sábado, março 22, 2014

O rabino-chefe da Crimeia se refugia em Kyiv



Inscrição nas paredes e portas de sinagoga: "Morte aos judeus"

Apesar de todas as provas que negam o anti-semitismo na Ucrânia, os meios de comunicação pró-invasão continuam a usar a “cartada anti-semita” para justificar a anexação. No entanto, o anti-semitismo real existe na Crimeia e as organizações judaicas ucranianas são as suas vítimas...

O rabino-chefe reformista da Crimeia, o rabino Michael Kapustin, foi obrigado a abandonar a cidade de Simferopol, fugindo do anti-semitismo que aumentou em flecha na península após a sua ocupação e anexação pela Rússia.

"A nossa cidade de Simferopol é ocupada pelo exército russo! Ajudem nos, salvem o nosso país, salvem Ucrânia!" – escreve Kapustin, citado pela página israelita Cursorinfo.

Sobre o perigo que os judeus da Crimeia enfrentam após a invasão russa, rabino Kapustin, que serve em Simferopol desde 2007, também contou na entrevista ao jornal alemão Juedische Allgemeine.

Assim, na noite de 28 de fevereiro último, após o início da invasão do exército russo na Crimeia, os vândalos depredaram as paredes da sinagoga reformista Ner-Tamid em Simferopol com as frases em russo “Morte aos judeus

O chefe da Associação das Organizações e Comunidades Judaicas da Crimeia (VAADUA – Crimeia), Anatoliy Gendlin, pessoa que informou a imprensa sobre o sucedido, disse também que este foi o primeiro acto anti-semita de género na península, desde a independência da Ucrânia em 1991. E aconteceu, já após a ocupação da Crimeia pela Rússia.  

Os representantes da organização judaica Chabad Crimeia na cidade de Simferopol, o rabino Yitzchak-Meir Lipszyc e a sua esposa, Leah Lipszyc também abandonaram a Crimeia. Neste momento eles são obrigados a liderar à distância a maior comunidade judaica da península.

Na situação em que o aeroporto de Simferopl foi ocupado pelos homens armados, rabino Yitzchak-Meir Lipszyc decidiu salvar os rolos da Torá, situados na “Beit Chabad” daquela cidade. Além disso, foi decidido que os representantes do Chabad irão temporariamente abandonar a Crimeia. Temendo o possível pogrom da “Beit Chabad”, organizado pelos chauvinistas pró-russos, Leah Lipszyc, levou os rolos da Torá à cidade de Donetsk.

Rolos de Torá em Simferopol

Nas vésperas, o presidente do Congresso Judaico da Ucrânia (VEK), Vadim Rabinovich, disse que hoje em nenhuma cidade ucraniana há quaisquer manifestações de anti-semitismo e manifestou a opinião que o tema do anti-semitismo não deve ser tocado e servir para as especulações.

Fonte:
http://rus.newsru.ua/ukraine/21mar2014/kapustin.html

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