Durante os três meses de confrontos de Kyiv, nenhum jornalista sofreu os
danos, à não ser das mãos da polícia de choque “Berkut” (um jornalista foi
assassinado pelo titushki pró-poder). Os “jornalistas” estatais russos faziam
calmamente as suas reportagens desde Maydan, atirando a lama e mentiras contra
tudo que viam e que não viam, mas ninguém os tocou com um só dedo (o máximo que
faziam os manifestantes é gritar-lhes em coro: “não mintam!”)
Na Crimeia os jornalistas são espancados, raptados, ameaçados com as armas
de fogo, são assaltados, os seus equipamentos são destruídos ou roubados.
Então, onde estão afinal os fascistas – extremistas? Porventura, no mesmo local
onde estão os franco-atiradores. Na mesma parte do (conflito).
Separatistas da Crimeia assaltam
Na internet apareceu o vídeo do assalto cujas vítimas foram os jornalistas
do agência APTN (Associated Press), decorrido em Simferopol no dia 6.2.2014. No
vídeo é possível ver as caras de alguns assaltantes, informa a TV ucraniana Hromadske
TV.
Dois dias mais tarde, o minibus que transportava os assaltantes foi visto junto
à Comissariado Militar de Simferopol, em poder das forças separatistas, informa
Expres.ua
No assalto do dia 6, o minibus não tinha a placa de matrícula, já no dia 8
ostentava a matrícula АК 1255 АІ. Como conseguiram apurar os jornalistas da Hromadske TV
esta matrícula é vinculada ao minibus Wolksvagen Transporter, pertencente à
empresa “Sistemas Comerciais da Crimeia”, registado em Simferopol.
Os cossacos – assaltantes pertencem às formações paramilitares leais ao
líder dos separatistas, o autoproclamado primeiro-ministro da Crimeia, Sergey Aksyonov,
conhecido pela sua alcunha criminal de “Goblin” (termo que pode ser equiparado
ao trasgo e tardo do folclore português).
Informa o jornalista e blogueiro moscovita Ayder Muzhdabaev:
Na Crimeia foram raptadas duas jornalistas ucranianas vindas de Kyiv:
Alexandra (Sasha) Riazantseva e Yekaterina (Cátia) Butko. As duas mulheres
foram raptadas pelos separatistas armados ou pelo “Berkut”. Tentaram as
humilhar e ameaçaram com a morte. Neste momento as duas são desaparecidas,
pede-se toda ajuda possível na sua localização.
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