sexta-feira, fevereiro 16, 2018

Reuters: perdas russas na Síria – 300 mortos e feridos

Agência Reuters escreve que cerca de 300 mercenários russos de uma EMP russa vinculada ao Kremlin, foram mortos ou feridos na Síria na semana passada (30% deles com muita gravidade) e hoje são tratados nos hospitais militares russos.

Um médico, citado pela Reuters conta que o seu hospital recebeu na manha de sábado (10 de fevereiro) cerca 50 pessoas feridas, dos quais 30% com muita gravidade. Ele disse que feridos foram trazidos nos aviões militares de carga, especialmente equipados para receber pacientes gravemente feridos. O médico explicou que a maioria das vítimas eram “contratados militares”, ou seja mercenários russos.

Yevgeny Shabayev, líder de um grupo local dos “cossacos” que tem fortes laços com diversos mercenários russos, contou à Reuters que tinha visitado, na quarta-feira (14 de fevereiro) os conhecidos seus, que foram feridos na Síria e estão sendo tratados no Hospital Central do Ministério da Defesa em Khimki, nos arredores de Moscovo.

De acordo com Shabayev, as duas unidades de mercenários russos, de cerca de 550 homens se envolveram na batalha perto de Deir ez-Zor. Destes, cerca de 200 não estão registados nem entre mortos, nem entre os feridos.
A lista dos 74 mercenários russos da EMP "grupo Vagner" desaparecidos após o combate do dia 7/02/2018. Estas 74 personagens da 5ª unidade de assalto (números 1 e 74 já foram confirmados como mortos, possivelmente sem existirem nada no lugar dos seus corpos) não estão nem entre os mortos, nem entre os feridos. Além disso, na lista os números № 10, 16, 24, 43, 48, 56, 57 e 67 são marcados como "instrutores", possivelmente são militares russos no ativo, forças de operações especiais (SSO).
“Se você entende alguma coisa sobre ação militar e lesões de combate, então você pode imaginar o que está acontecendo lá. Ou seja, constantes gritos, gemidos de dor”, disse Shabayev à Reuters.

Uma outra fonte, que falou com Reuters sob condição de anonimato, disse que o número total de cerca de 300 mortos ou feridos é bastante correto. Ele explicou que muitos dos feridos têm estilhaços nos seus corpos que não estão aparecendo em raios-X, dificultando o tratamento: “o prognóstico para a maioria dos feridos é triste”.

Guerra dos proxy
3º Hospital Militar “Vishnevski” na cidade de Krasnogorsk
Outros hospitais militares que tratam os mercenários russos feridos em Síria são o 3º Hospital Militar “Vishnevski” na cidade de Krasnogorsk e 5º Hospital Militar em Balashikha, ambos nos arredores de Moscovo; o hospital Burdenko em Moscovo e a Academia Médica Militar de São Petersburgo. Isso é, de acordo com fontes médicas, com Shabayev e outras três pessoas que conhecem mercenários mortos e feridos.

Reuters contactou esses hospitais por telefone na quinta-feira (14/02), mas não conseguiu receber nenhum comentário, com confirmação ou negação dos factos relatados.

Sabe-se que a maioria destes mercenários são cidadãos russos, embora alguns podem possuir a nacionalidade ucraniana ou sérvia.

Perdas russas na Síria
Monumento em Khabarovsk na Rússia com nomes de 4 militares russos, mortos na Síria em 2017
De acordo com os dados do já citado blogueiro militarista russo Mikhail Polynkov, próximo ao terrorista russo Igor “Strelkov” Girkin, as perdas irrecuperáveis dos mercenários russos na Síria são as seguintes:

217 pessoas – 5ª unidade de assalto
10 pessoas – 2ª unidade de assalto
94 pessoas – grupo “Vesna” (ex-«Karpaty»)
13 pessoas – unidade de artilharia

No total: 334 mercenários mortos, os dados ainda não são finais.

Bónus

«Passamos um teste na semana passada. Mas foi um teste surpresa, não o exame final» (The New York Post);
«Na primeira [unidade] 200 baixas, os mortos [...] na segunda cerca de 20 [...] na nossa – 75. É um ...... (horror), desde [20]14 não sofríamos perdas assim» (Rádio Svoboda);
A tabela Excel, preparada pelo grupo OSINT russo CIT com números de baixas, avançados pelos diversos órgãos de comunicação, ocidentais e russos.

Bónus II
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Surge a informação sobre a possível liquidação na Síria de um grupo de nazis russos, comandado pelo amigo do Rafael Lusvarghi, Alexey “Fritz” Milchakov. Sabe-se que por mais uma semana este psicopata, conhecido pela sua crueldade contra os POW ucranianos está incontactável. Será que desta ele irá ao inferno?

1 comentário:

francisco júnior disse...

Eita morreu esse tanto de soldados .