A imprensa internacional dedica a sua atenção a vida dos tártaros da Crimeia que vivem na península sob a constante perseguição e assédio das forças da ocupação russa.
O jornal finlandês Helsigin
Sanomat escreve na sua edição do último domingo: o sistema bancário da
península é um caos, mais de 15 ativistas foram raptados,
alguns encontrados sem vida, com sinais de tortura.
A tártara da Crimeia, Lenie Velieva (77), na primeira foto, já viu de tudo. Estaline, Putin.
Ela não se assusta por pouco, mas os seus filhos têm medo. Em 18 de maio de 1944,
aos 7 anos de idade ela foi deportada, primeiro aos Urais, depois ao
Uzbequistão, onde viveu por quatro décadas.
“Tivemos um quarto de hora para sair (das casas). Fomos levados para a
estação (ferroviária) e colocados em uma carruagem de cavalos. Quando saímos, estávamos
nos Urais”, recorda Lenie Velieva.
Fotos@ Denis Sinyakov
A repressão da Rússia aos muçulmanos da Crimeia
Os tártaros da Crimeia resistiram à anexação da península do Mar Negro por Moscovo
em março, e a comunidade muçulmana pagou por isso desde então, informa Al
Jazeera.
As imagens (16): os muçulmanos da Crimeia perseguidos
Aldeia dos tártaros da Crimeia |
Ao contrário da maioria étnica russa da Crimeia, a maior parte dos tártaros da
Crimeia resistiu à anexação da península pela Rússia em março. Moscovo respondeu
exilando os líderes comunitários, banindo os comícios, fechando os meios de
comunicação tártaros, e paralisando o trabalho do Mejlis, o parlamento informal
dos tártaros da Crimeia. Pelo menos 15 tártaros e ativistas pró-ucranianas
foram sequestrados ou desapareceram, um foi encontrado morto com marcas de
tortura, um outro supostamente se enforcou em um celeiro isolado.
Casamento típico dos tártaros da Crimeia |
Centenas de muçulmanos foram detidos, interrogados e multados por bloquear as
estradas durante manifestações de protesto. Houve tentativas de incendiar duas
mesquitas, e várias outras foram vandalizadas.
Muitos muçulmanos reclamam que oficiais da polícia, durante as buscas domiciliares, quebram as portas e móveis, assediam e humilham-os na frente de suas esposas e
filhos, de acordo com mais de uma dúzia de pessoas entrevistadas pela Al
Jazeera.
4 comentários:
Se possível gostaria que o responsável pelo blog fizesse um resumo dessa matéria:
http://economics.unian.net/agro/1014558-jizn-posle-anneksii-kak-agroholdingam-rabotaetsya-v-kryimu.html
Parece interessante mas eu na sei nem russo e nem ucraniano.
Confirma se derrubaram a estatua de lenin em odessa...
Nesse ultimo domingo se realizaram eleicoes legislativas na Moldavia. Eu sei que vc pode estar se perguntando o que isso tem a ver com a Ucrania e eu te responderei tudo! Infelizmente os ucranianos fazem um papel muito feio nessa questao pois ficam ao lado de Moscou contra o interesse moldavio. Os ucranianos la sao pro-russo! Decepcionante!
2 Anónimo (sobre a Moldova)
Se ter em conta que a nação ucraniana era russificada durante 350 anos e depois mais de 70 sofreu de repressões, Holodomor e sovietização, não é de estranhar que existem bastantes indivíduos com apelidos que terminam em -enko; -yenko; etc, que são pró-soviéticos ou pró-russos. Entre os terroristas da "ldnr" são bastantes. Acontece e é a vida...
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