Quatro
anos se iniciou na Ucrânia o período mais trágico da Revolução da Dignidade.
Entre os dias 18 e 20 de fevereiro de 2014, na Maydan (Praça da Independência
em Kyiv), foram assassinadas mais de 100 manifestantes, mais de mil foram feridos
e centenas de outros foram presos e torturados.
Até o dia 24/02/2014 foram identificados 81 manifestantes e 12 polícias mortos Os manifestantes eram da Ucrânia, Geórgia (3) e Rússia (2) |
(as fotos dos ativistas ucranianos mortos foram retiradas para não refir as sensibilidades dos mais sensíveis, em breve serão publicadas numa outra plataforma).
Jovens delinquentes, conhecidos como titushki, armados com as pistolas se escondem atrás da polícia ucraniana |
Um
dos comandantes dos atiradores responsáveis pela morte dos diversos
manifestantes (ocorridas nos dias 19-20.02.2014), foi identificado como coronel
Serhiy Asavelyuk do grupo especial de operações (spetznaz) do Ministério do
Interior da Ucrânia.
Coronel Asavelyuk e o seu grupo de franco-atiradores |
O
seu grupo especial usava os capacetes e o fardamento negros que o distinguia
claramente das outras unidade da polícia ou dos serviços secretos. Este grupo
especial se baseava na Crimeia, como informava, na altura, a página oficial do Ministério
do Interior da Ucrânia.
O
coronel Serhiy Asavelyuk na altura tinha 43 anos, era conhecido pelo nom de guerre
de “Assa”, especializava-se em ações paramilitares. Foi membro do grupo
especial “Alfa” da secreta ucraniana (SBU). Mais tarde se tornou o responsável de segurança das diversas
organizações, empresas e organizações do setor privado.
O regime do Yanukovych usa os blindados ligeiros, um deles foi queimado na Maydan |
Com
início da guerra russo-ucraniana, que começou em abril de 2014, coronel Serhiy
Asavelyuk continuou firme ao seu juramento de defender Ucrânia, em várias ocasiões
ele participou em combates diretos contra as forças russo-terroristas. No dia 5
de maio de 2014, Asavelyuk participou na primeira batalha das forças especiais
ucranianas contra as unidades russo-terroristas nos arredores de Slovyansk. A sua
contribuição profissional na Operação Antiterrorista (OAT) é avaliada pelos militares,
jornalistas e blogueiros ucranianos como positiva...
Polícia "Berkut" maltrata e tenta humilhar os manifestantes, na foto em baixo o manifestante "capturado" (com dobro de idade do polícia) é arrastado no chão pelos cabelos |
Coronel
Serhiy Asavelyuk chegou a testemunhar no tribunal sobre a sua participação nos acontecimentos
de Maydan, ele está comandar uma unidade especial da Guarda Nacional da Ucrânia
(NGU), nunca foi indiciado por qualquer crime cometido por ele, ou sob o seu comando.
Fotógrafo ucraniano Gleb Garanich/Reuters foi atingido pela granada de som e luz, salvo pelo colete prova de bala |
Até
hoje nenhum polícia ucraniano foi condenado pela sua participação direta nos crimes
cometidos na Maydan. Um grande número dos polícias do destacamento antimotim “Berkut”
fugiram para Rússia e servem nas unidades antimotim russas. Outros simplesmente
desapareceram do mapa, presumivelmente também se encontram à viver na Rússia.
Graças
à decisão política (muitíssimo contestada) de não perseguir os responsáveis, Ucrânia
conseguiu manter no ativo ou na neutralidade operacional diversos polícias e oficiais
das unidades especiais, que, de outra forma, seguramente serviriam aos inimigos
do país.
Munição usada pelo destacamento de polícia "Berkut" contra os manifestantes |
A história dos "fascistas" ucranianos, pai e filho Kuznetsov |
A
batalha em Kyiv na rua Instytutska (20.02.2014). Os manifestantes, munidos de escudos
de contraplacado e de alumínio enfrentam os franco-atiradores governamentais. Quase
todos os ativistas que aparecem no início deste vídeo, serão mortos ou feridos no
decorrer das ações de resistência popular, retratadas no filme documental "Como morria a Centena Celestial":
Ver
o filme “Winter On Fire” – completo e dublado/dobrado em português:
1 comentário:
Não tinha visto isso , senas fortes .
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