domingo, março 20, 2016

A bandeira da Ucrânia como objeto do “extremismo e terrorismo”

O cidadão russo e morador da cidade de Briansk, Andrei Makhanenkov, no passado dia 18 de março colocou a bandeira da Ucrânia na varanda do seu apartamento. Em resultado, o apartamento foi visitado por dois polícias russos fardados que “pediram veementemente, por bem, retirar a bandeira”, se a família não quiser “ser tratada pelo departamento de combate ao terrorismo e ao extremismo”.

Como explica o próprio Andrey Makhanenkov, algumas horas após colocar a bandeira, o seu apartamento recebeu a visita dos polícias que exigiram retirar a bandeira da varanda, sob pena, caso contrário, a família “ser tratada pelo departamento de combate ao terrorismo e ao extremismo”. Perguntados sobre a base legal da exigência e sobre a lei que foi violada, os polícias explicaram o seguinte: “hoje é um feriado, não é preciso estraga-lo às pessoas, se vocês não querem ter problemas ... vocês entendem tudo”.

Dado que nem Andrei Makhanenkov, nem a sua esposa entendiam que feriado eles estavam estragar [18 de março é a data em que Rússia anexou a Crimeia] e à que tipo das pessoas, os polícias, terminando a sua visita mais uma vez frisaram: se a família não desejar ser tratada pelo departamento do combate ao terrorismo e extremismo, deve imediatamente retirar a bandeira da Ucrânia da sua varanda.

Como cidadão cumpridor da lei, Andrei Makhanenkov, retirou a bandeira ucraniana da varanda do seu apartamento e escreveu um pedido de esclarecimentos à Procuradoria-geral da Rússia e ao Comissário dos Direitos Humanos na federação russa, em que pediu explicar duas situações:
— será considerado o delito a colocação da bandeira nacional ucraniana e / ou de outros países com os quais a Federação Russa possui as relações diplomáticas, na varanda do seu próprio apartamento? Será isso considerado como um ato de extremismo? Se for, então quais as normas do direito que proíbem de fazê-lo?
— são legais as exigências ou “pedidos veementes por bem, se não querem por mal” dos funcionários da polícia para retirar a bandeira nacional da Ucrânia da varanda de um apartamento privado?

Juntamente com Andrei Makhanenkov e a Rússia Aberta estaremos com muito interesse aguardar as respostas da Procuradoria-geral da Rússia e do Comissário dos Direitos Humanos na federação russa.

Mas será que a estratégia de desumanização da Ucrânia e dos ucranianos faz parte dos “excessos locais” ou estamos perante a política do estado russo em relação ao “país irmão”?

Os crimes russos na batalha de Ilovaisk (7/08 – 2/09 de 2014)
“... Cinco soldados [ucranianos] feridos que sofriam de contusões tentaram responder com o fogo das espingardas automáticas, mas eles foram alvejados com balas e minas. Os feridos foram forçados a se render. No lado do inimigo foi exigido que eles deixem as suas armas e se deitem no chão. Quando os militares cumpriram as exigência e saíram até a estrada, contra eles foi lançada uma granada – os rapazes foram mesmo mutilados pelos estilhaços...”

“... Após o acidente ficaram [vivos] 10 ou 11 combatentes – feridos e em estado de contusão. Um dos soldados começou a acenar com um pano branco, gritando para que não atirassem. Na resposta, o militar vestindo o fardamento do tenente das Forças Armadas da federação russa, ordenou em voz alta para que os rapazes se levantassem e saíssem. No momento em que eles se levantaram – foram alvejados com fogo das armas automáticas.

Dois morreram no local, outros receberam mais ferimentos. Aos soldados ucranianos sobreviventes, o 1º tenente russo ordenou à rastejar na sua direção. Depois deu o comando para despir rapidamente. O soldado Klevchuk foi ferido em ambas as mãos e não poderia se despir rapidamente: o oficial russo atirou nas suas costas e na cabeça. Um outro jovem soldado, também, não conseguia se despir rapidamente  ele também foi morto pelo oficial russo. O sargento mais idoso entre os prisioneiros [ucranianos] censurou o oficial [russo] por esse ato, mas em troca também recebeu um tiro nas costas e na cabeça. Da mesma forma rude foram assassinados mais um ou dois militares [ucranianos]...”

1 comentário:

Jest nas Wielu disse...

Estimado, Anónimo!
O terr Aleksandr Mironov já está na base de dados da página Myrotvorets (Pacificador):
https://psb4ukr.org/criminal/mironov-aleksandr

Para sugerir a colocação dos terroristas na lista se deve escrever ao lyst2sbu@gmail.com
Informando sobre os seguintes dados da personagem:
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oágina nas redes sociais: VK, OK, FB, etc
endereço conhecido:
fotos, vídeos, etc.