Após
sofrer a violência no estabelecimento prisional, a ex-primeira-ministra
ucraniana, Yulia Tymoshenko, anuncia a greve de fome.
Tudo
começou quando o procurador da província de Kharkiv (onde se situa o
estabelecimento prisional “Kachanivska”), Gennediy Tyurin, confirmou que
durante a transferência da Yulia Tymoshenko para o hospital, ela foi objeto do
uso da força física.
Serhiy
Vlasenko, o advogado da Yulia Tymoshenko informou que desde dia 20 de abril, em
sinal do protesto, ela está em greve de fome. Advogado confirmou que Tymoshenko
tem hematomas e nódoas negras nas mãos e na barriga, tudo, em resultado da
força usada contra ela durante o seu transporte coercivo para o hospital.
Advogado também informou que perito em medicina legal, na presença do
procurador e da direção do estabelecimento prisional confirmou a existência das
lesões corporais e prometeu anota-los no seu processo médico. Serhiy Vlasenko anunciou
o nome do executante do ataque contra Yulia Tymoshenko, o capitão Andriy N.
Kovalenko, o vice – diretor do mesmo estabelecimento prisional, escreve a página
ucraniana Glavred.info
A
própria Yulia Tymoshenko conta como tudo aconteceu: “No dia 20 de abril, cerca
das 21h00, três homens fortes entraram na minha cela. Eles me taparam com o
cobertor e começaram-me puxar fora da cama, usando a força física bruta”.
Tymoshenko resistia e por isso recebeu um forte murro no estômago, os seus pés
e as mãos foram atados, ela foi levantada da cama e levada fora da cela dentro
do cobertor. “Pensei que chegaram os últimos minutos da minha vida. Comecei
gritar e pedir pela ajuda, mas não a recebi. Em algum momento desmaiei e só me
recompus na cama do hospital”, conta Yulia Tymoshenko, relata a página
ucraniana TSN.ua
O
partido da Yulia Tymoshenko, BYUT, decidiu
bloquear o Parlamento ucraniano de dia e de noite, exigindo a presença do
Procurador-geral da Ucrânia no plenário. Um dos deputados do BYUT, Andriy Parubiy, escreve numa das redes
sociais: “Decidimos bloquear a tribuna do Parlamento de dia e de noite”.
Difícil
não concordar com o político, escritor, jornalista e agente – provocador Dmytro Korchynskiy,
que escreve na sua página pessoal o seguinte: “Se eles tocaram Yulia com um só
dedo, isso é muito mau e necessita de uma reação pública muito decidida. Se
eles não têm medo de bater a ex-primeira-ministra, que possui um grande grupo
parlamentar, que tem a proteção da Europa, que conta com a atenção especial da
imprensa, então eles podem simplesmente matar os prisioneiros comuns”. E
acrescenta: “Penso que agora vale a pena … lutar pelo castigo severo de todos,
desde os guardas até o presidente”.
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