No
dia 1 de janeiro de 1909 nasceu Stepan
Bandera, político, ideólogo e futuro líder da Organização dos Nacionalistas
Ucranianos (OUN-R), homem que dedicou toda a sua vida à luta pela Ucrânia
independente e que foi assassinado em 1959, em Munique, pelo agente do KGB, que
mais tarde fugiu para Ocidente.
AP Photo/Efrem Lukatsky |
Como
já é tradição na Ucrânia, no dia 1 de janeiro, o aniversário do nascimento do
Stepan Bandera é comemorado pelos diversos nacionalistas e patriotas, em forma
da organização das marchas de tochas ardentes.
Kyiv
As fotos de Kyiv Facebook @Ivan Pogorelyi |
Em
Kyiv, a marcha foi organizada pelo partido VO “Svoboda”, “Setor da Direita” e Corpo
Nacional, a polícia ucraniana avaliou o número dos participantes em cerca
de 1.000 pessoas.
A
marcha começou no parque Taras Shevchenko em frente da Universidade Nacional Taras
Shevchenko e terminou na praça de Independência (Maydan), informa novosti.dn.ua
Slovyansk
A
marcha foi organizada pelo partido VO “Svoboda” e organização “Sokil”, ação
contou com a proteção extra de polícia e SBU.
Os
principais slogans: «Glória à Ucrânia» e «Leste e Oeste juntos», a marcha também exibia os cartazes com slogans locais e económicos, eram recordados os ucranianos que morreram defendendo Ucrânia na atual guerra russo-ucraniana.
A
marcha acabou em forma de comício junto ao monumento do poeta-mor da Ucrânia, Taras
Shevchenko.
Avdiivka
e Pokrovsk (região de Donetsk livre)
Na
cidade de Pokrovsk na praça Taras Shevchenko decorreu um comício.
Na
cidade de Avdiivka, na linha da frente, a marcha também foi organizada pelo VO “Svoboda”,
“Setor da Direita” e Corpo
Nacional, informa avdeevka.city.
Além
disso, as marchas nacionalistas foram planeadas e decorreram em Lviv, Sumy, Kharkiv,
Ternopil, Dnipro, Rivne, Kherson, Kryviy Rih e Melitopol, informa novosti.dn.ua (os dados da polícia ucraniana apontam 54 (!) marchas em 20 regiões da Ucrânia!)
Blogueiro:
amado pelos cidadãos que se identificam com Ucrânia e odiado por aqueles que
odeiam o país, Stepan Bandera, de forma lenta, mas imparável, deixa de
pertencer à esfera histórica, se transformando num santo protetor da Ucrânia.
Como tal, as marchas, em sua memória reúnem a quantidade máxima de pessoas
quando a própria existência da Ucrânia é ameaçada, diminuindo de intenção, quando
o perigo deixa de “espreitar às portas”.
Também
é de notar que Stepan Bandera entrou, para ficar, na imaginação popular e mitológica
ucraniana. Quando isso sucede, o “centrão” político deixa de sentir a
necessidade de lutar por mais. Um pouco disso aconteceu com Bandera, de uma
figura exótica resgatada pelo VO “Svoboda”, ele se transformou numa parte regular
da história da Ucrânia. Os mitos e heróis, como é sabido, nunca morrem.
Bónus
É
de recordar que nas décadas de 1960-1970 as autoridades comunistas soviéticas
da URSS habitualmente organizavam as marchas que usavam as tochas,
principalmente no dia 9 de maio e 22 de junho, para assinalar a participação
soviética na II G.M., naturalmente, os que vão evocar outras situações
históricas, não vos falarão disso.
E
claro, sempre podemos comparar as marchas ucranianas com as marchas dos países
vizinhos, por exemplo com a recente marcha do
extremismo xenófobo polaco.
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