Do cativeiro terrorista foi libertado o jovem oficial ucraniano, o 1º
tenente Yuriy
Smirnov (22), da 55ª brigada de artilharia. Apesar de fortes aliciamentos ele
se recusou à trair Ucrânia e negou se aliar ao grupo terrorista “rp de
Donetsk”.
A jornalista ucraniana, Inna Lysak,
informou no seu Facebook que Yuriy Smirnov já está na cidade de Dnipropetrovsk:
“Hoje, (o tenente-general) Volodymyr Ruban (o chefe do
Centro da Libertação dos Prisioneiros) trouxe de Donetsk à Dnipropetrovsk o
500º prisioneiro ucraniano (“carga 500” no calão militar). Os terroristas não planeavam
o libertar, mas acabaram por fazê-lo por causa do seu avô”.
O já falecido avô do jovem-oficial é Herói da União Soviética, na II G.M. fazia
parte da tripulação do blindado. Quando o neto estava em poder dos terroristas,
ele foi levado ao líder dos separatistas, Zakharchenko. Este, durante 40
minutos tentou aliciar o oficial para ele se junte aos terroristas. Yuriy negou
categoricamente.
No último dia 17 de novembro os 17 militares ucranianos foram libertados do
cativeiro terrorista. Pelos dados do Centro da Libertação dos Prisioneiros “Corpo
de Oficiais” (http://officers.kiev.ua), neste
momento no cativeiro terrorista ainda estão 703 cidadãos ucranianos, escreve Newsru.ua.
O terrorista russo: “Enviado como boi para o abate”
O chefe da Administração estatal de Luhansk, general Gennadiy Moskal
informa sobre a liquidação do terrorista russo, acontecido durante a sua visita
à aldeia de Krymske, distrito de Novoaydarivsk.
Na página da Administração na Facebook
está escrito que o terrorista se infiltrou na aldeia, possuindo AK e RPG,
aproximando-se à comitiva do general Moskal, onde foi abatido pelos militares
ucranianos.
Entre os pertences pessoais do malogrado foram encontradas as munições
produzidas na federação russa e um bilhete com o texto insólito: “Abateriam (me)
logo. Kondratenko Dmitry Viktorovich. 04.09.1975. Rússia, (cidade de) Irkutsk, (rua)
Yaroslavskogo, 246 – 97. Percebi – mandaram ao abate como um boi. B(atalhão) “Zaria”, Luhansk. Cheguei 12.11.2014”.
O general-governador, que é um conhecido e ativo blogueiro, escreveu sobre o caso:
“Ou seja, intoxicado pela propaganda putiniana o homem de 38 anos veio da
Sibéria à Ucrânia, 5.500 quilómetros (fora) de casa familiar para proteger o “mundo
russo”, onde encontrou a sua morte. A julgar pela nota, ele se apercebeu disso,
embora já era tarde. Queria que a nota deste Dmitry com o apelido ucraniano
seja lida por um número maior das mães e esposas russas. Elas também precisam de
entender o que está acontecendo na Ucrânia – não através das imagens de canais
de televisão russos, mas com um caso tão trivial na guerra, como aquele que eu
próprio testemunhei na (aldeia) de Krymske.
Aos outros mercenários da Rússia que aparecem na Ucrânia para matar a nossa gente e morrer, eles próprios, quero recordar as palavras da canção famosa do Alexander Malinin que é, por acaso o Artista Popular Ucrânia: “Tenente Golitsyn, voltamos talvez? P’ra que precisamos, tenente, a terra alheia?”
Aos outros mercenários da Rússia que aparecem na Ucrânia para matar a nossa gente e morrer, eles próprios, quero recordar as palavras da canção famosa do Alexander Malinin que é, por acaso o Artista Popular Ucrânia: “Tenente Golitsyn, voltamos talvez? P’ra que precisamos, tenente, a terra alheia?”
Duas vidas se cruzaram na Ucrânia. Oficial ucraniano Yuriy Smirnov é de origem russa. O mais provável que fala russo em casa. Mas jurou defender a Ucrânia e cumpriu o seu juramento. Após o fim da guerra, com certeza irá aperfeiçoar a sua língua ucraniana. Ou então, a ensinará aos seus filhos. O terrorista Kondratento, pelo contrário é cidadão russo de origem ucraniana que veio à Ucrânia para matar os ucranianos. Muito provavelmente não sabia falar ucraniano. Já não aprenderá nada. É assim que nasce a moderna nação ucraniana, onde a sangue e origem étnica são secundárias e auto-determinação de cada indivíduo dita a sua pertença à nação. Coitados, os incapazes de perceber isso...
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