Inquérito revela que MH17 foi abatido por míssil russo

Investigadores internacionais concluíram que o avião da Malaysian Airlines, com o código de voo MH17, foi abatido por um míssil “BUK”, de fabrico russo, disparado do território controlado pelos rebeldes pró-russos no leste da Ucrânia, revela o jornal holandês Volkskrant.

Citando fontes próximas da investigação, a jornalista Natalie Righton indica que as conclusões do inquérito liderado pela Holanda, que durou 15 meses, indicam que o avião foi atingido por um míssil BUK terra-ar. O “Boeing-777” da Malaysia Airlines, que transportava 298 pessoas a bordo, foi abatido a 17 de julho de 2014 no leste da Ucrânia, numa zona de combates entre os grupos russo-terroristas e as forças ucranianas, quando efetuava a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur.

As versões russas

Desde o abate do voo MH17, a parte russa (oficial e não oficial) apresentou pelo menos 12 versões do sucedido. A página ucraniana Inforesist.org catalogou-as:

1. Foi um avião ucraniano de transporte “An-26” (informação postada nas redes sociais imediatamente após o abate e depois apagada e/ou corrigida por líderes russos-terroristas, como Igor Girkin ou Pavel Gubarev);

2. Os ucranianos abateram “Boeing”, o confundindo com bordo R1 do Putin (informação do “controlador aéreo espanhol”, avançada pelo canal propagandista russo Russia Today);

3. “Boeing” foi abatido por um caça-bombardeiro ucraniano;

4. Rússia possui a imagem de satélite que mostra como um caça ucraniano ataca “Boeing” do voo MH17;

5. O piloto militar ucraniano confessou a ataque à um “Boeing” civil (a identidade do piloto é um segredo, ele está em segurança na Rússia);

6. Os “milicianos” encontraram os mapas das posições dos “BUK” ucranianos no momento da queda do “Boeing”;

7. “Boeing” foi abatido por um “BUK” – relatório dos engenheiros russos;

8. Companhia russa “Almaz-Antey”: MH17 foi abatido por um “BUK”, mas não por parte dos “milicianos” da “DNR”

9. Comité de Investigação da Rússia: “Boeing-777” foi abatido pelo míssil ar-ar;

10. Os “milicianos” não controlavam a área da onde saiu o míssil que abateu “Boeing”;

11. Serviço da Aviação russa (Rosaviatsiya): “Boeing” não poderia ser abatido do território controlado pelas “milícias”;

12. Companhia russa “Almaz-Antey”: “Boeing” foi abatido por um “BUK”, mas com um míssil antigo.

Ao certo hoje se sabe que voo MH17 foi abatido pelo sistema de mísseis “BUK”. O modelo da ogiva do míssil é 9N314M, pertencente à série 9M38 (ou seja, pode ser o míssil antigo, 9M38, ou moderno 9M38M1 usado apenas pela Rússia). É preciso notar que desde o início, a única versão ucraniana, é de que o “Boeing-777” do voo MH17 foi abatido com um míssil “BUK”.

A proveniência do BUK

https://www.youtube.com/watch?v=wVl_wY7glSk

O projeto investigativo Bellingcat.com, baseando-se nos dados OSINT, descobriu e provou que o sistema de mísseis “Buk”, usado para abater o “Boeing-777” do voo MH17 faz parte da 53ª Brigada antiáerea das forças armadas da federação russa com sede na cidade de Kursk.

Ler o relatório:

https://www.bellingcat.com/wp-content/uploads/2015/10/MH17-The-Open-Source-Evidence-EN.pdf (em inglês)

https://www.bellingcat.com/wp-content/uploads/2015/10/MH17-The-Open-Source-Evidence-RU.pdf (em russo)

Ler o relatório dos peritos internacionais (em inglês):

http://cdn.onderzoeksraad.nl/documents/report-mh17-crash-en.pdf

Blogueiro

Desde o dia 2 de maio de 2014 as forças russo-terroristas abateram pelo menos 11 aeronaves ucranianas, causando a morte de 83 pilotos e militares das Forças Armadas da Ucrânia. Após o abate do voo MH17 em 17 de julho (298 mortos civis), os terroristas abateram mais dois “Su-25” ucranianos, causando a morte de até 4 pilotos. Mais, o facto de as forças russo-terroristas não possuírem aviação, anula qualquer razão ou necessidade de uso dos “BUK” por parte das FAU (o relatório dos peritos internacionais na página 182 apresenta a lista total das aeronaves ucranianas e estrangeiras, abatidas pelas forças russo-terroristas ente abril à julho de 2014).