No
dia 22 de março de 2016 o tribunal russo condenou à 22 anos de prisão e multa
de 30.000 rublos (433 USD) a piloto e deputada ucraniana Nadiya Savchenko,
capturada pelos terroristas na Ucrânia, raptada pelas forças russas e levada
ilegalmente à Rússia.
A
própria Nadiya já disse que não pretende recorrer da sentença e que nos
próximos dez dias continuará a greve de fome com uso de água, após este período
passará à greve de fome seca. A oficial ucraniana também declarou previamente
que: “o uso de qualquer força física contra mim [por exemplo, a alimentação
forçada] irei considerar como tortura e [irei] resistir. Tudo indica que Nadiya
Savchenko está firme na sua decisão de “regressar à Ucrânia viva ou morta” (Ação
global free Savchenko).
O melhor monumento da amizade fraternal russa - ucraniana... |
Na
sua declaração oficial sobre a decisão do poder russo, o presidente ucraniano
Petró Poroshenko foi claro:
No
dito processo contra Nadiya Savchenko o mundo não viu nada que se assemelha,
sequer remotamente, à um processo judicial. Foi o processo infame que o país
agressor organizou contra a Oficial ucraniana, com a letra maiúscula, que, tal
como é devido, defendia a sua terra dos ataques inimigos. Ucrânia nunca, mais
uma vez enfatizo, nunca! – reconhecerá nem este julgamento, nem essa, assim
chamada sentença, que pela sua absurdidade e crueldade demonstra o retorno da
justiça russa à época de Stalin - Vyshinsky.
Contra
todos os envolvidos na perseguição da Nadiya Savchenko, Oleg Syentsov e outros
cidadãos da Ucrânia, patriotas ucranianos refém, vítimas de torturas ilegais em
território russo devem ser impostas as sanções pessoais – quer ucranianas, quer
internacionais [...]
Durante
as reuniões ao mais alto nível [...] levantei repetidamente a questão da libertação
da Nadiya e de outros reféns ucranianos e foi apoiado por outros membros destes
encontros. O presidente Putin, afirmou na altura que após, assim chamada,
decisão judicial devolverá Nadiya Savchenko à Ucrânia.
Agora
é o tempo de cumprir essa promessa.
Eu,
por sua vez, estou pronto entregar à Rússia dois militares russos detidos no nosso
território pela sua participação na agressão armada contra Ucrânia. O
julgamento dos seus casos está na fase final. Imediatamente após a sua conclusão,
estou pronto, através dos procedimentos adequados, garantir a sua ida à Rússia.
Essa abordagem está de acordo com o 6º ponto dos acordos Minsk – a troca de
todos por todos. Isto deve ser feito imediatamente.
Nadiya (encarcerada) olha para a irmã Vira |
Momentos
de leitura da “sentença” contra Nadiya Savchenko
Em
algum momento o juiz chama Nadiya de “banderista [nacionalista] típica”, sala
começa rir.
Juiz:
Se alguém acha isso engraçado, eles podem sair da sala de tribunal.
Savchenko:
Eu acho isso engraçado!
Juiz
cala-se e continua a leitura da “sentença”.
Num
outro momento Nadiya começa à cantar: “ardia o pneu, o pneu ardia, estava lá a nossa
companhia... Ohm juízes, meus juízes, vocês me julgavam demoradamente, não vão
julgar mais, vocês próprios entrarão nas cadeias”. Assim cantava Nadiya
Savchenko durante a leitura da “sentença” no “tribunal” russo. A multidão
ucraniana na sala apoiou Nadiya e cantou o hino da Ucrânia, o tribunal anunciou
o intervalo...
Glória
à Ucrânia!
Glória
aos Heróis!
1 comentário:
Coloquei um link para o seu artigo aqui:
http://historiamaximus.blogspot.pt/2016/03/a-justica-dos-vencedores-ii.html
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