Aclamado pelas feministas como um dos mais importantes contributos, na última década, para os estudos sobre mulheres, este relato em primeira pessoa, muitíssimo bem escrito, descreve as lutas diárias das mulheres sob o regime comunista na ex – Jugoslávia.
Crítica de imprensa
“Se fosse simplesmente o primeiro relato feminista sobre a vida das mulheres na Europa de Leste, Como Sobrevivemos ao Comunismo seria de leitura obrigatória em qualquer curso de estudos sobre a mulher. Mas a beleza e a precisão da escrita de Drakulic dão-nos um livro que é muito mais do que isso, permitindo-nos entrar na vida destas mulheres, bem como nas suas cozinhas, por onde flutua o cheiro da sopa. E sentimos na pele o medo da autora perante a chegada da guerra. Jamais devemos subestimar este tipo particular de conhecimento e a nossa necessidade de compreender a ambiguidade, a hesitação e o conflito que se encontram na raiz de toda a teoria.” Women's Review of Books
“A maior virtude de Como Sobrevivemos ao Comunismo reside talvez na capacidade da autora de combinar a análise provocadora com a textura da vida quotidiana: o fascínio de uma criança perante uma luxuosa boneca estrangeira; o assombro e a inveja de um europeu do Leste perante o sistema telefónico americano e a sua consternação face aos inúmeros sinais de pobreza em Nova Iorque […] Um livro profundo e de fina qualidade literária.” New York Times Book Review
Duas equipas ucranianas:FC Karpaty(Lviv) eFC Metallist(Kharkiv) vão jogar na fase de grupos na Liga Europa 2010.
Metallist jogava com AC Omonia de Chipre e sofreu dois golos em 5 minutos. Agora para passar à próxima fase teria que marcar dois golos. E conseguiu fazer isso; no total, as duas equipas marcaram 4 golos em 12 minutos de jogo.
Agora Metallist jogará contra PSV (Eindhoven), Sampdoria (Génova) e Debrecen (Hungria).
Mas o jogo em Lviv era muito mais dramático, FC Karpaty recebiam Galatasaray da Turquia, empatando 2:2 fora, poderiam contentar-se com o empate. No minuto 71, Karpaty perdem o jogador por vermelho directo, mesmo assim conseguem manter 0:0 até o minuto 90, quando a maioria dos adeptos já contava com o seu clube na Liga Europa…
Mas no minuto 91 os turcos marcam o golo e festejam a sua passagem para a Liga, não por muito tempo, pois Karpaty marcam no minuto 93 e passam na competição. Como se diz nestas situações, o jogo foi bem impróprio para os cardíacos.
Após o sorteio da liga Europa, FC Karpaty já conhece os seus adversários: PSG (França); Burussia (Dortmund) e Sevilha (Espanha).
Hoje gostaria de compartilhar convosco as belas fotos da Ucrânia rural dos anos 1960, tirados pelo médico veterinário ucraniano, Viktor Kovalyushko (1938 – 2000).
Apaixonado pela Ucrânia, Viktor Kovalyushko, era médico veterinário que durante cerca de 30 anos liderou o Departamento de luta contra a leucemia do Laboratório Central Estatal de Medicina Veterinária. Um dos maiores especialistas da ex-URSS em leucemia de gado bovino, Viktor Kovalyushko foi o autor de trabalhos científicos sobre a leucemia e outras doenças de animais domésticos, um dos pioneiros na implantação do sistema de prevenção e combate contra a leucemia bovina nas cooperativas agrícolas ucranianas. .
Desde sempre foi um amante da fotografia. As fotografias aqui apresentadas foram tiradas durante o estágio profissional nos últimos anos dos seus estudos na Academia Agrícola da Ucrânia (onde foi graduado em 1963) e durante as missões de serviço nos anos iniciais de seu trabalho profissional.
