O Senado dos EUA adotou, por unanimidade, a resolução S.Res.52 — 114th
Congress (2015-2016) que exige a libertação imediata da piloto ucraniana Nadia
Savchenko, da sua prisão ilegal de Moscovo, resultante do rapto e da detenção
ilegítima por parte da federação russa.
O texto de “A Resolução pedindo a libertação de piloto de caça ucraniana
Nadiya Savchenko, que foi capturada pelas forças russas no Leste da Ucrânia e
foi detida ilegalmente em uma prisão russa desde julho 2014” (A resolution
calling for the release of Ukrainian fighter pilot Nadiya Savchenko, who was
captured by Russian forces in Eastern Ukraine and has been held illegally in a
Russian prison since July 2014), foi publicada oficialmente na página do
Congresso dos EUA.
O texto da Resolução, submetida ao Senado pelo senador democrata Benjamin
Cardin é muito claro:
(1) condena o Governo da Federação da Rússia pela a prisão ilegal de Nadiya
Savchenko;
(2) apela ao Governo da Federação da Rússia para a libertação imediata da
Nadiya Savchenko;
(3) insta os Estados Unidos, os seus aliados europeus e a comunidade
internacional em apoiar de forma afirmativa os esforços diplomáticos para
libertar Nadiya Savchenko; e
(4) expressa a sua solidariedade com o povo ucraniano.
A Resolução também chama atenção ao estado de saúde da Nadia Savchenko, que
continua a deteriorar-se após 62 dias de greve de fome. Na Resolução, os
senadores norte-americanos fazem menção ao primeiro Acordo de Minsk, assinado
na capital de Belarus em setembro de 2014, pela Ucrânia e pela federação russa
que previa “a libertação imediata de todos os reféns e pessoas detidas
ilegalmente”.
Texto integral da Resolução
Em contrapartida, o secretário de imprensa do presidente russo, afirmou, já após a assinatura do último Acordo de Minsk que “a questão do Savchenko será
decidido pelo tribunal” e que a piloto ucraniana “não será libertada em
resultado do acordo de Minsk”.
Vira Savchenko em Moscovo, lutando pela libertação da irmã |
A irmã da Nadia, Vira Savchenko,
escreveu no seu FB que no dia 13 de fevereiro, Nadia recebeu na cadeia russa
uma considerável comitiva, encabeçada pela Ella Pamfilova, a Comissária russa
dos direitos humanos. Existe a informação não confirmada do que os responsáveis
russos querem forçar Nadia escrever o pedido de clemência ao Vladimir Putin.
Para poder, evocando as razões humanitárias, liberta-la, humilhando, como é do
seu costume.
As ultimas novidade sobre a saúde da Nadia foram divulgadas pela Vira no
dia 14 de fevereiro: peso: 58,6 kg; temperatura: 35,8º C; açúcar 3,2; tensão:
110 х 60, fraqueza geral; o espírito combativo: 110% (FONTE).
Mark Feygin,
o advogado russo da Nadia Savchenko, exortou os apoiantes da Nadia se
manifestar em todo o mundo no dia 1 de março, exigindo a sua libertação
imediata. Pois, como afirma Feygin, “as esperanças de Minsk não se concretizaram”.
Entretanto, no YouTube foi postado um vídeo histórico que mostra Nadia
Savchenko em Kyiv, na rua Hrushevsky, no dia 19 de janeiro de 2014, nas
primeiras horas de confrontos entre os manifestantes de um lado e as tropas do
interior e a polícia de choque, “Berkut”, do lado governamental. Nadia estava
na linha de fogo, tentando evitar os confrontos e a violência.
Vira
Savchenko recorda aquela tarde, o dia de Jordão, na tradição ortodoxa
ucraniana:
Os rapazes avançaram contra as tropas do interior (agora a Guarda Nacional
da Ucrânia), eram tão novos como os da Guarda. Nadia estava à defender os
polícias, para que nos não atirassem as pedras contra eles. Um dos
manifestantes acusou Nadia de ser mandada pelo Yanukovych, ela gritou em resposta
que é de Troeshyna (um bairro periférico popular de Kyiv). Então, um dos
polícias a protegeu com o seu escudo. Apenas alguns dias mais tarde, já nos
duas, estávamos com escudos de contraplacado não contra a polícia. Estamos até
agora. Ucrânia vencerá!
https://www.youtube.com/watch?v=RoOx1Vf7LFw
As sugestões de leitura: O
Mistério das Bandeiras Negras
O jornalista português, Nuno
Rogeiro, irá apresentar em Lisboa o seu novo livro “O Mistério das
Bandeiras Negras”, dedicado ao passado, presente e futuro do “Estado islâmico”.
Data e local: 19 de fevereiro, quinta-feira, 18h30, restaurante, piso 7,
Corte Inglês, Lisboa.
Considerado ímpio por muitos crentes, e impróprio por muitos
constitucionalistas, o dito «Estado Islâmico» tomou de assalto a atenção
mundial, em poucos meses. Onde, como, porque e para que nasceu? Quem o
guarnece, representa e pilota? Qual a sua estrutura, a sua …capacidade, a sua
dimensão? Quais as suas formas de actuação e financiamento? Como comunica e
como actua? Quais os apoios e contactos externos? O que é a sua «doutrina»?
Quais os seus objectivos imediatos, de curto prazo e quais os seus projectos
mais remotos? O que dizer das teorias da conspiração sobre o seu nascimento, e
a oportunidade do mesmo? Por outras palavras, o que parece é, ou não? Quem são
os seus amigos e inimigos, e que acções estão em curso para o destruir e
proteger? O que tem tudo isto a ver com Portugal? Com base numa análise,
reapreciação e reflexão com protagonistas e especialistas de vários países, do
Médio Oriente à Ásia, e com a ajuda de novos dados, entrevistas e documentos
desclassificados, Nuno Rogeiro tenta ir mais fundo no entendimento deste
fenómeno, que afectou, afecta e afectará muito mais do que aquilo que
aparentemente domina. O hastear de bandeiras negras no antes utópico
«Siriraque», a criação de mapas de dominação do mundo, as decapitações e a
barbárie, perderão, com este livro, o ar de mistério.
1 comentário:
A Russia tomou Debaltsev, a solucao era mesmo o envio e armas a Ucrania. So havera essa saida ao conflito. Os terroristas nao vao parar, vao avancar e avancar. Nao ha outra saida a nao ser fornecer armamento a ucrania. A diplomacia europeia errou!
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