O
blogueiro militarista russo Mikhail Polynkov
considera que o número de 600 mercenários russos mortos pelo exército e marinha
dos EUA na Síria pode ser demasiadamente otimista. Polynkov visitou no hospital
russo um dos mercenários feridos e publicou a sua história, contada na primeira
pessoa.
Os
pontos mais importantes das “impressões”
do mercenário:
1.
Os mercenários russos assinavam os contratos com a empresa russa “Euro Polis” e
vinham para Síria na qualidade de cooperantes civis: chefes do património,
geodesistas, topógrafos, etc.
Sabe-se
que empresa russa “OOO Euro Polis” [ler
mais], celebrou um memorando de entendimento com o governo sírio em que
comprometia-se à libertar os campos de petróleo e gás, as fábricas de
processamento e outros objetos da infra-estrutura de gás e petróleo, capturados
pelas forças de oposição ao regime de Damasco, e depois defendê-los. Em
resultado, a OOO Euro Polis deverá receber ¼ dos dividendos da produção de
petróleo e gás destes mesmos campos, a empresa também é reembolsada
separadamente e de forma adicional, pelos seus custos de operações de combate.
O memorando é válido por 5 anos, embora só entrará em vigor efetivo após a
adopção de uma nova legislação síria, algo que simplesmente pode nunca acontecer.
2.
No ataque
à fábrica, onde estavam aquarteladas as forças curdas, com a presença dos
militares americanos participaram três esquadrões de assalto. “Vesna”
(Primavera) – ex-“Karpaty” (Cárpatos), composto por separatistas ucranianos de
Donbas e mercenários russos que participaram nas actividades terroristas no leste
da Ucrânia. 2ª e 5ª destacamentos de assalto. Cada unidade era composta por 350
pessoas. Cada destacamento possuía os seus próprios equipamentos de combate,
como sistemas antiaéreas ZU, montados nos camiões/caminhões russos “Ural” e blindados
BRDM. Na operação participou o grupo blindado, composto por tanques dois ou três
T-62, BRDM, BU-57 e uma divisão de canhões M-30. Aos mercenários foi prometida
a cobertura da defesa antiaérea, algo que não aconteceu. Praticamente não houve
nenhum sírio na coluna. Mas aos diversos mercenários russos foram distribuídas as
bandeiras sírias.
O
grupo “Vesna” começou o ataque. O 2º e 5º destacamentos estavam em formação de
marcha, esperando pela segunda ordem. Quase imediatamente após o início do
assalto, os mercenários russos se tornaram alvo do bombardeamento americano [possivelmente
os morteiros de 120 mm]. Durante muito tempo os mercenários ficaram com sistemas
de comunicação inoperacionais. Depois eles sofreram um pesadíssimo ataque aéreo
de bombas e mísseis. A precisão dos bombardeamentos era absolutamente incrível.
Os meios aéreos recebiam as coordenadas muitíssimo precisas à partir da terra. Por
exemplo, um míssil acertou diretamente no blindado BRDM, 11 mercenários foram
atingidos. Durante cerca de quatro horas, os restos da coluna foram alvos de
fogo de helicópteros americanos, de trabalhavam de forma giratória. Na saída,
os restos das unidades foram novamente atingidas pelo ataque de helicópteros
que usavam os mísseis. Até ao rio Eufrates de todo o grupo blindado chegou apenas
um tanque [possivelmente T-62]. A inteira divisão de artilharia ficou
aniquilada. Um dos canhões foi atingido diretamente no pilha de obuses.
3.
A fonte diz que apenas o seu destacamento teve 200 mortos. Tendo em conta que a
sua unidade nem sequer chegou à participar no assalto.
4.
Hauve muitos voos militares russos, transportando mortos e feridos. Estes eram transportados não
só para Moscovo e arredores, mas também para São Petersburgo e Rostov-no-Don. A
evacuação foi rápida, os mercenários eram levados com as vestes que tinham no
corpo no momento do ataque.
5.
Sobre ausência das fotos e dos vídeos. Todos os mercenários russos assinam o
contrato com estrita proibição de tirar fotos e vídeos. Nos seus smartphones
(que eles podem usar, de forma parcial fora dos combates, aquartelados nas
bases) é instalado um programa especial que bloqueia o gravador e a câmara.
Blogueiro:
facilmente podemos imaginar que os curdos (que tiveram a participação mínima),
receberam o pedido americano de não fazer / não divulgar as imagens, que, por
sua vez, seguramente foram feitas, de forma abundante, à partir dos drones e
dos satélites que monitoraram aniquilação dos mercenários. Também, é de louvar
o uso, em primeira mão dos alegados separatistas de Donbas, desta feita as
Forças Armadas da Ucrânia (FAU), foram poupados do trabalho futuro.
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