Verifico constantemente que o mito sobre a bonança económica na URSS ainda persiste nas cabeças dos muitos ocidentais em geral e dos europeus em particular. Hoje não vou maçar ninguém com a comparação de preços de alimentação / produtos duradouros (pois um ser humano não vive só de medicina gratuita). Mas as fotografias falam por si, ainda quarenta anos atrás a agricultura na Ucrânia soviética dependia de cavalo, apenas 20 anos atrás nas zonas rurais era difícil comprar um simples pão, as sardinhas enlatadas mais eram vistas como um luxo, todo tipo de charcutaria era possível comprar apenas nas cidades. .
Para comemorar o Dia da Independência da Ucrânia (24 de Agosto), os moradores da cidade deTernopilcriaram a maior bandeira da Ucrânia, com o cumprimento de 9,5 quilómetros (!).
Uma iniciativa da Administração Estatal de Ternopil, segundo os organizadores, o evento atraiu a atenção do público e, acima de tudo – juventude, para honrar os símbolos nacionais da Ucrânia, para unificar em torno de uma causa comum a juventude ucraniana, que em breve irão determinar o futuro do país.
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A exibição da bandeira gigante foi registada pelo representante oficial do Livro de Recordes da Ucrânia, Olexander Burmitskiy. Ele confirmou oficialmente que no dia 22 de Agosto em Ternopil foi exibida a maior bandeira da Ucrânia e um certificado de registo foi entregue ao chefe da Administração Estatal de Ternopil, Mykhaylo Tsymbalyuk. .
Após a exibição, a bandeira ucraniana foi dividida em quase 7000 bandeiras menores, para serem distribuídas entre as instituições de ensino, saúde, bibliotecas, instituições culturais, autoridades e governos locais.Parte da bandeira foi também entregue no Museu histórico regional.
No dia 22 de Agosto às 19h00 na praça de Independência de Kyiv foi organizado o flash – mob, convocado através das redes sociais e dedicado à Independência da Ucrânia. Às dezanove horas em ponto, todos os participantes olharam para os espelhos e disseram em uníssono:
– Ucrânia sou eu! Dez segundos mais tarde apontaram os espelhos para a pessoa mais próxima e disseram: – Ucrânia és tu! E finalmente, após outros dez segundos apontaram os espelhos para o céu e disseram: – Ucrânia somos nos! Parabéns a Ucrânia!
Gostaria de apresentar um filme fora do habitual circuito comercial, chamado “Kirot” (The Assassin Next Door), com a actriz e modelo ucranianaOlga Kurylenkono papel principal.
“Kirot” é um filme israelita que retracta a vida quotidiana de duas mulheres que vivem em um prédio antigo no lado errado das trilhas. Ucraniana Galia (Olga Kurylenko) é uma assassina envolvida contra sua vontade com a máfia local que se dedica ao tráfico humano. Tudo o que ela quer é se reunir com sua filha que ela deixou na Ucrânia. Elinor (Ninet Tayeb) é uma pacata caixa do super-mercado, maltratada pelo seu marido. Ela sonha em ganhar na lotaria para poder fugir do marido abusivo. Galia e Elinor não se conhecem, mas sendo vizinhas, compartilham duas coisas: uma parede adjacente e uma forte necessidade de planear a fuga. Após Galia incumprir o seu último contrato e Elinor descobrir que está grávida, as duas mulheres decidem tomar medidas contra os seus opressores na luta pela sobrevivência e liberdade. .
Realizador: Danny Lerner Estúdio: Bleiberg Entertainment (Israel) Classificação: R (Violência, Linguagem) Duração: 102 minutos .
O nosso grande amigo, realizador ucraniano – brasileiro Guto Pasko (director do filme documentalMade in Ucrânia), neste momento está envolvido no novo projecto chamado: Ivan, de Volta para o Passado.
