Desde o início oficial
das operações russas na Síria, apareceram diversas notícias sobre a morte dos seus
militares. No entanto, até agora sem nenhuma confirmação. Mas em 25 de outubro,
durante o monitoramento das redes sociais foi achada a informação sobre a morte
do Vadim Alexandrovich Kostenko (19), recruta da unidade militar № 20926 (834º
centro de treino da Força Aérea russa, cidade de Zernograd, região de Rostov),
nascido aos 18/04/1996, “morto na Síria em serviço militar”.
Verificando o seu
perfil nas redes sociais e os perfis dos seus amigos e parentes, foram
encontradas as confirmações de que ele era um militar contratado que terminou o
serviço militar obrigatório em junho de 2015 e logo à seguir assinou o
contrato.
Uma jovem mulher
escreve nas redes sociais que Vadim Kostenko foi morto no sábado, 24 de outubro
de com outros “9 rapazes russos”. A jovem menciona as pessoas de localidade
de Akhtary, onde se situa a base aérea militar Primorsko-Akhtarsk (região de
Krasnodar), a unidade militar №75387. Lá se baseia o 960º regimento
de assalto da 1ª Divisão Aérea Mista da Guarda do 4º Exército (Força Aérea e
Defesa Antiaérea). Todos os Su-25 “Frogfoot” russos que atualmente estão na
Síria pertencem à aquele regimento. O mais provável que após terminar o SMO na
unidade militar № 20926, Vadim Kostenko assinou o contrato com o 960º regimento
aéreo (a unidade militar № 75387).
Dois meses antes de sua
morte e depois de ter terminado o SMO e ter assinado o contrato, Vadim Kostenko
publicou uma foto em que ele veste a uniforme da Força Aérea da Rússia.
Recentemente, a agência
Reuters publicou a informação sobre a morte de 3 militares russos, ocorrida no
dia 20 de Outubro, no entanto, a morte do Vadim Kostenko se deu no dia 24. Isso
significa que a sua morte não está relacionada com a notícia da Reuters. Em 23 de outubro The
Wall Street Journal publicou um artigo sobre o envolvimento da Rússia no
conflito na Síria, intitulado “Russia Said to Redeploy Special-Ops Forces From
Ukraine to Syria” (A Rússia diz que retira as Forças Especiais da Ucrânia para
a Síria), que fala sobre as primeiros baixas russas na Síria. Uma fonte do
Ministério da Defesa da Rússia confirmou ao WSJ a morte de um militar, mas
afirmou que o soldado morreu devido ao uso incorreto de armas e não em situações
de combate:
O Ministério da Defesa
nega publicamente quaisquer mortes russas
que têm ocorrido como resultado de suas operações. Mas o funcionário do
ministério que confirmou (o uso) das forças especiais, também disse que um
soldado russo morreu na Síria devido à manipulação descuidada de armamento.
O artigo foi publicado
um dia antes da morte de Kostenko, mas um incidente devido a manuseio incorreto
da munição poderia atingir mais do que um militar, assim ele poderia ter sido
ferido e morrer já após a publicação do artigo do WSJ. Por outro lado, os familiares
e amigos de Vadim Kostenko dizem que ele foi morto. A experiência da guerra na
Ucrânia mostra que quando um militar morre em acidente, os parentes sabem a
causa da morte imediatamente. Há também o boato sobre outros 9 soldados mortos.
Os ativistas sírios
confirmaram que na noite de 23 de outubro foi vista uma forte fumaça vinda da
base aérea russa em Latáquia:
A causa real da morte
do Vadim Kostenko não está clara: existiram as informações sobre o seu suicídio
através do enforcamento, morte violenta pelo enforcamento, morte à tiro, e,
finalmente, que o corpo simplesmente foi achado sem a vida. Sabe-se ao certo que a
morte ocorreu à partir das 15h00 do dia 24 de outubro, depois disso, o corpo
foi evacuado para Rússia num caixão de zinco em um avião de carga.
Em breve, o corpo será
sepultado na localidade de Grechanaya Balka,
distrito de Kalininski, região de Krasnodar. O militar morto não era um piloto,
mas pertencia ao pessoal de apoio e serviu na base da Força Aérea russa de
Latáquia.
Fonte:
Blogueiro: a morte de um jovem é sempre uma pena, ainda mais, jovem de origem ucraniana. Em 1979 – 1989 os jovens da sua idade nascidos na URSS, morriam no Afeganistão para cumprir “o dever internacionalista”. Hoje, os jovens russos morrem na Síria simplesmente para subir na vida, pois o exército russo tornou-se quase único “elevador social” acessível aos jovens do interior.
UPD: A informação oficial do Ministério da Defesa da Rússia, divulgada pela TV russa TV Rain, aponta o causa da morte do soldado anónimo, o suicídio, a razão do sucedido: “problemas pessoais com a namorada” (de apelido Suprun, também de origem ucraniana). A mesma estação televisiva informa que os familiares do Vadim não acreditam na versão oficial e consideram que o seu ente querido foi assassinado.
UPD2: O corpo do soldado russo morto na Síria já chegou à sua vila natal, onde foi sepultado com as honras militares, mas sem a missa religiosa, nas palavras do pároco local até “o fim de investigação”. Embora oficialmente, a causa da morte continua ser a asfixia, o corpo apresenta os mais diversos sinais da morte violenta: o nariz, maxilar e pescoço são quebrados (Sic!), a nuca com sinais de perfuração, os joelhos raspados. A família telefonou (o telefonema foi gravado e possui o valor igual à um pedido escrito) à polícia local, exigindo a nova exumação do corpo, informa o jornal moscovita Novaya Gazeta.
Sem comentários:
Enviar um comentário