No
último dia 26 de fevereiro, a vila balnear de Shyrokyne, situada no mar
Azov, passou definitivamente ao controlo da Ucrânia. Em fevereiro
– julho de 2015 a localidade foi o palco de intensos combates entre as
forças ucranianas e os terroristas russos, em resultado, entre 60 à 80% das
moradias locais ficaram no estado irreparável.
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"Os russos não se rendem...", escreveram estes antes da sua fuga |
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O monumento ao militar soviético falecido em 1943, destruído pelos terroristas russos
e viatura em que morreu o voluntário do regimento "Azov", com nom de guerre "Akela" |
A
fotografa e voluntária ucraniana, Olena Bilozerska,
visitou a localidade e fotografou o estado apocalíptico em que ficou a vila
após a visita casual do “mundo russo”.
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É tudo que restou de uma viatura... |
A
aldeia de Pusky [ponto de resistência ucraniana nos arredores de Donetsk] não
ficou menos destruída, mas em Pusky vivem as pessoas. Aqui não há nenhuma viva
alma, nem mesmo os gatos e cães, apenas cantam os passarinhos.
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A escola local, usada como a base dos terroristas russos |
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O impacto do morteiro de 150 mm |
Do
asfalto brotam os traseiros das minas de 80 mm e 120 mm, há minas surpresas,
não em cada casa, mas são bastantes. As blindagens e as trincheiras reforçadas,
deixados pelo inimigo terrorista. Cheira o mar e cheira a guerra.
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"Pare, está minado", o cachorrinho entende ucraniano |
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O cão que roubou a carne e foi perdoado |
Numa
extremidade da vila, onde estão aquartelados os militares ucranianos, aparecem
as mantilhas dos cães vadios. Roubaram 10 kg de carne, mas foram perdoados.
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"Se vendem os terrenos, do tamanho de 5x9 metros" |
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Nesta viatura, usada para o combate, também morreram os voluntários ucranianos... |
Ao
longo da praia morta estão os empreendimentos turísticos destruídos. As casas
nada pobres dos moradores locais – apartamentos e as garagens. Eram. Hoje nem
são ruínas, são montes do lixo de construção civil. Diversos brinquedos de
crianças, inteiros e partidos, as loiças espalhadas, os livros nos charcos de
chuva.
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O militar ucraniano que apanha o armamento espalhado pelos terroristas achou um espelho inteiro |
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"Morte ao/do (?) "yankee", delírio terrorista no profundo leste ucraniano... |
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As conservas fabricadas na Rússia... |
A
saída ao mar é arriscada, a arreia está cheia dos obuses “falhados” que não explodiram.
Mesmo assim, arreia é marcada pelas pisadas humanas, as pessoas vagueiam por
ai, à procura do algo que pode ser usado como lenha.
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Rua da Paz Nr. 15 |
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Rua da Paz Nr. 11 |
Um
piano caro numa casa morta sem mobílias, toquei nele a marcha fúnebre. A destruída
loja de roupa. Algumas saías até agora ficam penduradas nos cabides. Numa
parede ao lado está escrito com as letras maiúsculas “novorossia”. Num dos
murros, quando estavam escrever a palavra “c@ralho” fizeram logo cinco erros e
saiu “dnr” ;-)
Gente,
não se deve esquecer, os pensamentos são materiais. Nunca mais implorem pela chegada
do “mundo russo”, pois este é assim mesmo, bastante infernal.
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