O filme documental retrata a vida do ucraniano Iván Boiko, levado em 1942 pelos nazistas da sua aldeia natal no município de Berezhany (província de Ternopil), para os trabalhos forçados na Alemanha. E a sua emigração posterior no Brasil, onde Sr. Ivan se dedicou à produção de banduras, um instrumento musical ucraniano bastante original.Para poderem seguir a viagem da equipa do Guto Pasko pela Ucrânia, poderão aceder ao blogue Guto Pasko, onde além das histórias, também poderão ver as fotos da produção, acompanhar passo a passo o reencontro memorável de um ucraniano com a sua terra.
No dia 19 de agosto de 1991, em Moscovo ocorreu a tentativa de golpe do Estado comunista. Os acontecimentos daqueles dias vistos pelo jovem estudante ucraniano, que fazia os seus primeiros passos no jornalismo.
Era uma 2ª feira e eu, o estudante e jornalista – aprendiz, por razão que já não consigo recordar foi visitar a secção de registo de domicílio na fábrica onde trabalhava o meu pai.
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Naquela época, todo o cidadão soviético deveria viver registado em algum domicílio, ato comprovado pelo carimbo que o mesmo cidadão recebia no seu passaporte interno (o Cartão do Cidadão/Cartão/Bilhete de Identidade soviético, um livrinho A5 de papel com várias páginas, onde as autoridades controladores registavam o seu estado civil, registo domiciliar e até o grupo de sangue, embora este último apenas ao pedido do seu portador).
E lá, na secção do registo, ouvi na rádio a notícia, que já tinha ouvido de alguém, naquela mesma manha, mas em cuja veracidade não queria acreditar. Mikhail Gorbachev (o presidente auto-proclamado da URSS, pois não foi votado em escrutínio popular), retirou-se para a Crimeia por questões da saúde (qualquer cidadão soviético percebia que homem foi detido) e todo o poder na URSS passava para as mãos da junta político – militar, que tinha um nome complexo de pronunciar: Comité Estatal de Situação de Emergência, ou GKChP.
O meu primeiro pensamento foi algo do gênero: “Meu Deus, a minha vida acabou, a Perestroica acabou, o meu país (ainda sentia a URSS como o seu) irá viver uma terrível ditadura comunista”. Agora, olhando para trás, entendo claramente que o poder soviético (acredito que foi com o total aval de Gorbachev), preparava a opinião pública para a necessidade de “aperto de parafusos”. Desde o Referendo Soviético de 1991 a imprensa soviética estatal assustava quase diariamente os “pequenos – burgueses” soviéticos com as informações sobre o “crescimento do nacionalismo” nos Estados Bálticos, Geórgia, Moldova e Ucrânia. A TV central mostrava as imagens de alimentos racionalizados (açúcar, sabão, cigarros), mas também de ovos, frangos, carne, “achados” nas lixeiras municipais. Dava-se entender que a URSS estava à beira de colapso e que apenas boa velha ordem conseguirá nós salvar “deles”, quem eram “eles” não se dizia, mas no entender da propaganda pró – soviética não era a gente boa.
Deixei tudo por trás e imediatamente foi para a praça central de Kyiv (o atual Maydan, a Praça de Independência), que ainda tinha o nome de, Revolução de Outubro e era vigiada pela enorme estátua de Lenine de granito, cercado pelo marinheiro, soldado – camponês e uma operária de bronze, de cima de uma colina subjacente.
A praça era conhecida na época de 1987-1991 como Hyde Park de Kyiv, servia de espaço de liberdade onde eram vendidos revistas e jornais independentes: liberais ou democratas moscovitas, imprensa democrata ou nacionalista ucraniana de Kyiv, Kharkiv ou Lviv.
