Tropas soviéticas no centro de Tbilissi, 9 de Abril de 1989 |
No dia 9 de Abril, também conhecido como Massacre de Tbilissi, Geórgia comemora o Dia da Unidade Nacional, em memória dos 19/20 concidadãos, assassinados pelo exército soviético durante a manifestação pacífica em Abril de 1989.
As tropas do ministério do interior soviético usaram os bastões de borracha de 73 sm, gás – pimenta (facto só reconhecido no dia 13 de Abril), pás de sapador e, em pelo menos um caso, a arma de fogo.
No dia seguinte, cidade de Tbilissi e toda Geórgia iniciaram a greve geral e o período de 40 dias de luto pelas vítimas mortais do Massacre. Moscovo declarou o estado de emergência, mas as manifestações populares continuavam.
Em resultado da indignação popular, o governo da Geórgia Soviética se demitiu. Mikhail Gorbachov negou qualquer responsabilidade no evento, culpando o exército soviético (o TPI de Haia o espera por isso). As revelações da imprensa e as conclusões da Comissão de inquérito, chefiada pelo deputado Anatoly Sobchak, tornadas públicas em Dezembro de 1989, provaram o envolvimento no evento da linha dura do PCUS e da cúpula do exército soviético.
A tragédia radicalizou a oposição georgiana, já em Novembro de 1989 o Conselho Supremo da Geórgia (Parlamento) condenou oficialmente a “ocupação da República Democrática da Geórgia pela Rússia Soviética em 1921”.
Em Março de 1991 (ainda antes da desintegração da URSS), a maioria esmagadora dos georgianos (cerca de 99%), votou pela Independência da Geórgia. Em 9 de Abril de 1991, no Segundo aniversário da tragédia, o Conselho Supremo da Geórgia proclamou a soberania nacional e independência georgiana em ralação à URSS.
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