A última mentira sobre Ucrânia, produzida pela imprensa russa, seguramente é
uma diagnose clínica. O 1º canal televisivo russo (ORT) colocou no ar a peça propagandista onde se afirmava
que “à cada soldado ucraniano foi prometido um terreno e DOIS ESCRAVOS”.
Entende-se, dois escravos provenientes das regiões separatistas.
Tendo em conta essa “criatividade noticiosa” da máquina propagandista do
seu país, o cidadão russo Igor Ponochevnyy,
decidiu contar a história da escravatura da sua própria família, escravatura
real, escravatura praticada no recente passado comunista soviético...
Falando disso, se alguém está interessado, então vós conto sobre os
escravos. Mais, sobre os escravos da Ucrânia. E aquilo que contarei é verdade, ao
contrário das mentiras da ORT. O meu pai vivia numa aldeia da Ucrânia. Chamada
Kireevka. Distrito de Liubar,
província de Zhytomyr.
Eles viveram numa família – o avô, com a contusão recebida sob o Budapeste (entende-se na II G.M.),
avó, e seus seis filhos. Viviam em um abrigo semi-subterrâneo. A metade
era casa, um quarto e uma cozinha com fogão, a segunda metade era celeiro. A casa
normal foi destruída na guerra. E nunca foi construída porque não tinham os
meios e a saúde foi perdida na guerra.
Trabalhavam pelos dias-trabalho no kolkhoz. Sete dias por semana. Dias-trabalho
é quando se marcava um traço no jornal (do registo) e depois os contam, e sobre a
soma, entregavam a farinha ou açúcar em sacos. No final do ano. É todo pagamento.
Claro, é evidente que era impossível não trabalhar, existia um artigo (no
Código Penal) sobre o chamado parasitismo. Era impossível deixar em aldeia – nas aldeias
(os camponeses) não tinham os passaportes (bilhetes de identidade / cartões de
cidadão). Sem o passaporte (a polícia) capturava (as pessoas) nas cidades e
novamente (era aplicado) o (tal) artigo. Era possível ter o gado de casa, mas não acima
do permitido. E, depois, (tinham que) entregar ao Estado, por conta disso, o
leite e ovos – em forma do imposto.
O pai foi à escola só à partir da segunda classe – pois não tinha a roupa.
Mesmo na segunda classe não (estudava) no inverno, porque com os pés descalços era
impossível andar na neve. Depois ele recebeu os sapatos da irmã mais velha, à
ela compraram outros sapatos. E para lhe comprar os sapatos, o avô foi num
feriado ao chefe do kolkhoz e implorou por um cavalo. Pois, era proibido manter
os cavalos na exploração individual. Aparentemente, para que os escravos não
fugissem nos cavalos. E ele foi até Liubar, carregado de galinhas e um
leitão, para os vender no mercado. Mas ninguém comprava, e só tinha metade de um
dia, por isso entregou tudo ao intermediário. E este lhe deu um pouco de dinheiro
e avô com isso comprou os sapatos.
Quando o pai teve 18 anos, ele foi à tropa como soldado e lá a vida era
um pouco mais fácil, e ele ficou lá como oficial no exército soviético, foi
graduado pelas duas escolas militares, tornou-se um artilheiro no campo de tiro.
Assim, ele conseguiu sair da escravidão.
Os pais do autor no dia do seu casamento há 50 anos atrás |
Mas existem algumas lêndeas que negam isso tudo. Que na URSS haviam escravos.
Pois, eles próprios viviam nos edifícios (de construção) estalinista (destinados às
elites do partido/Estado), mamavam a mortadela com queijo, os seus pais eram informadores
estalinistas, e eles não viam nada disso. Ou não queriam ver. E no cinema lhes
mostravam os cossacos de Kuban e não esta dura realidade. E hoje eles levantam
as suas fuças de cavalo, e estão rachar de todos os lados, se babando de saliva, que na URSS era um paraíso de car@lho e como na Ucrânia os soldados de junta
de Kiev recebem dois escravos.
Fonte:
Na foto em cima: as crianças e alguns adultos, com as mãos, desenterram a batata congelada no kolkhoz da aldeia de Udachnoe (Boa sorte) na província de Donetsk, FONTE.
NATO – força, huylo – para o sabão
"NATO - força, huylo para o sabão" |
Na Crimeia ocupada, no caminho para a montanha Ai-Petri, os resistentes desconhecidos
deixaram gravada a frase popular: “NATO – força, huylo ao sabão”, escreve no seu Facebook o blogueiro
Ali Tatar-zade.
“Os nossos dias. Isso é apenas exemplo. A polícia de trânsito dos ocupantes
gasta as suas solas na procura dos “sabotadores” desconhecidos que andam pela
Crimeia toda, e deixam este tipo de cartões de visita”, foi escrito no
comentário à foto. Em julho, em um dos edifícios
de Simferopol os desconhecidos corrigiram a inscrição antiga “Juntos contra o fascismo”
para “Juntos contra o rusismo”, recorda Newsru.ua
1 comentário:
Parabéns muito elucidativo!
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