Naquele dia na praça eram distribuídas os panfletos vindos da Rússia, assinados pelas pessoas próximas do Bóris Yeltsin, que exortavam os cidadãos a não aceitarem a autoridade da junta militar. No mesmo dia, mas a tarde, apareceram os primeiros panfletos ucranianos, da autoria da plataforma política nacionalista Assembleia Inter-Partidária Ucraniana (UMA) e do Movimento Popular da Ucrânia (Rukh). O Governo comunista da Ucrânia Soviética manifesta-se bastante tardiamente no sentido do que os decretos da junta não tem a força jurídica na Ucrânia, pedindo os cidadãos para “não agravar a situação social e política da República, evitar o confronto e conflitos”. Discursando na tarde do dia 19, o chefe do parlamento, comunista e futuro 1º Presidente da Ucrânia independente, Leonid Kravchuk exortava a população ucraniana manter a “paz e tranquilidade”, para não dar motivos de instalar na República o estado de emergência.
Naquele mesma tarde do dia 19 escrevi uma pequena reportagem sobre os acontecimentos na praça, mas o pessoal do jornal onde habitualmente publicava as minhas primeiras notícias disse que sou um jovem bom e corajoso, mas nada disso poderia ser publicado por causa da censura política restabelecida pela junta militar.
Assim dirigi-me para casa, chegando exatamente para assistir ao meio a famosa entrevista em direto com a liderança da junta, mais tarde apelidada de Bando dos Oito. O chefe nominal da junta, o vice – presidente soviético Gennady Yanayev tinha mãos tremidas, por vezes respondia as perguntas dos jornalistas balbuciando frases sem nenhum nexo. Todos os outros membros da junta pareciam muito nervosos, o que obviamente foi lhes fatal, os telespectadores percebiam que algo não batia certo:
Cerca de 100.000 moscovitas saíram às ruas para defender o edifício do Governo russo; a “Casa Branca” foi cercada pelas barricadas improvisadas, as pessoas usavam para isso todo o tipo de material de construção que conseguiam achar, incluindo vários carros eléctricos e viaturas de limpeza municipal.
Boris Yeltsin se dirige à multidão em Moscovo, já após a vitória, 22 de agosto de 1991
A Centena Ucraniana bem organizada, empenhando as bandeiras da Ucrânia participou na defesa da Casa Branca, assegurando a defesa da parte sudoeste do edifício. Entre as três pessoas que morreram no dia 21 de Agosto, quando a Divisão Motorizada da Infantaria Tamanskaya começou o ataque contra a Casa Branca, foi ucraniano Ilya Krichevskiy (foto no meio), sepultado mais tarde envolto na bandeira ucraniana.
Monumento em Moscovo em memória dos três jovens
Ele e mais dois companheiros mortos durante o golpe de Estado receberam a título póstumo os títulos dos Heróis da União Soviética (últimos cidadãos condecorados com este título soviético).
O que aconteceu depois é do domínio público: uma parte do exército passou para o lado do governo federativo russo, os líderes da junta foram presos, um deles suicidou-se conjuntamente com a esposa. No dia 24 de agosto Ucrânia proclamou a sua Independência, seguida pela Moldova (27 de agosto), no dia 6 de setembro a URSS reconheceu as independências da Letônia, Lituânia e Estônia. A desintegração da URSS era apenas a questão de dias.
Outra vez, olhando para trás, acho que o maior erro e a tragédia da jovem – democracia russa, foi a incapacidade dos seus líderes de revogar para sempre o chauvinismo imperial russo. A tentativa de usar o nacionalismo russo para amedrontar e controlar os Estados vizinhos foi mais forte do que a luta e o sofrimento conjunto, que os dois povos sentiram durante 74 anos da ditadura bolchevique, que terminou exatamente em agosto de 1991.
No dia 24 de agosto de 1991 estive com milhares de outros ucranianos no “cerco” pacífico do edifício da Rada Suprema (Parlamento ucraniano), tendo a vontade firme permanecer lá até que a Independência seja proclamada. Mas é uma outra história.
Arrancou no dia 16 de Agosto o novo curso de Língua Ucraniana, dado em Paraná pela primeira vez em 1985, contribuindo desde ai para a manutenção do idioma e para a divulgação da cultura ucraniana no Brasil.
