [do regime] recuperou a posição os militares russos foram achados com os ferimentos múltiplos”.
  
No dia 3 de maio a administração estatal da cidade russa de Bratsk informou publicamente sobre a morte do militar sob o contrato com o ministério da Defesa russo, Bogdan Derevitski de 23 anos e o 33º militar russo cuja morte foi confirmada oficialmente.

O militar foi sepultado de forma oficial na sua cidade natal na presença dos responsáveis municipais e militares da região de Khabarovsk. Há pouca informação sobre Derevitski, sabe-se que em 2012 ele cumpriu SMO nas FA russas, assinando, de seguida o contrato de assessor militar na Síria. A causa da sua morte é desconhecida.

Anteriormente, a imprensa russa também publicou a informação sobre a morte do tenente-coronel Alexey Buchelnikov (1976), abatido na Síria pelo franco-atirador. Oficialmente Buchelnikov era assessor militar afeto à uma unidade da artilharia, ele foi sepultado no passado dia 2 de maio, escreve a página ucraniana Dialog.ua

A página libanesa Al-Masdar informa da alegada colocação no sul da Síria dos militares russos, pertencentes à 31ª Divisão especial aerotransportada de assalto das Forças Armadas russas. Dado que Al-Masdar nem sempre acerta nas suas previsões, é preciso esperar pela confirmação independente deste alegado movimento. A para terminar, o famoso blogueiro militarista russo el-murid, escreve que nos últimos 2,5 meses cerca de 150 militares feridos russos passaram pelos diversos hospitais da cidade síria de Hama.

É de salientar que, à primeira análise OSINT, nenhum dos militares mortes em maio teve a passagem pela Donbas e nem participou na agressão militar russa contra Ucrânia. 

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