Inscrição na parede de uma casa dos tártaros de Crimeia: "Tártaros, fora da Crimeia!" |
Nas últimas semanas foi uma canseira de ouvir diversos matrecos
internacionais e lusófonos que se declaravam “profundos conhecedores dos
sentimentos da maioria na Crimeia”. Muito bem, pensei, mas quem de vocês será
capaz de entender e defender a minoria ucraniana e tártara dessa mesma Crimeia?
Creio que a resposta irá tardar um bocado...
Escreve o jornalista e blogueiro moscovita, Ayder
Muzhdabaev:
Me disseram hoje diretamente, não tête-à-tête, mas publicamente: “Os
tártaros de Crimeia terão que escolher. A Crimeia agora é russa e o
povo-traidor não é necessário à Rússia, não gostam – vão embora, será melhor
para todos, se vocês vão embora sozinhos”.
Tenho a certeza, muitos pensam do mesmo jeito, mas apenas tem a vergonha de
dizer abertamente. Mas isso por agora. “A intoxicação” apenas começa. Logo vão
se abrir as línguas.
Quem achar que é um exagero, eis as más notícias de Simferopol:
Funeral do Reshat Ametov, pai de três filhos, o mais novo com 2,5 meses... |
“Hoje foi encontrado o jovem
tártaro da Crimeia, desaparecido no dia 3 de março, com marcas de torturas assustadoras,
algemado, amarrado com a fita adesiva, enterrado. Assustador... muito
assustador. Ele estava presente no comício e depois desapareceu... Foi encontrado,
todos estão com medo até de falar...”
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