Curso de Língua Ucraniana
Centro de Línguas da Universidade Federal do Paraná
Ofertas para o Segundo Semestre de 2010
Turmas de 60 Horas – início em 16 de Agosoto
Língua Ucraniana 2 - 2as/4as – 18:30/20:20 / Paulina Tchaika Milus Língua Ucraniana 4 - 3as/5as – 18:30/20:20 / Paulina Tchaika Milus Língua Ucraniana 5 - 2as/4as – 18:30/20:20 / Olga Nadia Kalko Língua Ucraniana 7 - 3as/5as – 18:30/20:20 / Olga Nadia Kalko
O realizador ucraniano – brasileiro Guto Pasko(Made in Ucrânia) está engajado no novo projecto: o filme documentário sobre a vida do imigrante ucraniano Iván Bojko, levado em 1942 pelos nazistas da sua aldeia natal no município de Berezhany (província deTernopil) para os trabalhos forçados na Alemanha.
A diversidade étnica é uma das marcas do Paraná, que abriga colónias e comunidades de diversas culturas, entre elas estão os ucranianos. A imigração ucraniana no Brasil começou no final do século XIX e teve três grandes levas até 1952. Calcula-se que o grupo étnico ucraniano e seus descendentes no Brasil somam cerca de 400 mil pessoas, das quais 81% vivem no Paraná. Deste total, se estima que cerca de 100 mil se encontram na cidade de Curitiba, entre elas Iván Bojko.
Iván Bojko veio ao Brasil em 1948; como refugiado de 2ª guerra mundial e nunca mais voltou para a Ucrânia. Em 2010, ou seja, 78 anos depois, ele irá fazer uma viagem de volta ao passado, em retorno à sua terra natal. O filme tem patrocínio da PETROBRÁS Petróleo Brasileiro S.A., através do Programa Petrobrás Cultural.
Em 1942 Iván Boiko foi arrancado da Ucrânia e levado pelos nazistas para os trabalhos forçados na Alemanha, onde permaneceu até 1945. Com o fim da 2ª guerra mundial ele não quis regressar à Ucrânia porque os soviéticos dominaram o país, acusando de inimigos de povo e traidores todos os cidadãos da então União Soviética que estiveram trabalhando na Alemanha, mesmo que em circunstancias como as vividas por Iván Boiko. Se ele retornasse seria morto ou então se tivesse sorte, seria preso e enviado para os GULAGes da Sibéria.
Para Iván Boiko sobrou à alternativa de buscar refugio em outro País e ele escolheu o Brasil, mais especificamente, a cidade de Curitiba.
No Brasil Iván Boiko dedicou-se à fabricação e propagação de bandura – instrumento musical nacional dos ucranianos. Para Ivan Bojko fabricar a bandura significou se sentir mais próximo do seu país de origem, o qual foi obrigado a abandonar.
O maior sonho de Iván Boiko, qual ele está prestes a realizar, é viajar para a Ucrânia para reencontrar a única pessoa ainda viva da sua família: uma irmã que está com mais de 80 anos de idade e mora actualmente na região de Odessa, sul da Ucrânia. Desde que saiu de sua terra natal, levado pelos alemães, eles nunca mais se viram.
Aproxima-se o dia da Independência da Ucrânia e para comemorar este dia especial, várias comunidades residentes no país cantam o Hino da Ucrânia em sua língua natal.
Nestes vídeos podem ver e avaliar o esforço de cada uma das comunidades, ao meu ver, os melhores sem dúvida são os georgianos. A não esquecer que Ucrânia é a segunda pátria para a comunidade georgiana estimada em cerca de 34 mil pessoas.
