terça-feira, fevereiro 13, 2018

Bloomberg: os EUA mataram mais de 200 mercenários, maioria — russos (vídeo)

Militares russos em Deir ez-Zor, 15 de setembro de 2017. @Dominique Derda/AFP via Getty Images
Mais de 200 mercenários, na sua maioria cidadãos russos, foram aniquilados em resultado da ação militar americana em 7 de fevereiro nas arredores da cidade síria de Deir ez-Zor, escreve agência Bloomberg, citando as fontes russas.
Forças especiais americanas em Manbij, na Síria, perto da fronteira com Turquia
@Maurício Lima para The New York Times
O texto da Bloomberg também cita as fontes americanas que falam em 100 mercenários mortos e 200-300 feridos, todos eles pertencentes às forças pró-regime de Damasco.

Na entrevista ao jornal americano The New York Times, o empresário russo Aleksandr Ionov, que na Síria se dedica ao fornecimento dos serviços de segurança, afirma que no dia 7 de fevereiro as forças americanas abateram 200 mercenários, na sua maioria cidadãos russos (possivelmente alguns dos mercenários possuiam a cidadania ucraniana e de outros países do espaço pós-soviético).
Separatista (?) Vladimir "Apostol", terrorista na dita "dnr", liquidado na Síria em 7/02/2018
Falando com os jornalistas russos, o chefe dos cossacos da cidade de Asbest, Oleg Surnin confirmou que o número de mercenários mortos é superior às 200 pessoas: “antes de ontem [11/02/2018] já tivemos a informação sobre 217”, disse ele.
A casa miserável de um dos mercenários abatidos na Síria em 7/02/2018
e confirmação documental da sua atividade terrorista no leste da Ucrânia
O jornal russo Novaya Gazeta confirma a morte de 13 e ferimentos de apenas 15 cidadãos russos. Como escreve o jornal, os militares americanos contactaram, previamente, a sua contraparte russa, informando da vinda de um grupo armado, que tencionava atacar o campo de petróleo e gás de Conoco. Apenas depois dessa confirmação, as forças americanas atacaram os mercenários com toda a sua força disponível, usando os drones MQ-9 Reaper, bombardeiros B-52 (!), canhões voadores AC-130, helicópteros Ah-64 Apachee, caças F-15E e também artilharia da marinha dos EUA (fonte). 

Em resultado de um ataque rápido e impiedoso, decorrido na noite de 7 à 8 de fevereiro (com continuação nos dias 10 e 12 de fevereiro), as forças curdas e americanas aniquilaram os atacantes, cujas baixas são avaliadas entre 215 às 640 unidades
O grupo OSINT russo Conflict Intelligence Team (CIT) avança que os mercenários russos mortos e feridos pertenciam à EMP “grupo Vagner”, que até este momento estava ativo nos campos de petróleo e gás sírios, situados na delta do rio Eufrates.
Os mercenários do grupo denominado ISIS Hunters, alegadamente apenas uma cobertura
para as actividades dos mercenários russos da EMP "grupo Vagner"
É de notar que dos 6 mercenários russos, com mortes confirmadas, abatidos pelas forças americanas em 7 de fevereiro em Deir ez-Zor, cujos nomes foram divulgados até hoje, todos os 6 (ou seja, 100%), participaram nas atividades terroristas no leste da Urânia.
Terrorista no leste da Ucrânia, liquidado na Síria em 7/02/2018
Bónus

Dois tribunais ucranianos da cidade de Kyiv julgaram e condenaram pela traição estatal e deserção os ex-militares ucranianos Maxim Odintsov e Alexander Baranov, condenados aos 14 e 13 anos de cadeia, respetivamente.
foto @RFE/RL
Em 2014, ambos traíram o seu juramento militar, passando à servir às forças de ocupação russas na Crimeia. Em novembro de 2016, a secreta ucraniana SBU deteve Baranov e Odintsov na região de ucraniana de Kherson, na fronteira administrativa com a Crimeia.
O momento da detenção dos desertores em novembro de 2016
Tal como no caso de Rafael Lusvarghi, a secreta ucraniana efetuou uma bem-sucedida operação, em que ambos os traidores foram detidos no território da Ucrânia, para onde se deslocaram de livre e espontânea vontade, para adquirir os diplomas falsos de formação superior (os documentos eram necessários para progressão na hierarquia militar russa). Tal como no caso Lusvarghi, ambos são defendidos pelo advogado pró-separatista Valentim Rybin e ambos poderão servir de moeda de troca na libertação dos POW ucranianos, detidos ilegalmente na Rússia.

2 comentários:

francisco júnior disse...

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Jest nas Wielu disse...

Estimado, Francisco Júnior,
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Abraços,