Inscrição nas paredes e portas de sinagoga: "Morte aos judeus" |
Apesar de todas as provas que
negam o anti-semitismo na Ucrânia, os meios de comunicação pró-invasão
continuam a usar a “cartada anti-semita” para justificar a anexação. No
entanto, o anti-semitismo real existe na Crimeia e as organizações judaicas
ucranianas são as suas vítimas...
O rabino-chefe reformista da Crimeia,
o rabino Michael Kapustin, foi obrigado a abandonar a cidade de Simferopol,
fugindo do anti-semitismo que aumentou em flecha na península após a sua
ocupação e anexação pela Rússia.
"A nossa cidade de Simferopol é
ocupada pelo exército russo! Ajudem nos, salvem o nosso país, salvem Ucrânia!" –
escreve Kapustin, citado pela página israelita Cursorinfo.
Sobre o perigo que os judeus da
Crimeia enfrentam após a invasão russa, rabino Kapustin, que serve em
Simferopol desde 2007, também contou na entrevista ao jornal alemão Juedische Allgemeine.
Assim, na noite de 28 de
fevereiro último, após o início da invasão do exército russo na Crimeia, os vândalos
depredaram as paredes da sinagoga reformista Ner-Tamid
em Simferopol com as frases em russo “Morte aos judeus”
O chefe da Associação das
Organizações e Comunidades Judaicas da Crimeia (VAADUA
– Crimeia), Anatoliy Gendlin, pessoa que informou a imprensa sobre o sucedido,
disse também que este foi o primeiro acto anti-semita de género na península,
desde a independência da Ucrânia em 1991. E aconteceu, já após a ocupação da
Crimeia pela Rússia.
Os representantes da organização
judaica Chabad Crimeia na cidade de Simferopol,
o rabino Yitzchak-Meir Lipszyc e a sua esposa, Leah Lipszyc também abandonaram
a Crimeia. Neste momento eles são obrigados a liderar à distância a maior
comunidade judaica da península.
Na situação em que o aeroporto de
Simferopl foi ocupado pelos homens armados, rabino Yitzchak-Meir Lipszyc decidiu
salvar os rolos da Torá, situados na “Beit Chabad” daquela cidade. Além disso,
foi decidido que os representantes do Chabad irão temporariamente abandonar a Crimeia.
Temendo o possível pogrom da “Beit Chabad”, organizado pelos chauvinistas
pró-russos, Leah Lipszyc, levou os rolos da Torá à cidade de Donetsk.
Rolos de Torá em Simferopol |
Nas vésperas, o presidente do Congresso
Judaico da Ucrânia (VEK), Vadim Rabinovich,
disse que hoje em nenhuma cidade ucraniana há quaisquer manifestações de anti-semitismo
e manifestou a opinião que o tema do anti-semitismo não deve ser tocado e
servir para as especulações.
Fonte:
http://rus.newsru.ua/ukraine/21mar2014/kapustin.html
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