Volodymyr e Cristina são o jovem – casal ucraniano que mora em Lviv, mas costuma passar o seu tempo livre na região montanhesa dos Cárpatos. No dia em que os dois pousaram para o fotógrafo Maksym Balandyukh (blogueiro Zirvygolova), os seus pais comemoravam mais um aniversário do casamento.
No dia 8 de agosto de 2008 o exército russo atacou a Geórgia, em resultado o país perdeu cerca de 20% do seu território, passando pela limpeza étnica da população georgiana da Ossétia do Sul.Os cidadãos russos também saquearam, queimaram e destruíram todas as aldeias georgianas da Ossétia do Sul, escreve o mais famosos blogueiro georgiano – cyxymu.
Muitos contam o início da guerra à partir de bombardeamento de Tskhinvali pela artilharia da Geórgia, mas o lançamento de mísseis Grad (classificação da NATO M1964) era apenas uma resposta ao bombardeamento de aldeias georgianas, após a decisão de expulsar de lá as forças de paz georgianas, pois através dessas aldeias as colunas militares russas deveriam marchar até Tskhinvali. Além disso, existe uma série de testemunhos que os mísseis Grad russos mais que uma vez bombardeavam Tskhinvali. Bem, como é do domínio público o facto do que a grande parte da população da Ossétia do Sul ainda nas vésperas foi evacuada para a Ossétia do Norte.
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Mas a guerra russo – georgiana efectiva começou na manha de dia 8 de Agosto de 2008, quando os soldados russos do “contingente da paz”, que se mantiveram neutros durante toda a noite, como havia sido negociado com o seu comandante, general Kulakhmetov, abriram fogo contra os militares georgianos. O tanque georgiano abatido pelos russos tornou-se a primeira vítima da guerra russo – georgiana. Em resposta, o fogo georgiano matou o atirador russo e começou a guerra.
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Por que tropas russas abriram fogo? Porque a noite inteira no território da Geórgia entravam as colunas dos blindados russos e não havia nenhuma razão para a sua presença. Por isso o contingente russo da paz foi forçado (pelos seus superiores) de abrir o fogo contra as posições georgianas, sabendo que Geórgia não perdoará a provocação. Então, finalmente tiveram uma razão, 16 soldados russos morreram, embora aos invasores russos que entravam no território da Ossétia do Sul, mesmo antes da morte destes soldados, diziam que morreram não menos que uma centena de soldados russos. Mais tarde apareceu a mentira sobre os 2000 ossetas assassinados (na realidade, durante todo o conflito morreram 164 ossetas, cerca de 90% pertenciam às forças paramilitares dos separatistas).
De qualquer maneira, a guerra começou. O que aconteceu depois – todos bem sabem. Bombardeamentos de cidades e aldeias da Geórgia. Centenas de civis georgianos mortos. Dezenas de milhares de refugiados georgianos. A assinatura do cessar-fogo, violado logo no dia seguinte pela Rússia, que continuava a ocupação de territórios georgianos. Após a assinatura deste tratado mais de 100.000 civis georgianos se tornaram refugiados fora da Ossétia do Sul, casas de muitos milhares de pessoas foram saqueadas e destruídas pelos cidadãos russos. E o cúmulo dessa ocupação foi o reconhecimento da independência da Ossétia do Sul e da Abecásia pela Rússia. Estas regiões tornaram-se os buracos negros para o orçamento de estado da Rússia, que envia milhares de milhões de rublos, que acabam nos bolsos de funcionários moscovitas e do regime de Kokoity.
Os milhares de refugiados da Geórgia (tanto georgianos como ossetas), vivem em suas novas casas perto da Ossétia do Sul. As suas próprias casas foram arrasadas e destruídas por aqueles, que escrevem nas paredes em Tskhinvali: “Obrigado Rússia”.
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Também digo “Obrigado Rússia”. Pois agora vejo muito claramente quem é o nosso inimigo. Eu vi isso ainda em 1992-93 na Abecásia onde os seus aviões bombardearam nossa casa, mas eu também vi os russos, que ajudavam aos nossos refugiados a saírem de Sukhumi pelo mar. Agora, o nosso inimigo revelou-se muito bem e a maioria absoluta dos georgianos não têm dúvida de que o imperialismo russo é o inimigo principal da soberania georgiana.
Este vídeo contém os nomes de 170 soldados e oficiais das Forças Armadas da Geórgia que tombaram em Agosto de 2008 defendendo a Pátria durante a invasão russa: http://www.youtube.com/watch?v=U9kgEMGQ4Gc
Dois grupos folclóricos ucraniano – canadianosVohon(Fogo) e Viter(Vento), estarão em digressão pela Argentina e várias cidades do Brasil. A informação foi avançada em primeira-mão no fórum de AJUB e no Pessanka Blog.
Para ver detalhes de compra de bilhetes e horários de concertos clique na imagem no cartaz promocional ou visite o blogue do nosso grande amigo Bogdan Sombra-Ucraniana.
Paraná vai organizar comissão para apoiar festa de 120 anos da imigração ucraniana.
O governador do estado brasileiro do Paraná, Orlando Pessuti determinou que se forme uma comissão permanente para apoiar as festividades dos 120 anos da imigração ucraniana ao Brasil, a ser comemorada em 2011. A comunidade planeia começar a programação em Setembro deste ano, com apresentações folclóricas, exposições e festas em diversas cidades paranaenses.
De acordo com presidente da Representação Central Ucraniano – Brasileira, Vitório Soriotiuk, a data será lembrada em todo o Brasil e na Ucrânia também, mas o Paraná deverá ser destaque. “O Estado abriga 80% dos imigrantes no Brasil, cerca de 400 mil pessoas. Será feito em Curitiba um festival folclórico com 24 grupos brasileiros, um congresso de jovens e o círio dos bispos, em 2010. Em Prudentópolis será realizado também neste ano um festival de cultura e em Cascavel outro, em 2011”.
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Pessuti lembrou da sua amizade de muitos anos com descendentes de ucranianos, que tinham forte presença em Ivaiporã e Curitiba, cidades onde o governador morou. “Como governador, sou grato por tudo que tem sido feito no Estado pelos ucranianos. Hoje estabelecemos uma parceria e uma aliança forte, com vistas às comemorações dos 120 anos desta imigração”. .
A secretária da Cultura, Vera Mussi, o secretário-chefe da Casa Civil, Nei Caldas, e o secretário da Agricultura, Ericson Chandoha, que é descendente de ucranianos, foram chamados a compor o grupo, que deverá ser integrado ainda por representantes da comunidade e a primeira-dama, Regina Pessuti. .
Além disso, segundo Vitório Sorotiuk, está sendo organizada uma exposição do pintor paranaense Miguel Bakun, na Ucrânia. Para a cônsul da Ucrânia no Paraná, Larysa Myronenko, a história da imigração ucraniana precisa ser melhor conhecida no país de origem, já que até 1991 a Ucrânia fazia parte da ex-URSS e foi fechada ao Brasil.
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“Nossa diáspora é de 20 milhões de pessoas, e o Brasil foi o terceiro maior destino, atrás dos Estados Unidos e Canadá. Aqui no Paraná ocorre um fenómeno raro, que é estudado por especialistas: a quarta geração de imigrantes ainda mantém a língua de origem. Isso ocorre em poucos países e etnias no mundo”, explicou Cônsul Myronenko.
Obrigado ao:
Ukrainian Diaspora Studies Initiative Kule Ukrainian Canadian Studies Centre Canadian Institute of Ukrainian Studies 4-30 Pembina Hall University of Alberta Edmonton, Alberta, CANADA T6G 2H8 Email: scipko arroba ualberta ponto ca
Menos de 20 quilómetros do caos neurótico que define a capital argentina de Buenos Aires, uma calma e tranquilidade dominam a bela área do cemitério ucraniano. Duas irmãs, nos seus 60 anos, Eugenia Pavlyshyn e Marusia Lytwyn, deixam flores no túmulo de seus pais. Enquanto passeiam sobre as lápides que marcam os lugares de descanso final dos membros da família e amigos, a Sra. Pavlyshyn rompe o silêncio, observando, “este será um bom lugar para descansar!”. .
Estes dias, a Sra. Lytwyn explica, parcelas do enterro, em Buenos Aires valem uma fortuna, os administradores do cemitério são conhecidos por exumar os restos dos mortos alguns anos após o enterro para dar lugar a novos clientes. .
“É por isso que temos o nosso próprio cemitério”, acrescenta ela, “nós gostamos de pensar que quando chegamos aqui, ele será para sempre. Nós não queremos ser escavadas outra vez.” .
Apesar do intenso calor do Verão, as mulheres permanecem no cemitério que é partilhado pela Igreja Grego – Católica Ucraniana e comunidades ortodoxas, fazendo uma pausa no memorial dedicado às vítimas do Holodomor, a grande fome ucraniana de 1932-1933. É um momento triste para as irmãs. Seus pais fugiram para a Argentina para escapar da fome, que historiadores acreditam Stalin criou para frustrar as aspirações nacionalistas dos ucranianos. Embora os números exactos são contestadas, acredita-se que até 10 milhões de pessoas morreram de fome.
Obrigado ao: Ukrainian Diaspora Studies Initiative Kule Ukrainian Canadian Studies Centre Canadian Institute of Ukrainian Studies 4-30 Pembina Hall University of Alberta Edmonton, Alberta, CANADA T6G 2H8 E-mail: scipko arroba ualberta ponto ca
Como conta o próprio jornalista & blogueiro, os três agentes à paisana, portadores de estatura física atlética, o visitaram no Clube de cinema. Um dos agentes apresentou a identificação do funcionário da secreta e perguntou se o jornalista poderia se deslocar à SBU para falar sobre “a escrita do seu blogue”, que deixou “um marco ruim na alma”. Os agentes recusaram-se a dizer quem concretamente sentiu a alma lesada, assim como não disseram que parte da escrita do blogueiro desagradou SBU. Por fim, agentes perguntaram se o jornalista poderia visitar as instalações da secreta “informalmente”, sem receber nenhuma convocatória oficial. Quando o jornalista recusou, os agentes apontaram o seu endereço e o número do telefone e prometeram trazer a convocatória logo na manha seguinte.
1. Que “horrores” escreve Oleh Shynkarenko no seu blogue? Critica o poder, denuncia o expansionismo religioso russo, fala sobre cinema, enfim, nada de mais, mesmo para os padrões de um país pós – totalitário, como é Ucrânia. Por este andar, amanha no seu lugar poderá estar qualquer jornalista & blogueiro ucraniano, que tiver a “ousadia” de pensar, reflectir ou denunciar os desmandos do poder.
2. Pelos vistos, a Ucrânia avança intensamente na direcção de maior totalitarismo e a sua secreta não consegue defender nem as normas democráticas, nem os valores europeus. O que é muito triste, pois o país progrediu imensamente neste aspecto após a Revolução Laranja.
3. No dia seguinte o blogueiro foi ao SBU, onde foi “aconselhado”, a prometer por escrito que “não irá criticar o poder de forma aguda no seu blogue”. Além disso, do seu blogue desapareceu o vídeo que mostra o arranjo floral atacar presidente Yanukovich. O blogueiro garante que não removeu o vídeo, como tal, existe a possibilidade do que o seu blogue foi violado por terceiros, que removeram o vídeo sem o aval do blogueiro.
4. Facto interessante, os funcionários da secreta ucraniana quase que não usam a língua ucraniana em diligências oficiais. Os agentes, ainda de vez em quanto diziam algo em ucraniano, já os investigadores – nem única palavra.